Ainda lembro-me desta aula lá do catecismo: são sete. Conta
de mentiroso, mas tudo bem. O padre falou que eles são sete e padre, sabemos
muito bem, não mente (rs)!
Dentre eles, a Gula!
Aí, como sempre, peguei mais este mote p/ colocar o Tico
& Teco p/ funcionar um pouquinho. Não deu outra:
Se existe Pecado Capital, também deve existir Pecado Interior
e até Pecado Litoral, né não? Afinal, a Gula, gulosa que é, quer estar em todos
os lugares ao mesmo tempo e sempre querendo mais.
Confesso também que estou em uma fase um tanto quanto “gulosa”:
Igaratá, troca de carro etc... Mas existem gulas e “gulas”. Temos desde a gula
especificamente voltada p/ comida, muitas vezes desembocando posteriormente na
anorexia, e outras tantas gulas. Até a gula do amor!
Vamos andando por aí, por este mundão de meu Deus, e nos
deparamos com pessoas que nos agradam. Aquela ali me agrada no quesito 3.
Aquela outra no quesito 27. A outra no 472 e por aí vamos. Aí, gulosos,
queremos todas! A do quesito 3, a do 27, a do 472 e outras tantas. Queremos
todas, sem distinção. Afinal, pensamos nós, merecemos, oras!
Mas aí vem o padre de novo e nos cochicha baixinho: “meu
filho...quem tudo quer, nada tem”!!
Acho que os padres às vezes até dizem coisas sensatas. Quando
não estão “pedofilando” (rs), eles até acertam em algumas coisas. Acho que este
cochicho é um dos acertos do padre: muitas vezes, a gula pelo 3 é incompatível
de existir junto com a gula pelo 27 ou pelo 472.
É como se resolvêssemos ser
corintiano e palmeirense ao mesmo tempo. Ser fã de carteirinha do Jean Willys e
do Bolsonaro! Aí, meu camaradinha, mais dia menos dia, a gula vai te trazer
indigestão. Não tem como ser diferente!
E se, por acaso, minha gula desejasse a Fernanda Lima e a
Patrícia Pillar, ao mesmo tempo? Elas não são água e vinho como os exemplos
dados acima. Elas são da mesma, digamos, natureza! Posso desejar as duas, você
me perguntaria.
Claro que pode. Sou defensor eterno de que podemos tudo.
Podemos desejar tudo também. Tudo e todas, se for o caso.
Mas/porém/entretanto/todavia/no entanto... as duas felizardas
e beldades citadas, não te terão. Terão somente parte daquilo que você é! Elas
terão o quinhão da sua gula voltada p/ elas. Nada mais. Nunca terão o seu TODO.
Aí, sigo pensando, chamando pelo Paulo quixotesco e pelo
Paulo “último romântico”: se quero tanto alguém, por qual razão vou oferecer a
este alguém só uma parte do meu todo? Gosto tanto da moçoila e ofereço p/ ela
uma parte do meu todo?? Ofereço o que? 20%, 46%, 62%...? Quanto? Seria 10%,
aquele percentual que damos de caixinha para o garçom?
Não sei, mas isso não me bate legal, aqui nesta minha
cachola! Fica parecendo prêmio de consoiação. Que nem o amor, que tal e qual a
Avenida Paulista lá de Sampa, começa no Paraíso e acaba na Consolação! Ou
começa no hotel 5 estrelas e acaba na pensão...alimentícia!
Sei não, sei não. Esta nossa gula precisa ter um pouco mais
de sensatez. Um pouco mais de sentido e lógica!
Ser guloso/a é fácil. Ser guloso/a não requer o mínimo
esforço: duro é, depois, conviver ou digerir, os efeitos colaterais que uma
gula gulosa pode acabar nos trazendo.
Como diz a queridíssima Emília: “Nunca deixe de ser
escoteiro, Paulo. Siga sempre alerta! Sempre vigilante! Também com a sua gula,
seja vigilante”!
Sábia Emília. Muito melhor que o padre (rs)!
Cuidado p/ não desejar comer tutu e acabar com uma tigela de
nata nas mãos pois, como já disse aqui...”quem tutu quer, nata tem!!”
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