Dia de terapia sempre me enseja a voltar aqui
para o blog. Acho que pela óbvia razão de que, como já disse, este meu blog ser
nada mais do que a extensão do meu divã, além da minha fascinação pelo tema. A
terapia, sem aspas, é limitada a 50 minutos, ao passo que a "terapia"
é mesmo eterna e constante. Como diria a grande "filha Dilma...", ela
ocorre diuturna e noturnamente (rs)! Como o limite "imposto" pelos 50
minutos acaba me deixando a sensação de que algo mais faltou p/ ser papeado
ali...corro para o blog. Neste aspecto, terapia ou blog, são ambos bengalas que
uso para os meus propósitos.
Se você ainda está por aqui, me lendo, deve
estar se perguntando "o que o c* tem a ver com a calça", entre a foto
que abre o blog e o nome do tópico. Só um mero chiste da minha parte, carinha!
Só uma pitada lúdica, sobre o assunto que é e segue sendo a pedra no meio do
meu caminho. A foto pode parecer incoerente com o título, mas esta incoerência é
só (mais) uma brincadeira minha p/ quebrar a sisudez do tema.
Posso até ser, ou sofrer(?) do mal de virar um
monotemático. Aqui você nada irá ler sobre Lula, Petrolão, Zé Dirceu, PT ou
outras escrotices. Falo de outras "quadrilhas" e
"impostos"! Falo dos incômodos da minha alma!
Volto ao surrado tema da minha busca maior: o
auto-conhecimento. Sei, e me vejo, com um alto conhecimento, que até tem lá uma
certa valia mas, no quesito aUto-conhecimento, vivo sendo surrado, já que este
termo usei ao iniciar a frase. Querendo sair da caverna. Da toca primitiva! Querendo
ME impor!
Como hoje, mais uma vez, enchi a terapeuta de "Why(s)", venho dar sequência nos minguados 50 minutos
por aqui...UAI!!
IMPOSTOS - Disse p/ ela,
reconhecendo o bebê chorão que ainda cismo em ser e reluto em deixar crescer (Síndrome
de Peter Pan?), o quanto eu me melindro quando o mundo me IMPÕE coisas ou
situações que não seriam a minha escolha, se pudesse escolhê-las a meu bel
prazer. Me foi imposto nascer, me foi imposto ter o cordão umbelical cortado,
me foi imposto ser desmamado, me foi imposto ter tido a família que tive, me
foi imposto envelhecer, me foi (me é, me tem sido) imposto ver meu corpo
definhando a cada dia. É mesmo o choro de um bebê birrento e tolo; ou um lunático
ou um D. Quixote, sei lá! Perda de tempo fazer bico se enchendo de Why(s); é
sabedoria acordar para os UAI(s)! Ou maturidade, quiçá! Perda total de tempo
lutar contra moinhos de vento.
Ainda bem que, além dos moinhos de vento, havia
uma Dulcinéia. A Dulcinéia que só ele enxergava. Um delírio quixotesco do
grande guerreiro. A Dulcinéia era simplesmente a projeção de sua mente, que
justificava todas as suas delirantes batalhas. Ela era a perfeição e a
personalização exata de tudo que buscava para a sua vida.
Vivemos mesmo assim: acho que a quase totalidade
de nós vive atrás da sua Dulcinéia. Ou do seu Romeu, ou da Bela Adormecida...
Meu xará, Fernandinho Pessoa, já tentou lembrar
a todos nós, via "Eros e Psiquê", que somos nós mesmos a nossa Dulcinéia,
o nosso Romeu ou a nossa Bela Adormecida. Mas, Peter Pan que todos somos - ou
um significado número de todos nós - seguimos buscando-a..."lá fora"!
É este o intuito maior da minha persistência com
a terapia e com o auto-conhecimento. Afinal, como li outro dia, em uma frase do
Sartre, "se você não se sente bem
estando sozinho... é porque não está em boa companhia!"
Como a teoria é fácil, né não? Como ela é óbvia.
Ela é um gigantesco UAI, no lugar de tantos Why(s) que cismamos em acumular. Mas,
como terminei a sessão dos 50 minutos de hoje, ainda somos seres das
cavernas neste assunto. No quesito conhecer-se ainda somos primitivos e pré-históricos.
O foda é saber e reconhecer isso mas, é obrigatório que você saiba e conheça qual
"você" deve mudar.
Chego então às QUADRILHAS!
Sem exagerar no tom brincalhão, é claro que
enquanto o nosso AUTO for BAIXO, iremos nos deparar como integrantes de
quadrilhas atrás de quadrilhas. Aquela poética quadrilha que tem como pai o
nosso grande Drummond. Mas quadrilhas!
Enquanto não sairmos das cavernas, seguiremos
fazendo parte de quadrilhas! Nelas encontraremos zilhões de Dulcinéias e
Romeus. Mas, mais uma vez a vida brinca com a gente: o Romeu casa com a Dulcinéia
e a Julieta com o D. Quixote (rs)!
Ou seja, retorno ao óbvio. Ao gigantesco UAI:
bastar-se é o único caminho que nos livra dos impostos e das quadrilhas! Volto à
teoria. À óbvia teoria. Óbvio ululante, com diria meu guru NR!
Praticar esta teoria é o grande desafio. Colocá-la
em prática é o "x" da questão! É óbvio, é evidente, é claríssimo é
inquestionável que só pode ser por aí. Virar dois? Só depois de ter virado um.
Inteiro. Pleno!
Temos mesmo que dar um passo de cada vez. Conquistar-nos
antes, ao invés de sairmos por aí p/
conquistar A, B ou C!
Como diz outro texto (acho que da Martha
Medeiros) que diz:
"...Simplesmente
esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro
constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz
solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem
nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio...!"
Voltando à foto, está mais do que na hora de
deixar para trás alguém que ama dores! Quero profissionalizar-me na matéria
Paulo. É ela a minha lição de casa!
Sigo me buscando. Sigo na minha "cola"
(rs)
Um dia me alcançarei. Sem impostos e sem
quadrilhas!
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