...perde
um tempo!
Adorei esta frase trazida pela minha terapeuta
em uma das nossas últimas sessões! É bem por aí mesmo! Acho até que todos nós,
sem exceções (ou raríssimas, quiçá), precisamos, vez ou outra, de "um
tempo". Ele pode ser algo salutar, necessário até e que não deve ser
adiado. Só que, ao mesmo tempo, devemos estar atento a este "pequeno"
detalhe: "quem pede um tempo...perde um tempo". Já vivi isso, tanto
como "pedidor" de um tempo quanto ouvir a outra pessoa "pedir-me
um tempo"!
A pedida de um tempo é uma faca de dois
(le)gumes! O time pode voltar e estraçalhar o jogo, com uma gigantesca virada,
voltar o mesmo que era antes do tempo pedido ou até o tempo sair pela culatra. Acabar
sofrendo uma fragorosa derrota, até pelo tempo pe(r)dido!!
Nem poderia ser diferente. Depois do tempo
pedido, você volta outro. Já não é o mesmo que solicitou o tempo. As águas
seguiram rolando por debaixo da ponte, sujeitas a inundações ou estiagens! Se a
água parar, empoçar, dá dengue! Parar a água, é dengo(rs)!
"As águas
vão rolar! Garrafa cheia eu não quero ver sobrar. Eu passo a mão no saca saca
saca-rolha, e bebo até, me afogar. Deixa as águas rolar!!"
Este famigerado "tempo" é mesmo muito
estranho. Se há em nossas vidas algo que seja insensível e imutável, é o tempo.
Com uma frequência absurda deixamos coisas para "depois". Para um
segundo momento. Para uma outra hora! Nos esquecemos que somos todos
"Mieles" e José Wilkers", só para citar dois!
O tempo, não muda por nada e por ninguém! Ele
deveria até ser uma palavra feminina, de tão insensível que ele é (hehehe -
Freud explica, facinho facinho). Ele não para, por nada ou por ninguém. Em nome
de ninguém, ele muda seu caminhar. Cada 24 horas seguirá durando...24 horas,
independente daquilo que você fizer, ou deixar de fazer! Ele, na verdade, não
está nem aí prá você. Ele não está nem aí prá ninguém. Ele é 101% autônomo e não
escuta ninguém. Nem rezas, nem promessas, nem velas acesas, nem juras, nem
nada. Absolutamente nada e ninguém!
Bem, a prosa "tá" boa, mas agora vou
pedir um tempo(rs). Vou até "lá fora" viver mais um pouco. E preparar
meu chazinho do Santo Daime de quem andava saudoso! Se ainda seguir respirando,
volto outra hora.
Deixo vocês em ótima companhia: Antonio Abujamra
e Mário Quintana
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