Este texto
eu “roubei” deste outro Blog - http://www.mundogump.com.br/
- e é de autoria do PHILIPE
KLING DAVID, dono do blog.
Coisa boa
deve ser partilhada e espalhada aos quatro cantos!
A VÍRGULA
Eu nunca gostei muito
da vírgula. Sempre achei que a vírgula é um tipo de ponto final “emo”. Quero
dizer, olha ela aqui. Note como o ponto final é másculo e determinado.
Ele acaba com a
questão.
A vírgula, essa não,
essa não se garante e muitas vezes, nos obriga a ficar dando essas
respiradinhas afetadas no meio do texto, de modo que assim que passamos pela
primeira, já desejamos de cara que a próxima morra, mas elas continuam vindo, e
vindo, e vindo como zumbis, até que finalmente surge o ponto, este redentor e a
frase gigantesca, enfim, acaba. Além do mais, ela é, como todo emo,
problemática no seu sentido implícito e explícito. Veja por exemplo o catatau
de leis e regras de uso e não uso dessa maldita. Parece até a constituição
federal de tanto “pode, não pode”.
E o que dizer do
maldito ponto e vírgula? O ponto e vírgula é algo ainda pior que o ponto emo, a
vírgula, porque nem é uma coisa, nem é outra; Pra certas coisas, é ponto. Para
outras é vírgula. Separa numerais, muda de assunto… Frisa até o sentido adversativo
de uma conjunção (seja lá que merda for isso!)
O ponto e vírgula nem
emo não é. Ele é poser!
É esta coisa assim,
meio fruta que não quer dizer que é fruta, como um tipo de galã gay que precisa
manter as aparências para viver. Sendo assim, sabemos que o ponto e vírgula no
fundo é uma vírgula louca, mas é dado a ataquinhos para mostrar que manda,
então, tão logo vemos este sinal que não sai do armário, já mudamos logo de
linha, como quando atravessamos a rua para não dar de cara com um maluco;
E note a bichice da
situação, porque tão logo mudamos de linha com o ponto e vírgula;
O texto já começa a
ganhar ares de poesia;
E por mais que a
gente se esmere na datilografia;
O leitor olha pra
frase ali em cima;
Pior ainda quando ela
rima;
porque fica até
parecendo proposital;
Em prosa que se
preze, essas coincidências pegam mal.
E assim o ponto nos
liberta mais uma vez, e mesmo a vírgula, esta exibida, teimando em
reaparecer das cinzas, como uma fênix purpurinada, não podemos nos esquecer que
ela, coitada, tão insignificante que é, causou grandes problemas na história da
humanidade. Se a vírgula ingrata permitir, e o ponto e vírgula não esculhambar,
pretendo aqui sobre estes casos dissertar;
Mas lá vem outra rima
desgraçada pra aborrecer;
E só me resta como
recurso fazer;
Já que a exclamação,
aspas e reticências se negam a ajudar;
Aos dois pontos
preciso apelar;
Pois se a vírgula é
um ponto Emo, os dois pontos são machos xipófagamente ligados. Macheza dupla
que impõe tamanho respeito que nenhum outro sinal ousará atrapalhar. Então, lá
vai:
A VÍRGULA FATAL
A czarina russa Maria
Fyodorovna certa vez salvou a vida de um homem, apenas mudando a vírgula de sua
sentença de lugar. Muito inteligente, ela que não concordava com a decisão de
seu marido, Alexandre II, usou o artificio a seguir.
O Czar enviou o
prisioneiro para a prisão e morte no calabouço da Sibéria.
No fim da ordem de
prisão vinha escrito: “Perdão impossível, enviar para sibéria”
Maria ordenou que
redigissem nova ordem, e fingindo ler o documento original, mudou uma
vírgula, transformando a ordem em: “Perdão, impossível enviar para
Sibéria” e o prisioneiro foi libertado.
A VÍRGULA DE UM MILHÃO DE DÓLARES
Pode parecer
incrível, mas uma única vírgula causou uma confusão e prejuízo terrível para o
governo dos EUA. A história é a seguinte: Na lei de tarifa alfandegária
aprovada pelo congresso em 6 de junho de 1872, uma lista de artigos livres de
impostos incluía: “plantas frutíferas, tropicais e semi-tropicais”.
Na hora de escrever o
documento, um funcionário público distraído acrescentou sem perceber uma nova
vírgula, deixando o texto assim: “plantas, frutíferas, tropicais e
semi-tropicais”
Isso fez com que
todos os importadores de plantas americanos pleiteassem o direito de importação
livre de impostos. Isso causou uma fortuna em impostos aos cofres dos EUA, e a
lei só foi reescrita em 9 de maio de 1894. O desastrado funcionário público, ao
que parece, não foi demitido.
A VÍRGULA DA DIETA DOS PANDAS
O fascínio popular com erros de gramática valeu a Lynne Truss
vários milhões de libras, quando seu livro sobre pontuação, “Eats, Shoots and Leaves” – Uma frase encontrada num
comentário sobre a dieta dos pandas – chegou ao topo da lista de best sellers n
Reino Unido e nos Estados Unidos nos anos de 2003 a 2004. (nosso leitor
Igor esclarece: .”Eats, Shoots and Leaves” com a virgula, significa “Come,
Atira e Vai Embora”. No documentario sobre Pandas, eles provavelmente queriam
dizer sem a virgula (Eats Shoots and Leaves). O que significaria “Come Brotos e
Folhas”.)
A VÍRGULA DA BLASFÊMIA
A vírgula já causou
embaraço também para os religiosos. Em várias edições da Bíblia do rei James,
Lucas 23:32 é alterado inteiramente pela maldita vírgula. Não por ela, mas sim
pela falta dela. Na passagem que descreve os outros homens crucificado com
Cristo, as edições erradas dizem: “E havia mais dois outros malfeitores.” A
falta da vírgula colocou Cristo como malfeitor na própria Bíblia. O correto
seria “E havia mais dois outros, malfeitores.”
É isso. Cuidado com
ela. Ou com a falta dela.
Ps: Antes que alguém
queira usar os comentários para me dar aula de gramática, dava pra explicar com
mais detalhes, eu sei. Mas o texto ficaria sem graça.
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Como costumo dizer: “Prefiro as afirmações???” “Não. Gosto
mais das interrogações!!!”
Na verdade, com tantas mudanças, hoje, diria: “Não gosto mais das interrogações!!!”
Fui claro?? (rs)
Quem me dera agora eu tivesse uma viola p/ cantar!!
Por isso eu....PONTEIO (rs).
(esperem o vídeo carregar)
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