Meus
companheiros de batalha(s), desde que fui convocado , em 09/07/52, para
apresentar-me à tropa. Meus companheiros que sempre seguirão ao meu lado,
enquanto a MINHA batalha não chegar ao fim. Companheiros dos quais trago
lembranças sem fim; e genes e DNA. DNA que te cheira leite.
Juro que
comecei a escrever sobre eles quatro. Juro. Mas ai percebi que estava ficando
um texto muito longo. Catártico. Colérico. Puro exorcismo. Pesado demais.
Vade
retro, Satanás!
Fiz uso
da minha deliciosa liberdade, e voltei atrás. Sem ao menos querer saber se
cometi aqui um pleonasmo ou não. Prefiro achar que foi um reforço de linguagem.
Licença poética.
Então,
fazendo pleno uso da minha liberdade, deixo só uma pitada sobre cada um dos
meus 4 Três Mosqueteiros.
Um grupo
que nunca chegou a ser nelsonrodrigueano mas, com absoluta certeza, freudiano
ate o último fio de cabelo. Nem poderia ser diferente, já que nosso amigo Sig
abrange a todos, sem exceção. Quiçá com uma pitada do Gaiarsa.
Cabeças
freudianas ao extremo, mesmo que esteja aqui cometendo o segundo pleonasmo.
Cá estão
eles:
Mosqueteiro
Pai - Por pura preguiça, por pura freudiana preguiça, deixo a
cargo do Zédu, assinando com ele esta homenagem que ele aqui postou :
O mano,
com sua competência sem igual para a escrita, acertou na mosca, mais uma vez.
Ou chegou perto.
O pai
médico. O PAI Oswaldo. O MÉDICO. O responsável (culpado?) direto por eu tb ter
escolhido ser médico. Freudianamente, como explicarei melhor em outro tópico
sobre o médico Paulo. Por "culpa" dele virei dotô...e não Doutor!
Graças a ele tenho um CRM. Graças a ele virei Dr.
Mais
aqui: http://simbolofalicoeocacete.blogspot.com.br/2013/11/doutor-dr-ou-doto-uma-tragedia-grega.html
Não sei
se merecia "nises", "olgas" e "sonias", mas
morreu em paz. Como um passarinho. Como o (doce) passarinho Quintana! Meu doce
pai. Meu quintana e meu quintal!
Dele
trago, dentre tantos ensinamentos, um em especial: "seja íntegro, decente e
honesto". Venho tentando, papai!
Dele
trago! Dele bebo!
Bebê
dele, é o que sou. Ou quero ser... Ou fui. Ou quis!
"- A
benção, meu pai".
Mosqueteira
Mãe - A vontade que dá é voltar para o menino de rua que fui e
dizer, como todos dizíamos naquela época: "Não
põe a mãe no meio que eu ponho no meio da mãe". Então, terminar o
papo. Ou sair na porrada.
Mas algo
faço questão de registrar aqui: sua cria, em Santos, cometeu a última injustiça
na hora do último terráqueo adeus. Os três juraram, de pés juntos (mas ainda
vivos), que trocariam aquela tampa fria de cimento batido (friamente
batido pelos coveiros, como sempre; como sempre é), com os escritos de praxe
feito pelo Mosqueteiro Zédu, com um graveto pego aleatoriamente no chão, por
uma lápide um pouco mais decente. De gente. Mais uma vez, juramos mas não
cumprimos. Todos os três.
Brincando
com NISE (N+I+S+E),
diria que "agora... INÊS é
morta"
De
injustiça tb se vive. Com injustiça também vivemos e convivemos e cometemos e
seguimos... Seguimos sempre!
Espero
que ela esteja agora, levando um eterno papo com o Chico Xavier!
Mosqueteiro
Mano - meu "ídalo", como diria Alberto Roberto. Meu
"ídalo" torto; de barro. O grande poeta, se lembrarmos que este é um
fingidor, que finge tão completamente, que chega a fingir que é dor....
Em
Floripa ele disse-me, na lata ("da décima oitava cerveja"): "Todos
vocês que sofrem, todos, só acham que sofrem. Na verdade vocês são todos
histéricos. Principalmente elas. Só histéricos. Nada mais do que histéricos. A
dor e o sofrimento são propriedades minhas, Zédu. Só eu sei o que é sofrer, sem
ser histérico."
Só faltou
dizer: " Minhas dores
nunca passarão. Nunca serei um passarinho. Passarinho é o Quintana. Sofro
por mim e por vocês. Sofro as minhas dores e as dores de todos vocês....e ainda
sou crucificado por ser assim." Santo
Zédu. Mas ele era JE e não JC! Muito menos o Quintana!
Mais uma
vez, acertou na môsca. Nunca aceitou ou quis ser um passarinho.
Era o
companheiro do pipoca. Era o zedupoca!
Fosse ele
escritor, seria o Fernando Pessoa. Fosse pintor, pintaria "O Grito".
Músico? Samba de uma nota só!
Uma
cabeça. Uma sumidade. Um exímio sofredor. Por escolha. Consciente e
inconsciente. Veio ao mundo para pensar e sofrer. Sofrer e pensar. Mas
histérico jamais. Quiçá um poeta, na tradução do Fernandinho, como aqui já
disse.
Tanto
sofre que não foi (não conseguiu) despedir-se do pai. Excesso de sensibilidade,
quem sabe. Mas... "compensou": descolou um terno para a missa de
sétimo dia! Muito descolado esse moço, pobre moço. Muito terno este menino!
Querendo
saber mais dele, clique aqui:
Lá, não
acharão um pouco de tudo. Acharão "tudo"... sobre um pouco. Tudo
sobre a dor, se vc acha que só a dor conta! Que só ela dá sentido à vida. Que
só ela explica tudo. Que só ela existe! Só ela. Eterna.
Meu
eterno "ídalo"! Alguém para quem as dores nunca passaram. Como
profetizou!
Alguns
dos nossos heróis morrem mesmo de overdose, como disse Cazuza. Mesmo que seu
vício seja....a dor!
Zédu. Não
meu herói; meu "ídalo".
Esteja em
PAZ! Sem dor!
Mosqueteira
Mana - Tatu, para os íntimos. Única filha. Filha única. Filha
única que criou sua asma para mais e mais exercer seu papel de filha única!
Cada um
usa de suas armas, não acha? Nada contra!
PhD ao
cubo. Mais "laureada" que a Dona Laura, mãe da Nina. Já espalhou ao
mundo, aos quatro cantos, todo o seu saber. Seu gigantesco saber. Só eu, mano
ingrato (e Freud mais uma vez explica, com zero de dificuldade) não sei nada a
respeito do que se trata afinal este seu saber! Pelo menos sobre seu acadêmico
saber! Sou mesmo ingrato...e freudiano!
Mais
viajante que (de novo) a Dona Laura, depois que ficou viúva. Já viajou para os
quatro cantos deste mundão de meu Deus. Rodinha nos pés. Tem à sua frente, em
seus sonhos, em seus momentos de descanso, uma grande ilha. Eu, uma bela!
Prepara
seu futuro, juntando o Teco & o Tico, para ser vivido em Paraty, cidade
distante 140 Km de onde estou. Quem sabe um dia (quem sabe?) venha me visitar.
Em fevereiro completo 30 anos(!!!) de SS. Meu canto ainda não faz parte dos
quatro cantos que já visitou e conheceu. Quem sabe meu canto seja o quinto. O
quinto dos infernos!
Paraty,
Tatu, fica aqui, mais uma vez, o meu convite. Ou sigamos ouvindo "Sinal
Fechado". Não deixa de ser uma bela música! Sem chororô!
--------------------------------------------------------------------------------
Seguirei
minha vida acompanhado de vocês quatro. Para todo o sempre. Mesmo que seja isso
que eu queira! Ou não!
Não há
como fugir. Não fujo mais. Não quero mais fugir. Não há porque fugir!
Nenhum comentário:
Postar um comentário