Interessante livro do economista
Eduardo Gianetti, um dos pais do Plano Real (FHC).
Sim, por trás de um “numerólogo”
também bate um coração; e este filosofa, como todo bom coração.
Duas “coisinhas” do seu livro
ficaram impregnadas em mim: o título e uma passagem em especial
AUTO-ENGANO – Preciso esconder de
mim mesmo, algo que sei! “Cuma? “, como diria o Didi. “Cuma?” Enganá-la é mole
pro Vasco. Só preciso esconder de vc algo que sei, mas não quero que vc saiba.
Moleza. Agora.....
Ele, Eduardo, ainda vai mais
longe. Diz que sem o auto-engano não sobreviveríamos. Diz que o auto-engano nos
é necessário. Imprescindível à nossa sobrevivência.
Pausa para a segunda “coisinha”
que citei. Depois tentarei juntar as duas em uma só.
Diz EG que todo ser vivo, toda
criatura viva, do reino animal, TODA e qquer criatura viva, podem ter suas
ações neste mundo explicadas por duas únicas razões. Só duas. O resto é
“encheção de lingüiça” para ocupar nosso tempo em que seguimos respirando: procriar e sobreviver.
PROCRIAR E SOBREVIVER
Procriar, para manutenção da
espécie, e sobreviver para não morrer! O básico do básico.
Procriar: delícia aquilo que
“precisamos” fazer para este primeiro objetivo, né não? Muito bão que, para
procriar, usemos um tesão como desculpa. Desculpa
aí! Meu tesão é por uma justa causa, tá? Não me leve a mal...rs
Sobreviver. Elementar, meu caro
Watson. Antes ele do que eu, diz a voz do povo. Mas, acho que aqui cabe uma
ressalva. Uma pequena e breve observação:
Deixemos nosso instinto de
sobrevivência o mais parecido possível com o dos animais, nossos irmãozinhos nesta
nossa natureza! Sacanear mesmo o outro, seu igual, só se for mesmo
imprescindível e a única opção que nos resta. Todas as outras sacaneadas, com o
intuito de mera “sobrevivência”, com mil aspas, irá deixá-lo pobre. Muito
pobre.
Passará sua vida toda “só
sobrevivendo”. Nunca viverá!
Não seja tolinho. Não desperdice
seu tempo. Faça a lingüiça mais saborosa que conseguir, carinha. Caso ela seja
ainda apimentada, vc matará dois coelhos com uma única cajadada. Ou três:
sobreviverá, procriará e irá, até chegar a sua hora, preencher seu tempo
degustando uma deliciosa lingüiça. Caso ela seja acompanhada de uma cerva bem
gelada, ainda melhor. Se antes de sentar à mesa e pedir sua apimentada linguiça e sua santa cervejinha, vc se distrair jogando frescobol, como diz Rubem Alves (ver não jogo mais tênis, aqui no blog), triplamente melhor! Segue matando mto mais coelhos - tadinhos - com uma única cajadada.
Ou só sobreviva. É mto pouco e
mto pobre, mas tb é uma opção do cardápio que a vida te dá. Caso queira este
prato...sirva-se!
Bem, acho que já juntei as duas
coisinhas que o EG impregnou em mim: caso vc tenha escolhido este último prato
do cardápio da vida do qual falo aí em cima, precisará de uma colossal carga de
AUTO- ENGANO para ajudá-lo e acompanhá-lo nesta furada jornada de vida que
escolheu.
Deixe o auto-engano só a serviço
da sobrevivência básica e não a coloque como um dos recheios da sua lingüiça. Nem jogue tênis. Deixe isso para o Guga, nosso campeão!
Aprenda com os animais. Com os
ditos não sapiens!
Eles sabem das coisas! Nem da
morte eles tem ciência ou consciência.
Eles sabem aquilo que precisam
saber. Nada mais.
Agora vou lá fora, cuidar dos
meus cães. Para a sobrevivência deles...e para o meu prazer!
Saravá, EG!
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