- Quem
quiser saber um pouco mais sobre quem são meus gurus e o que penso sobre
cada um deles, clique aqui:
Pois dizia o meu guru: “O dinheiro compra tudo. Até amor
verdadeiro”!
Todas as vezes que leio ou releio esta frase, sinto uma paulada direto
na minha cabeça; acho que é p/ acordar o Tico & Teco
Enquanto a “unanimidade”, da qual meu guru tinha ojeriza, diz que “o
dinheiro não traz felicidade”, vem o Nelsão e solta esta pérola. Compra sim!
Compra até amor verdadeiro, cacete!
E aí, fico eu aqui matutando: ele exagerou, como de costume? Exagerou ou
disse uma verdade que todos cismam em esconder e negar? Somos todos compráveis?
Vendáveis? Negociáveis ao menos?
Não sei, não sei, não sei....
Sei, ou acho que sei, que quando dois se juntam, sempre existem
interesses; alguns claros e cristalinos, e não só por isso louváveis, e outros
camuflados e escondidos aí sim, sempre, como algo tremendamente louvável! É uma
questão de saber definir para si mesmo o que é o amor – este tal de amor, tão
cantado em prosa e verso – e até onde vc vai, até onde vc se permite ir, para
tê-lo! Meu guru, como bom filho da puta que sempre foi, não colocou aspas (que
eu saiba) na expressão amor verdadeiro; pressuponho que ele dizia sobre o
amor verdadeiro, de verdade; de fato. Se ele foi, digamos, “comprado”, deixou
de ser verdadeiro? Vc caiu em uma grande arapuca? Foi ludibriado?
Não sei, não sei, não sei...
Sei que o dinheiro compra uma Montblanc made in Xing-ling por uns
R$10,00 e tb compra uma legítima por uns, sei lá, R$10.000,00. Ambas
compráveis/compradas. Uma verdadeira e outra fajuta!
Mas estamos falando de amor, Paulo, e não de canetas! Acorda, caralho!!
Ah, tá! Tem algo do (lírico) Drummond onde ele diz algo que, a priori,
desbancaria o meu guru. Diz o Drummond que
...Eu te amo porque te
amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira....
...Eu te amo porque não
amo
bastante ou demais a
mim.
Porque amor não se
troca,
não se conjuga nem se
ama.
Porque amor é amor a
nada,
feliz e forte em si
mesmo...
Mas, mais uma vez tendo, tendencioso que sou, a baldear-me para o lado
do meu guru. Sabemos que nosso gde e genial Drummond, manteve por anos e anos a
fio, uma amante, escondida a 7 chaves da sua fiel escudeira, companheira e
esposa. Ele, afinal, “comprou” a esposa ou a amante? Quem era
ali a comprada e quem era ali a verdadeira??? Provavelmente não tenha
“comprado” a esposa mas....amou-a? Afinal, ele amou a esposa e comprou uma
amante ou vice-versa? De que porra de amor afinal, com o perdão do trocadilho,
"proseava" nosso poeta? O que ele tinha (?) pela esposa ou o que ele
tinha(?) pela amante? Ou será que "uma coisa é uma coisa e outra coisa é
outra coisa??!!" Coisa de poeta, sei lá...
Não sei, não sei. Não sei...
Mas sei que a amante, ao que parece, foi, de fato, o grande (único?)
amor da vida do cidadão Carlos Drummond.
Então, o amor verdadeiro, qdo comprado, passa a ser falso? Então,
o Tico & Teco começam a brigar: se o verdadeiro...vendeu-se, ele então não
era verdadeiro, ora bolas!
Este meu guru só enche o meu saco mesmo: sol escaldante lá fora e eu
querendo descobrir o sexo dos anjos!
Mas tb guardo mto bem guardado na minha memória, a “sábia descoberta”
que fiz anos atrás, em terapia, que a Madre Tereza de Calcutá era tão egoísta
qto o Juiz Lalau (que era o larápio da vez e das manchetes dos telejornais):
ambos agem egoisticamente atrás do seu bem-estar maior. A única (e gritante)
diferença, é que os caminhos buscados pelo Lalau merece cana/xadrez/xilindró,
enquanto os caminhos da Madre Tereza merece o Nobel da Paz. Fora isso, são dois
seres humanos querendo fazer “coisas” para se sentir bem! Egoístas ou
"egoístas". É uma questão de aspas!
Tenho certeza que os caminhos que sempre escolhi, gde parte terminado em
fracassos, nunca foram merecedores de nenhum Nobel mas tb nunca fiz nada para
que fosse posto na Papuda. Nem PeTista eu sou (rs).
Só quero ser coerente com os caminhos que trilho para buscar aquilo que
quero; ou acho que quero. Ou sinto que quero. Ou penso que quero. Ou que quero!
Foda-se!
Para tudo há um preço a se pagar. Diria até que “para se ter um amor
verdadeiro pelo qual não se necessite pagar...”há um preço a se pagar” (rs)
Não sei, não sei, não sei....
Mas gurus e poetas servem mesmo prá isso: inquietar nossos Ticos &
Tecos, antes que eles adormeçam, como bebezinhos, nos braços do tal de
Alzheimer!
Um comentário:
Nao creio,amor nao se compra!Amar e um estado de graça ,portanto sentimentos sao apenas sentidos e nao podem ser comprados.Podera haver fingimento (no caso da compra ).No amor imitai as abelhas e as flores,pois o prazer da abelha e sugar o mel da flor e o prazer da flor e doar o néctar para abelha(Kahlil Gibran)
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