Na última conversa
séria, ou pretensamente séria que tive (coisa de uma semana atrás), brinquei
que estava entrando de sócio dos "Vigilantes do Piso". Como acho que
85 quilinhos para os meus 1.84 de altura não pedem, ainda, para que entre para os
Vigilantes do Pêso, resolvi entrar para os "Vigilantes do PISO".
Quem já andou pelas ruas
de Paraty, principalmente se falamos de alguma incauta donzela que ali
apresentou-se trajando um salto alto, sabe a dificuldade que é por ali
caminhar. São pedras do tempo do Império, disformes em tamanhos e
formatos, passando longe de formar uma suave passarela para o seu suave
caminhar. Vc tem que andar ali atento, vendo muito bem por onde pisa. Caminhar
pela bucólica Paraty, sem estar atento onde pisa, é dar chance para o azar e
sair dali com uma raiva que Paraty não merece. Paraty tem aquele piso; se é por
lá que vc pretende caminhar...fique atento!
Sigo tb concordando, em
gênero, número e grau com Carlos Castañeda quando nos disse/ensinou que...
"Todos os caminhos
são iguais. Todos eles levam ao mesmo lugar ou seja, a lugar nenhum. Mas um
deles é feito e trilhado com o coração, e é este que vc deve seguir!"
Pois bem: este meu
momento me pede exatamente isso - muita vigilância para ver onde ando pisando e
onde pisarei em meu próximo passo, pois não quero correr o risco de sofrer uma
entorse de tornozelo, fratura ou algo ainda pior. Como minha véspera de Natal
ainda não chegou, até pq não sou perú, seguirei vigilante qto aos meus passos.
Vejo-me, neste momento,
sem GPS, placas indicativas, quiosques de informação, dica de algum guia que
esteja por ali levantando o seu troco ou coisas do gênero. Vejo pedras, trilhas
e algo lá adiante, no horizonte, ainda um tanto distante de onde estou, que
ainda não consigo definir muito bem o que seja. Até pq, convenhamos, tb já
tenho meu olhozinho D operado, trabalhando com uma lente que não é aquela com a
qual nasci. Daí.....vigilância constante!
(*Quero, junto com o
Benê, ter dois olhos inteiros e que não deixem escapar o essencial. Tanto ele
qto eu, acho, estamos a caminho disso)
Saber que chegaremos
todos ao mesmo lugar - A LUGAR NENHUM - já não me desaponta ou me desanima
tanto quanto em outros tempos, não tão remotos assim, mas que a
responsabilidade dos meus passos dados seja cada mais mais reconhecida, na boa,
sendo minha e só minha, já me traz um certo bem estar. Caso consiga, além da
responsabilidade, colocar o máximo do meu coração neles, ainda melhor.
Assim confirmarei que
não interessa qual será o meu ponto de chegada e sim qual caminho trilhei para
chegar até ali.
Como tb tenho
tentado não exagerar na minha (muitas vezes inútil) prolixidade...paro por
aqui!
Saravá, "Bruxo
Carlos Castañeda"
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