28 de dez. de 2013

Dois mil hecatombe


Mais um ano indo embora. Mais um ano numérico indo embora mas, por mais batido e convencional que seja, não temos como fugir da idéia de repensar, fazer um balanço, rever o "filminho" do nosso último ano vivido. Aí, como também não poderia deixar de ser, lembramos de flores e de cacos que tivemos no ano que se despede: flores que nos deixam saudades e uma doce nostalgia, e cacos que nos deixam com um sabor amargo na boca. Mais de 60 anos e  ainda sigo revendo flores e cacos. O que fazer ou como fazer para ser mais "jardineiro" do que restaurador de peças quebradas? Novamente o lugar comum: MUDAR!!

Não é tão difícil assim de enxergar: mtas flores foram por nós cultivadas, plantadas, regadas e arejadas e outras tantas a vida nos deu de graça, do nada, como presente de algum Pai maior que possamos mesmo ter. Por outro lado, assumo dizer que a TOTALIDADE dos nossos cacos foram "crias" nossas. Quem sabe um ou outro caquinho, um ou outro insignificante caquinho tenha vindo da vida, via seu chefe, seu vizinho ou seu gerente de banco. Fora esses "inhos", tudo aquilo que nos machucou foi resultado lógico da postura que  assumimos perante a nossa vida.

Dou uma olhada ao meu redor, vendo meus poucos amigos sobre os quais sei um pouquinho da vida que levam, e constato que, assim como eu, todos ainda possuem marcantes facetas que necessitam ser lapidadas, polidas e melhoradas. Vem de dentro de nós os cacos que tanto nos incomodam: brigas, discussões, quedas de braço, tolas disputas por algo ou alguém só para nós, mesquinharias, egoísmos etecétera e tal. Seguimos sendo menos do que somos capacitados de ser. Seguimos pobres, aquém! 

A leveza de espírito costuma ser o pedido de 99,99% das pessoas enquanto aguardam a sua hora de pular 7 ondinhas e levantar a taça de champanhe brindando a virada. Prometemos, prometemos e prometemos e, depois da "comemoração", costumamos acordar os mesmos de antes, só com uma vaga lembrança de que é ali, depois da comemoração, depois da convencional festa, que começará de fato a nossa jornada para a mudança, se de fato ela é algo que vc quer e precisa! É no mais mundano dia a dia que ela será posta a prova. É no "bom dia" desejado de cada dia que ela achará ou não campo fértil para se desenvolver e florir!
Todos seguiremos tendo, dentro de nós mesmos, as forças "do contra" e também o mundo lá de fora; o mundo exterior, que seguirá imutável. Seria um pueril engano se pensássemos que, empenhados em mudar, o mundo externo mudará com vc ou suas forças "do mal" irão abandoná-lo.  

Lembro-me de uma frase de um livro que fez mto sucesso no início dos anos 60 - O Homem A Procura De Si Mesmo (Rollo May) - onde o autor dizia algo do tipo " se vc abandonar seus demônios, esteja preparado tb para abandonar seus anjos". Eles seguirão dentro de nós. Eles seguirão sendo nós! A grande sacada é deixá-los cada qual com seu devido quinhão, desde o seu acordar até a hora de apagar as luzes e partir para o seu descanso.

Também vira e mexe recordo-me da filosofia dos AA que prometem para si mesmos não beber pelas próximas 24 horas! Então repetem este mantra a cada 24 horas: "prometo não beber pelas próximas 24 horas, pois sou alcoólatra" Eles não se dizem EX. Eles sabem e se enxergam como alcoólatras mas reúnem seus esforços para que, por um diazinho a mais consigam vencer o seu vício!

Somos todos viciados em judiar de nós mesmos. Homeopática ou cavalarmente, seguimos judiando de nós. Nos auto-flagelamos e aí saímos por aí, perdidos, pedindo desesperadamente para que apareça nosso anjo salvador. Ele não virá. Ele nunca virá! Não lá de fora, pois não é lá fora que ele mora!
Que chamemos, cada um de nós, o nosso anjo salvador pessoal e intransferível, para vir tocar conosco, ao nosso lado, EM NÓS, a difícil jornada de caminhar pela vida, até a nossa última despedida. Que levantemos um brinde ao nosso anjo salvador...e deixemos nossos demônios hibernados e quietos.

Como na fábula do velho e sábio índio:

"- Mestre, tenho dentro de mim um lobo e um cordeiro. Qual deles irá prevalecer e dominar a minha vida?"

"- Aquele que vc mais alimentar!"



21 de dez. de 2013

Keith Jarrett-the Köln Concert PartⅠ



Aviso: são 30 minutos só de música. Só de puro lirismo! Em meus momentos mais intensos, com minha sensibilidade sorrindo ou chorando, gosto de viajar ouvindo esta maravilha. Com ela eu levito, passeio, vou e volto de cantos diversos para onde minha sensibilidade me leva!

Se o tempo da sua vida não permite vc parar 30 minutinhos para uma lírica viagem musical, tudo bem; é  só seguir em frente. Por ora, hoje, quero por aqui viajar! 




19 de dez. de 2013

Espelho, Reflexos & Reflexões

Mente que te quero mente
Mente que te quero. Mente
Mente que te quero !!


Eu a vi ali, aproximei-me e fiz contato
Atrás dela havia um espelho
“Atrás dela” eu estava...
Ali estávamos nós!
Perdidos, ali estávamos


Havia um espelho
Havia tristeza
A via um espelho!
A via tristeza!

Ela, refletida, mostrou-me!
Sou eu? Serei eu?
Quem sou? Quem serei?
Sou o que faço. Nada faço.
Nada sou.
O que serei?

Se errei em ser rei
Encerrei o ser rei
Só errei em rei ser
Um rei, só
Só um rei
Um rei só!

Quero a rainha ser
Quero a rainha ter
Quero a rainha em prosa
Quero a rainha em verso


Não amo o que sou
O que venho sendo
O que venho tendo

O que venho sendo?
O que venho tendo?
O que sou!

O que sou?
O que não amo!


Não, ser o que sou
Ser o que não sou
Ser meu inverso
Ser meu avesso
Ser-me em verso

Quero sua prosa!
Não presa!
Sem pressa!
Impressa!
Em mim!

Mais a esperança de tê-la
Mais a punjança de sê-la
Não sou....mas quero ser!
Não sou... mas quero sê-la!
Não sou... mas quero tê-la!
Mais uma esperança criança!


A prosa do inverso
A prosa em verso!
A esperança em prosa!
Espero sua prosa
Do “Universo” à prosa...
Espero você.


(16.04.08)

17 de dez. de 2013

Ideais levados pelo vento...



 Nunca fui de vestir a camisa de nenhum partido político. Nem de político e nem mesmo de ONGs. Gosto do meu direito de pensar "x" sobre tal assunto hoje, que pensava "y" até ontem. Faz parte da minha liberdade e do meu livre-arbítrio ser mutante. Abraçando a causa de um partido específico ou mesmo de alguma ONG, sinto-me engessado para, caso queira, mudar de idéia. 

Quando no entanto falamos de IDEAL, a coisa muda um pouco de figura. Abraço ideais que se encaixem com aquilo que penso, vindo ele de onde possa ter vindo. Brigarei por este IDEAL, do meu jeito, sempre que tiver oportunidade de opinar e desejo de fazê-lo.


Em minha vida, não devo ter mais do que uma "meia-dúzia de quatro ou cinco" (rs) ideais pelos quais ainda brigo, esperneio ou reclamo. Em sua grande maioria estão atrelados à tal da LIBERDADE.

Estranho muito quando pessoas que de longa data abraçaram uma causa, são vistas hoje contrárias às mesmas causas que ontem tanto defendiam.. É como se fosse trocar o preto pelo branco ou, para ser mais politicamente correto, e não correr o risco de ser apontado como racista, de trocar o azul pelo vermelho (rs). Aí eu acho o "ó do borogodó"! Aí é foda, carinha!!

Veja o exemplo do Caetano, autor de "É Proibido Proibir", hoje dando as mãos para sua ex (Paula Lavigne), querendo obrigar as biografias não autorizadas passarem antes pela censura prévia dos biografados. O pior é que acabou levando junto nesta furada, gente do quilate do Gil, Chico, Djavan e outros..."incautos"(?). Mas, além de já terem perdido a causa do Procure Saber, que já nasceu morta ou moribunda, já disse o que queria no tópico 

http://simbolofalicoeocacete.blogspot.com.br/2013/11/procure-saber-paula-lavigne.html


Vamos atualizar e regionalizar esta prosa:

Uma década e pouco atrás, estive por um certo tempo próximo de uma professora. Batalhadora, aguerrida, guerreira e que esperneava sempre que via seus ideais atacados ou atingidos por injustiças e/ou arbitrariedades. Chegou certa vez até a ouvir que seria melhor engolir aquilo "goela abaixo do que reto acima", mas esta já é uma outra história, que, quem sabe, um dia eu volte aqui para contar. Ela ficava tão possessa de ver seus ideais ultrajados, que até crises de asma acabava tendo quando as barbaridades aconteciam. Até a sua asma gritava contra as arbitrariedades, tadinha. Ela, na época, era Angelical!

O tempo passou e aí ela virou a Dilma Roussef do Sindicato local. Aí suas brigas, ainda partidas de uma pessoa Angelical, eram contra o tirano da época. É como se fosse Zorro contra o Sargento (Pons) Garcia. Ela comprou a briga contra o sargento, que estava mais para General mesmo, e da velha guarda - dos anos de chumbo - e tentava, como o Zorro, derrotá-lo a todo custo. A briga seguiu e o tempo passou. O Sargento Garcia, tadinho, foi derrotado por uma hérnia de disco e o Zorro chegou, finalmente à chefia da Educação do Município.

Eu, em minha santa ingenuidade, pensei que "agora vai" : se o Zorro agora dá as ordens, agora a Educação entrará nos trilhos. Preparem os Darcy Ribeiro(s), Celso Furtado(s), Paulo Freire(s), Piaget(s) e outras tantas feras, que o Angelical Zorro está chegando! Agora chegou a hora dos Angelicais ideais do Zorro virarem realidade. Agora não tem prá ninguém!

Tolo e ingênuo menino que sigo sendo. O Zorro perdeu toda sua postura Angelical e passou a portar-se como... Regente! Agora ele Regia a Educação, com os olhos de Regente. De Rainha! A Angelical virou Regente!

Hoje, "como nunca antes na história deste país", como diz um dos seus maiores ídolos, o sapo barbudo, vejo o mesmo Sindicato presidido "ontem" por ela, em franca e interminável briga com a Secretaria da Educação: são questionamentos feitos pelo Sindicato que não são respondidos, reuniões solicitadas e não aceitas, pedidos de esclarecimentos negados sem mais delongas e por aí afora. Ouço também na "rádio peão" que vereadores são impedidos, arbitrária e ditatorialmente de visitarem e fotografarem escolas em péssimas condições, negociatas feitas abaixo do teto que precise de editais e concorrência aberta para licitação (pelas minhas fontes qquer valor até R$150.000,00) e muito mal explicadas e outros tantos absurdos, que fico de fato perdido querendo descobrir qual vento levou embora aqueles ideais que "ontem" conheci e tanto ouvi da Angelical lutadora! Como uma Angelical pessoa transforma-se assim, em tão pouco tempo, defensora do Azul qdo até ontem defendia o Vermelho?

Mas como tb não gosto muito de falar sobre o que ouvi dizer e como também não me presto a fazer o papel de "leva-e-traz", terminarei este meu couto, digo, conto, dizendo algo que vi com estes olhinhos que um dia a terra há de comer:

Ainda este ano, próximo que estava de uma outra professora que trabalhava fundamentalmente com a EJA (Educação de Jovens e Adultos), um dia, sem pretensão de nada, resolvi bisbilhotar a Cartilha usada na EJA. Queria saber como hj é ensinado o "vovô viu a uva. A uva é da vovó" que, dizem as más línguas, hoje já foi alterada para "vovô viu a vulva da vovó" (rs). Pegando a Cartilha Oficial da Educação daqui do Município, lá encontro já na página 3, o nosso alfabeto. Nada mais óbvio. Lá estava, para que todos aprendessem:

A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z

Putz!!! Mais essa não. Não mereço! Olhava p/ o alfabeto ali expresso e ficava pensando nos coitadinhos que chegam ávidos para aprender a escrever seu próprio nome!!

"-Qual é o seu nome, criança"?

"- É Wellington, fessora"!

O outro era o Washington, a outra a Kelly Cristina, ao lado a Yara.....ao fundo o neto do Darcy Ribeiro aqui já citado. Ainda tinha a Kátia, o Wesley, o Wilson e outros tantos. Até o filho (ou seria o neto?) do jornalista William Waack estava por ali...

Cacilda!!!! Como poderei ensinar estas almas penadas a escreverem seus próprios e honrados nomes, se em minha cartilha não há nem o K, nem o W e nem o Y?

Uélllington? Uóshington? Quélli Cristina?? Uéslei?? Uiliam Vaáque?

A Secretária não viu isso? Ninguém comunicou-a? Quem foi a(o) (ir)responsável pela compra desta Cartilha Oficial? Quanto do nosso dinheiro foi gasto em uma Cartilha que não serve nem p/ ensinar o bê-á-bá??

Foi demais p/ os meus pobres neurônios. Desisti de vez do Couto. Digo, do conto!

A Régia Secretária venceu, finalmente, a Angelical professora! 

E mais eu não Couto. Digo, conto!

É a velha história; "quem conta um conto...aumenta um Couto"!

Como será que anda a sua asma?




O que devemos esperar dos outros





























.

13 de dez. de 2013

Momento de calmaria


                                        (Alan Jackson - Amazing Grace)

Sossegar o facho também é bom demais!

9 de dez. de 2013

Mandela


                                       (Simple Minds - Mandela Day)

Dia de Mandela

Há 25 anos eles prenderam aquele homem
Agora a liberdade se aproxima a cada dia
Enxugue as lágrimas dos seus olhos entristecidos
Eles dizem que Mandela está livre, então pise aí fora
Oh, oh, oh, oh, Dia de Mandela
Oh, oh, oh, oh, o Mandela está livre

Foi há 25 anos nesse mesmo dia

Preso entre 4 paredes durante noite e dia
As crianças ainda sabem a história daquele homem
E eu sei o que está acontecendo bem na sua terra


25 anos atrás

Na, na, na, na, o Dia de Mandela
Oh, oh, oh, o Mandela está livre


Se as lágrimas estão fluindo, enxugue-as de seu rosto

Eu posso sentir a batida do coração dele movendo bem fundo
Há 25 anos eles levaram embora aquele homem
E agora o mundo vem e diz, "Nelson Mandela está livre"


Oh, oh, oh, oh, o Mandela está livre

O sol nascente guia Mandela em seu caminho

Faz 25 anos nesse mesmo dia
Do que fala daqui de fora para os que estão lá dentro, dizemos
Oh, oh, oh, oh, o Mandela está livre
Oh, oh, oh, libertem o Mandela


Na, na, na, na, o Dia de Mandela

Na, na, na, na, o Mandela está livre


25 anos atrás

O que está acontecendo?
E nós sabemos o que está acontecendo
Porque nós sabemos o que está acontecendo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Ficamos órfãos - Madiba nos deixou.

Teremos que seguir nossa caminhada sem ele. Mas não nos esqueçamos do que ele nos ensinou...e nos deixou!

...Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada...

(No Caminho com Maiakóvski)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------




Pianinho pianinho...


                                      (Hungarian Rhapsody)


...começando a segundona!!

Este vídeo aí de cima é tocado pelo David Helfgott cuja vida é magnificamente mostrada no filme "Shine - Brilhante" que recomendo a todos que curtam um belo e emotivo filme. Imperdível.

Este outro...é seguindo meu momento nostálgico; tb pianinho pianinho (rs)



7 de dez. de 2013

Astor Piazzolla Vuelvo al Sur



O carinha do violão (Euclydes Mattos - QUIDINHO), é prata da casa (ou ouro?), nascido aqui na minha terrinha adotada, São Sebastião/SP, e que foi fazer a vida lá pelos lados da Espanha. O Piazzolla? Bem, quem conhece, sabe (rs)

6 de dez. de 2013

Vontades e Loucura


MENTE – estranha palavra que criamos para definir algo também tão estranho. Será coincidência seu duplo sentido? É a mente que(m) mente? Falamos do verbo ou do intelecto? Por acaso (ou, nada por acaso), seriam eles cúmplices, ou mais do que isso, indivisíveis?

            Perguntas, dúvidas, interrogações... As perguntas não foram feitas para serem respondidas e sim para serem feitas; bastam por si só.

 “Estou louco de vontade...” – interessante como, inconscientemente, construímos frases que nos desnudam. Amontoamos letras, juntamos palavras, jogamos o resultado final (?) para o papel, e lá vamos nós....

            A loucura nos invade, mas você mente; sua mente não pode ser invadida, mas (ou por isso), você fica louco (a). Universo estranho e fascinante este nosso: tão tantos que pode ser verso, mas nunca uni. Este é o nosso pluriverso...

            Ondas, pensamentos, idas e vindas, circuitos, conceitos, sinapses, sintaxes, raciocínio, lógica, padrão, normas... Estão todas aí, e outras tantas e tantos, para serem derrotados pela vontade.

            Discordo que o poder seja louco: como bom agnóstico, graças ao bom Deus e ao meu “Padim Pade Ciço”, vejo que a loucura é poder. Desde a “filosofia” popular até o Zen-Budismo, aprendemos que a mente é poder. Aí vem a vida vivida e nos mostra que a verdade é que o poder mente; o poder une, o poder pune, o poder desgraça, a desgraça une, a união é uma desgraça, a união mente, a mente não se une...

            NÓS – quem “fomos” que juntamos estas três letras? O que são (somos) nós? Nós somos ou nós são a loucura? Perguntas, perguntas... Nada há para ser respondido. A loucura são os nós... A loucura somos nós...A vontade não precisa vencer a loucura; uma é a outra e a outra é a uma.

            A vontade somos nós. Nós são as vontades; nós são(somos)loucos; loucura é vontade, vontade é a mente, a mente é loucura. A loucura não mente!. Não entendeu nada...? Fique à vontade...

            Entre nós, sobramos nós; sobram-nos nós, sobramos nós, sonhamos nós...Sonhamos sós!

            Faça-se um favor: Feche os olhos e acorde. Senão... seu dia chegará e você não estará lá para ver...Viu só?!


            “Quem procura, acha”. Você acha? Eu não acho. Pelo menos é isso que eu acho........ quando acho !!!

            AXÉ!!

                                                                Paulo Fernando (21.05.93.)




X Turma Medicina Unicamp



Não é nada não é nada mas, dos 20 aos 26 anos, em média,  passamos quase que em regime de internato, na companhia dos colegas de faculdade. É uma época de plena ebulição de desejos, sonhos e criação dos nossos caminhos futuros.

Diferente de outras faculdades, a medicina nos "força" ao convívio quase que em período integral. Além das 8 horas habituais de aprendizado, partimos para os plantões, pernoites no hospital universitário, em dormitórios comunitários, independente da área médica pela qual estamos passando, trocamos plantões entre nós, damos ou oferecemos "cobertura" aos que chegam, dividimos noites de estudos para as provas mais puxadas e tudo mais.

Neste meio tempo, boa parte acaba também casando, iniciando ali uma outra e particular jornada em suas vidas. Muitos casais se formam ali dentro mesmo, como consequência lógica deste semi-internato.

Depois a roda-viva se incumbe de levar cada um para o seu caminho particular, soltando-nos, todos, para que busquemos cada um seu(s) objetivo(s).  Mas este rico período de nossas vidas fica gostosamente marcado em nossas memórias.

Fecho o primeiro vídeo aí de cima, com a "maviosa" música da Rosinha que cantamos, em noite de gala e em coro, para todos os familiares que lá estavam, comemorando conosco esta nossa árdua vitória conquistada.

Acho que naquela época éramos mais sinceros, transparentes e corajosos, quem sabe (rs).

Agora, volto p/ o meu "puteiro" aqui de SS.


Que a X Turma esteja muito bem  obrigado!




Saravá, X Turma

5 de dez. de 2013

Tempo de reforma


Quiseram os astros, após uma avalanche de postagens minhas por aqui, que a minha casa pedisse socorro, necessitando ser visitada por pedreiros, pintores, eletricistas e agora, fechando, detetives da hidráulica: vazamento sinistro, de origem desconhecida.

Com tudo isso rolando, meu tempinho para o blog, que já havia sido encurtado por ter tb voltado ao trampo de médico-perito, ficou ainda mais escasso. Por tudo isso, deverei ficar, momentaneamente postando bem menos que antes ou até não postando, até novos e melhores tempos pintarem.


Na hora oportuna, com certeza voltarei


2 de dez. de 2013

Retrato



                                     Retrato (Cecilia Meireles)


Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

29 de nov. de 2013

Soneto de Amor



Não me peças palavras, nem baladas, 

Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio, 
Deixa cair as pálpebras pesadas, 
E entre os seios me apertes sem receio. 

Na tua boca sob a minha, ao meio, 
Nossas línguas se busquem, desvairadas... 
E que os meus flancos nus vibrem no enleio 
Das tuas pernas ágeis e delgadas. 

E em duas bocas uma língua..., — unidos, 
Nós trocaremos beijos e gemidos, 
Sentindo o nosso sangue misturar-se. 

Depois... — abre os teus olhos, minha amada! 
Enterra-os bem nos meus; não digas nada... 
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce! 

José Régio, in “Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa, Eugénio de Andrade”

Ainda "de menor"



(Redação escolar feita qdo tinha16 aninhos)

  UMA FOLHA NA TEMPESTADE


                        Lá estava ela; sozinha, mas feliz por estar em um lugar, do qual poderia apreciar as belezas que a natureza proporcionava. Tudo era céu, tudo era sol, tudo era paz, tudo era belo...
                        Ao longe, começa a distinguir os largos passos que vinham sendo dados pela tempestade. O seu mundo de paz estava chegando ao fim e, se ela não possuir a força necessária para enfrentar o inimigo próximo, poderá ser a última vez que ela vive feliz e alegre.
                        A força do inimigo era brutal. Quando a tempestade já fazia parte do seu mundo, ela encontrava a força necessária, por ver as suas várias amigas serem devastadoramente levadas pelo inimigo.
                        Ao chocar-se com a tragédia que envolvia suas amigas, temia pelo seu próprio fim.
                        - “Não, não acabarei como minhas amigas. Preciso vencê-la, custe o que custar. A minha vida é demasiadamente preciosa para perdê-la, sem antes batalhar...”
                        Nessa hora ela começou a lembrar o quão bom era estar em sua solitária árvore, enquanto nela reinava a paz.
                        Não era linda, era feia... Não era apreciada, era esquecida...Era aquele pequenino pássaro, o único que não se esquecia de visitá-la, fazendo em sua árvore, uma pausa para os seus vôos.
                        - “Será que ele ainda está vivo? Será que após a tempestade ele voltará a me visitar...?”
                        Enquanto ela meditava, não viu que seu único, mas verdadeiro amigo, chegava para socorrê-la. Ao abrir de suas asas, a folha ficou livre da tempestade. O seu frágil corpo estava sendo guardado pelo paravento formado pelas asas amigas...
                        Não poderia esperar melhor felicidade. Havia escapado do inimigo, com a ajuda daquela que deu a ela, a força necessária para não haver se entregado à morte.
                        Não era linda, era feia... Não era apreciada, era esquecida... Não era só, era amada... Não era a morte, era a vida...
                        Existia nela, a força maior que no mundo não tem: A vontade de viver, viver sempre para alguém...


 (1968)

Alguém.

Alguém quem? Alguém ou “alguém”? Alguém ninguém? Quem? Alguém além? Algo além?

“Ontem” achei que tivesse achado. Achei que achei!

Hoje, acho que achei!

Acho!

Sou alguém.

Achei!

Axé!

Até!
(2013)







AUTO-ENGANO





Interessante livro do economista Eduardo Gianetti, um dos pais do Plano Real (FHC).
Sim, por trás de um “numerólogo” também bate um coração; e este filosofa, como todo bom coração.

Duas “coisinhas” do seu livro ficaram impregnadas em mim: o título e uma passagem em especial

AUTO-ENGANO – Preciso esconder de mim mesmo, algo que sei! “Cuma? “, como diria o Didi. “Cuma?” Enganá-la é mole pro Vasco. Só preciso esconder de vc algo que sei, mas não quero que vc saiba. Moleza. Agora.....

Ele, Eduardo, ainda vai mais longe. Diz que sem o auto-engano não sobreviveríamos. Diz que o auto-engano nos é necessário. Imprescindível à nossa sobrevivência.

Pausa para a segunda “coisinha” que citei. Depois tentarei juntar as duas em uma só.

Diz EG que todo ser vivo, toda criatura viva, do reino animal, TODA e qquer criatura viva, podem ter suas ações neste mundo explicadas por duas únicas razões. Só duas. O resto é “encheção de lingüiça” para ocupar nosso tempo em que seguimos respirando: procriar e sobreviver.

PROCRIAR E SOBREVIVER

Procriar, para manutenção da espécie, e sobreviver para não morrer! O básico do básico.

Procriar: delícia aquilo que “precisamos” fazer para este primeiro objetivo, né não? Muito bão que, para procriar, usemos um tesão como desculpa. Desculpa aí! Meu tesão é por uma justa causa, tá? Não me leve a mal...rs

Sobreviver. Elementar, meu caro Watson. Antes ele do que eu, diz a voz do povo. Mas, acho que aqui cabe uma ressalva. Uma pequena e breve observação:

Deixemos nosso instinto de sobrevivência o mais parecido possível com o dos animais, nossos irmãozinhos nesta nossa natureza! Sacanear mesmo o outro, seu igual, só se for mesmo imprescindível e a única opção que nos resta. Todas as outras sacaneadas, com o intuito de mera “sobrevivência”, com mil aspas, irá deixá-lo pobre. Muito pobre.

Passará sua vida toda “só sobrevivendo”. Nunca viverá!

Não seja tolinho. Não desperdice seu tempo. Faça a lingüiça mais saborosa que conseguir, carinha. Caso ela seja ainda apimentada, vc matará dois coelhos com uma única cajadada. Ou três: sobreviverá, procriará e irá, até chegar a sua hora, preencher seu tempo degustando uma deliciosa lingüiça. Caso ela seja acompanhada de uma cerva bem gelada, ainda melhor. Se antes de sentar à mesa e pedir sua apimentada linguiça e sua santa cervejinha, vc se distrair jogando frescobol, como diz Rubem Alves (ver não jogo mais tênis, aqui no blog), triplamente melhor! Segue matando mto mais coelhos - tadinhos - com uma única cajadada.

Ou só sobreviva. É mto pouco e mto pobre, mas tb é uma opção do cardápio que a vida te dá. Caso queira este prato...sirva-se!


Bem, acho que já juntei as duas coisinhas que o EG impregnou em mim: caso vc tenha escolhido este último prato do cardápio da vida do qual falo aí em cima, precisará de uma colossal carga de AUTO- ENGANO para ajudá-lo e acompanhá-lo nesta furada jornada de vida que escolheu.

Deixe o auto-engano só a serviço da sobrevivência básica e não a coloque como um dos recheios da sua lingüiça. Nem jogue tênis. Deixe isso para o Guga, nosso campeão!

Aprenda com os animais. Com os ditos não sapiens!

Eles sabem das coisas! Nem da morte eles tem ciência ou consciência.

Eles sabem aquilo que precisam saber. Nada mais.

Agora vou lá fora, cuidar dos meus cães. Para a sobrevivência deles...e para o meu prazer!

Saravá, EG!


27 de nov. de 2013

"O macaco tá certo"


A manchete aí de cima saiu no Blog do Simão. Do Zé Simão. Do macaco Simão.


Desculpa aí, mas este Zé nunca foi macaco nem aqui, nem na China e nem no Paraguay! Ele é mesmo um daqueles gigantescos orangotangos, ferozes, coléricos e furiosos. Daqueles de bunda pelada, saca?

Este “macaco” consegue, como ninguém, ter a precisão e ser magnificamente conciso em suas tiradas. Vai direto ao ponto, sem dó ou piedade. Ele nos faz rir de qualquer tragédia, por mais absurda e trágica que ela possa ser. Ele vai direto ao ponto. Direto na ferida. Direto onde dói! Ainda nos faz rir! Alivia nossas dores, sem nunca ser vaselina (rs)

Ele acerta sempre na mosca. No alvo, certeiro!

Com duas frases, duas curtas frases, faz eu vir aqui escrever tudo isso. Adoro o jeito deste macaco/orangotango.

Vem comigo:

Zé Dirceu gerenciando um hotel na Novacap! Ok! Salário de R$ 20.000,00 evidentemente, simbólico. Meramente simbólico. Qto não renderá este seu novo “trabalho”? Incalculável. Evidente!

Muito bem acomodado, em salas mto bem mobiliadas, ar condicionado ligado, iluminação de acordo, tomando deliciosos, e caros, vinhos ou o que seja, recebendo todos que desejar receber e seguindo fazendo conchavos, conluios, maracutaias e afins. Locupletando-se com seu “poder” e sua influência, como sempre fez. Zé Dirceu ali, babando!!! Recebendo, todo dia, um certo tanto dos seus 40 ladrões. Ali, babando! Fazendo lobby, no lobby!

Lembro Sérgio Porto, gde sábio, do time do macaco: "Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos!"

É foda, Zé!!

Qdo o sol cair, ele terá que ir fazer naninha lá na Papuda? Ok, tudo bem. Mas é só p/ nanar, “companheiro”. Amanhã começa tudo de novo. Só não sei como consegue dormir.

Ou melhor, sei!

Não conseguiria, se tivesse peso na consciência mas, para ter “peso na...”ele precisaria tê-la! Sabemos que não tem! Segue no “piloto automático”.  Faz tempo! A consciência, se um dia a teve, ficou lá pelo Araguaia. Ou pelo Chile, sei lá!

Mas, só para dormir? Mole pro Vasco. Millôr, outro orangotango dos gigantes, já dizia: “de noite todos os pardos são gatos”!! A Papuda é só sua cama! Nada mais!

O Zé Dirceu só apaga, temporariamente. Ao acordar, volta rapidinho p/ putaria. Volta p/ casa da mãe, quem sabe!

Ouvi dizer que este trampo ainda precisa ter a concordância (e conivência ?) do Joaquim Barbosa  ou alguém do gênero. Ou seja: ainda há uma luz no fim do túnel.

Se não for uma locomotiva vindo em sentido contrário, meno male!

Este BraZil precisa de mais Zés, orangotangos, millôr(es), chacrinhas sérgio(s) porto e macacos. Vamos inundar este país de macacos. Zilhões de macacos!

Quem sabe chegará o dia em que deixaremos de pagar tanto mico!!!!

Ou que apareça um Leão Dourado. Tb sem mico!!!

Ou um Cacareco (pena que este pintou só em 1959. Eu era mto criança. “Só” tinha  7 aninhos).

É como ouvi ontem de um amigo: "No BraZil tudo é falso. O único BraZil que é "genuíno" está na Papuda!"

Hoje teria meu voto. Ou votarei no Macaco Simão, caso venha a ficar louco de vez e lance sua candidatura.

Meu voto é do macaco! Voto no ZÉ "Simião"! Um grande macaco, fazendo macacada para nos distrair. Nada mais brasileiro!

Ao Macaco, mais uma vez, meus aplausos!



Não jogo mais tênis



(troquei-o por 1001 Noites de Amor)

Então, tenho que chegar até os 63 aninhos e mais um pouco? Preciso parar de fumar! 

--------------------------------------------------------------------



XERAZADE


Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os do tipo tênis e os do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietszche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a velhice? Tudo o mais no casamento é transitório mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar”.
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente. Terminam na morte, como no filme “Império dos sentidos”. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, Xerazade o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. Há carinhos que se fazem com o corpo e há os que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: “Eu te amo, eu te amo...Barthes advertia:”Passada a   primeira confissão “”eu te amo”” não quer dizer mais nada”. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: Erótica é a alma”!
         O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada – palavra muito sugestiva que indica o seu objetivo sádico, que é de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza do outro.
         O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e quem recebe faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra – pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como a ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
         A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...
         Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.
         Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre esse jogo de tênis:
         “Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem um valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: “não se faça mais de estúpido do que é, meu amigo.”
         Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como uma bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
         Já no frescobol é diferente: o  sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
        
        

(Rubem Alves – Psicanalista e escritor)