Nunca fui de vestir a camisa de
nenhum partido político. Nem de político e nem mesmo de ONGs. Gosto do meu
direito de pensar "x" sobre tal assunto hoje, que pensava
"y" até ontem. Faz parte da minha liberdade e do meu livre-arbítrio
ser mutante. Abraçando a causa de um partido específico ou mesmo de alguma ONG,
sinto-me engessado para, caso queira, mudar de idéia.
Quando no entanto falamos de IDEAL, a coisa muda um pouco de figura. Abraço ideais que se encaixem com aquilo que penso, vindo ele de onde possa ter vindo. Brigarei por este IDEAL, do meu jeito, sempre que tiver oportunidade de opinar e desejo de fazê-lo.
Em minha vida, não devo ter mais
do que uma "meia-dúzia de quatro ou cinco" (rs) ideais pelos quais
ainda brigo, esperneio ou reclamo. Em sua grande maioria estão atrelados à tal
da LIBERDADE.
Estranho muito quando pessoas que
de longa data abraçaram uma causa, são vistas hoje contrárias às mesmas
causas que ontem tanto defendiam.. É como se fosse trocar o preto pelo branco ou, para ser mais politicamente
correto, e não correr o risco de ser apontado como racista, de trocar o azul
pelo vermelho (rs). Aí eu acho o "ó do borogodó"! Aí é foda, carinha!!
Veja o exemplo do Caetano, autor
de "É Proibido Proibir", hoje dando as mãos para sua ex (Paula
Lavigne), querendo obrigar as biografias não autorizadas passarem antes
pela censura prévia dos biografados. O pior é que acabou levando junto nesta
furada, gente do quilate do Gil, Chico, Djavan e
outros..."incautos"(?). Mas, além de já terem perdido a causa do Procure
Saber, que já nasceu morta ou moribunda, já disse o que queria no tópico
http://simbolofalicoeocacete.blogspot.com.br/2013/11/procure-saber-paula-lavigne.html
Vamos atualizar e regionalizar
esta prosa:
Uma década e pouco atrás, estive
por um certo tempo próximo de uma professora. Batalhadora, aguerrida, guerreira
e que esperneava sempre que via seus ideais atacados ou atingidos por
injustiças e/ou arbitrariedades. Chegou certa vez até a ouvir que seria melhor
engolir aquilo "goela abaixo do que reto acima", mas esta já é uma
outra história, que, quem sabe, um dia eu volte aqui para contar. Ela ficava
tão possessa de ver seus ideais ultrajados, que até crises de asma acabava
tendo quando as barbaridades aconteciam. Até a sua asma gritava contra as
arbitrariedades, tadinha. Ela, na época, era Angelical!
O tempo passou e aí ela virou a
Dilma Roussef do Sindicato local. Aí suas brigas, ainda partidas de uma pessoa Angelical, eram contra o tirano da época. É como se fosse Zorro contra o Sargento
(Pons) Garcia. Ela comprou a briga contra o sargento, que estava mais para
General mesmo, e da velha guarda - dos anos de chumbo - e tentava, como o Zorro,
derrotá-lo a todo custo. A briga seguiu e o tempo passou. O Sargento Garcia,
tadinho, foi derrotado por uma hérnia de disco e o Zorro chegou, finalmente à
chefia da Educação do Município.
Eu, em minha santa ingenuidade, pensei
que "agora vai" : se o Zorro agora dá as ordens, agora a Educação
entrará nos trilhos. Preparem os Darcy Ribeiro(s), Celso Furtado(s), Paulo
Freire(s), Piaget(s) e outras tantas feras, que o Angelical Zorro está chegando! Agora chegou a hora
dos Angelicais ideais do Zorro virarem realidade. Agora não tem prá ninguém!
Tolo e ingênuo menino que sigo
sendo. O Zorro perdeu toda sua postura Angelical e passou a portar-se como...
Regente! Agora ele Regia a Educação, com os olhos de Regente. De Rainha! A
Angelical virou Regente!
Hoje, "como nunca antes na
história deste país", como diz um dos seus maiores ídolos, o sapo barbudo,
vejo o mesmo Sindicato presidido "ontem" por ela, em franca e
interminável briga com a Secretaria da Educação: são questionamentos feitos
pelo Sindicato que não são respondidos, reuniões solicitadas e não aceitas,
pedidos de esclarecimentos negados sem mais delongas e por aí afora. Ouço também
na "rádio peão" que vereadores são impedidos, arbitrária e
ditatorialmente de visitarem e fotografarem escolas em péssimas condições,
negociatas feitas abaixo do teto que precise de editais e concorrência aberta
para licitação (pelas minhas fontes qquer valor até R$150.000,00) e muito mal
explicadas e outros tantos absurdos, que fico de fato perdido querendo
descobrir qual vento levou embora aqueles ideais que "ontem" conheci
e tanto ouvi da Angelical lutadora! Como uma Angelical pessoa transforma-se
assim, em tão pouco tempo, defensora do Azul qdo até ontem defendia o Vermelho?
Mas como tb não gosto muito de
falar sobre o que ouvi dizer e como também não me presto a fazer o papel de "leva-e-traz",
terminarei este meu couto, digo, conto, dizendo algo que vi com estes olhinhos
que um dia a terra há de comer:
Ainda este ano, próximo que
estava de uma outra professora que trabalhava fundamentalmente com a EJA
(Educação de Jovens e Adultos), um dia, sem pretensão de nada, resolvi
bisbilhotar a Cartilha usada na EJA. Queria saber como hj é ensinado o
"vovô viu a uva. A uva é da vovó" que, dizem as más línguas, hoje já
foi alterada para "vovô viu a vulva da vovó" (rs). Pegando a Cartilha
Oficial da Educação daqui do Município, lá encontro já na página 3, o nosso
alfabeto. Nada mais óbvio. Lá estava, para que todos aprendessem:
A B C D E F G H I J L M N O P Q R
S T U V X Z
Putz!!! Mais essa não. Não
mereço! Olhava p/ o alfabeto ali expresso e ficava pensando nos coitadinhos que
chegam ávidos para aprender a escrever seu próprio nome!!
"-Qual é o seu nome,
criança"?
"- É Wellington,
fessora"!
O outro era o Washington, a outra
a Kelly Cristina, ao lado a Yara.....ao fundo o neto do Darcy Ribeiro aqui já
citado. Ainda tinha a Kátia, o Wesley, o Wilson e outros tantos. Até o filho (ou seria o neto?) do jornalista William Waack estava por ali...
Cacilda!!!! Como poderei ensinar
estas almas penadas a escreverem seus próprios e honrados nomes, se em minha
cartilha não há nem o K, nem o W e nem o Y?
Uélllington? Uóshington? Quélli
Cristina?? Uéslei?? Uiliam Vaáque?
A Secretária não viu isso?
Ninguém comunicou-a? Quem foi a(o) (ir)responsável pela compra desta Cartilha
Oficial? Quanto do nosso dinheiro foi gasto em uma Cartilha que não serve nem
p/ ensinar o bê-á-bá??
Foi demais p/ os meus pobres
neurônios. Desisti de vez do Couto. Digo, do conto!
A Régia Secretária venceu,
finalmente, a Angelical professora!
E mais eu não Couto. Digo, conto!
É a velha história; "quem conta um conto...aumenta um Couto"!
É a velha história; "quem conta um conto...aumenta um Couto"!
Como será que anda a sua asma?
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