22 de out. de 2015

Quem pede um tempo...

...perde um tempo!




Adorei esta frase trazida pela minha terapeuta em uma das nossas últimas sessões! É bem por aí mesmo! Acho até que todos nós, sem exceções (ou raríssimas, quiçá), precisamos, vez ou outra, de "um tempo". Ele pode ser algo salutar, necessário até e que não deve ser adiado. Só que, ao mesmo tempo, devemos estar atento a este "pequeno" detalhe: "quem pede um tempo...perde um tempo". Já vivi isso, tanto como "pedidor" de um tempo quanto ouvir a outra pessoa "pedir-me um tempo"!

A pedida de um tempo é uma faca de dois (le)gumes! O time pode voltar e estraçalhar o jogo, com uma gigantesca virada, voltar o mesmo que era antes do tempo pedido ou até o tempo sair pela culatra. Acabar sofrendo uma fragorosa derrota, até pelo tempo pe(r)dido!!

Nem poderia ser diferente. Depois do tempo pedido, você volta outro. Já não é o mesmo que solicitou o tempo. As águas seguiram rolando por debaixo da ponte, sujeitas a inundações ou estiagens! Se a água parar, empoçar, dá dengue! Parar a água, é dengo(rs)!

"As águas vão rolar! Garrafa cheia eu não quero ver sobrar. Eu passo a mão no saca saca saca-rolha, e bebo até, me afogar. Deixa as águas rolar!!"

Este famigerado "tempo" é mesmo muito estranho. Se há em nossas vidas algo que seja insensível e imutável, é o tempo. Com uma frequência absurda deixamos coisas para "depois". Para um segundo momento. Para uma outra hora! Nos esquecemos que somos todos "Mieles" e José Wilkers", só para citar dois!

O tempo, não muda por nada e por ninguém! Ele deveria até ser uma palavra feminina, de tão insensível que ele é (hehehe - Freud explica, facinho facinho). Ele não para, por nada ou por ninguém. Em nome de ninguém, ele muda seu caminhar. Cada 24 horas seguirá durando...24 horas, independente daquilo que você fizer, ou deixar de fazer! Ele, na verdade, não está nem aí prá você. Ele não está nem aí prá ninguém. Ele é 101% autônomo e não escuta ninguém. Nem rezas, nem promessas, nem velas acesas, nem juras, nem nada. Absolutamente nada e ninguém!

Bem, a prosa "tá" boa, mas agora vou pedir um tempo(rs). Vou até "lá fora" viver mais um pouco. E preparar meu chazinho do Santo Daime de quem andava saudoso! Se ainda seguir respirando, volto outra hora.

Deixo vocês em ótima companhia: Antonio Abujamra e Mário Quintana



DÊ PLAY


Toda idolatria é uma merda



Não sei por qual razão ainda sigo me espantando com algumas coisas. Ou sei, sei lá. Mas sigo me espantando. Eu mesmo já havia vaticinado quando postei A FACE DO FEICE, que adorava um embate e uma (saudável) discussão, quando os pensares sobre o assunto x, y ou z diferem! Gosto das diferenças, tanto quanto dos embates.


Sentia falta, lá pelo face, destes embates. Aí, entrei em um grupo de admiradores do Leandro Karnal, que de fato eu admiro e sou fã! Adoro sua didática, seu jeito de abordar temas diversos, seu fino, irônico e sarcástico humor e outros tantos predicados.

Porém, e sempre haverá um, o grupo dos admiradores é tocado por uma pessoinha que idolatra o LK. Pode ele LK dizer o que bem entender, que a pessoinha irá sempre aplaudir. E de pé! Nunca, em momento algum, irá tentar contestá-lo. Aí a coisa fica difícil, né? Consegui ficar um mês no grupo, até a minha expulsão sumária! Tive o "displante" de dizer algo que não cabia na cartilha da pessoinha. Assim sendo, degola-se o Paulo e o caso estará resolvido!

Isso é a idolatria. Mãe, obstetra, criadora do nosso lado iNgnorante, tacanho, cego, burro, jumento, tolo etc... A idolatria nos cega! Estão aí ainda uns tantos petistas que não me deixam mentir: Lula é o cara, nunca soube de nada, nunca fez nenhuma falcatrua e coisa e tal!

Tenho meus "gurus", já trazidos aqui para o blog, que admiro de paixão, seguirei admirando e seguirei sendo fã de carteirinha deles. Mas não os idolatro! Fiquei muito puto quando descobri, lendo "Fernando Pessoa, uma quase auto-biografia", que o meu guru detestava cachorro. Mais do que detestar, ele na verdade tinha pavor de cachorro! Aí, logo eu, um inveterado (invertebrado?) fã dos cães, fiquei puto por/com isso. Não quis permitir, não quis aceitar, que o meu guru tivesse pavor dos cães. Mas ele tinha, oras! O que se há de fazer? Ele é (era) o Fernando Pessoa e eu sou a pessoa Fernando. Somos dois e, por conta disso, diferentes. Mas sigo tendo o FP como meu guru. Assim como o Salvador Dali e o Nelson Rodrigues, fechando a tríade dos meus gurus, tinham facetas que não tenho. E daí?? Sigo tendo esta "Santíssima Trindade" como meus gurus:



Agora, colidir com uma pessoinha que não aceita eu dizer o que penso, e me degola de um grupo, sumariamente, por eu não pensar exatamente como ela ou por não idolatrar a pessoa que ela idolatra, é "dose p/ leão"!

Escondido lá no fundinho, no acontecido na minha expulsão, vejo claramente que ela assim agiu porque eu, com o meu jeitinho, desmascarei uns tantos ali do grupo, mostrando a eles o quanto eles eram (são) preconceituosos! Joguei a isca e os preconceituosos morderam, deixando a máscara cair, mesmo que a contragosto. A gota d'água final foi quando eu perguntei p/ pessoinha se eu deveria "desenhar" no lugar de falar/escrever, já que estava notando que minhas palavras não estavam sendo lidas com a devida atenção. Perguntar se eu devia "desenhar" foi demais prá pessoinha: ela viu nesta frase, mais uma ofensa imperdoável da minha parte. Levou-me de imediato para a sua (dela) guilhotina!

Lembrou-me o tempo da comu que abri no Orkut, onde prometia, E CUMPRI, que nada nem ninguém seria censurado e/ou teria alguma postagem sua deletada, pela razão que fosse. Queria saber o que cada um faria com sua liberdade PLENA, de dizer o que bem entendesse. Aquilo virou um circo dos horrores, mas nada deletei como prometido. Os imbecis, travestidos de outra coisa, mostraram-se, com folga, como imbecis. A mediocridade de cada um veio à tona.

Como costumo dizer, o peixe morre mesmo pela boca. Ou então, usando de uma sarcástica, felina e irônica alteração do ditado popular, seguindo o padrão do grande Karnal...

"ESCREVEU NÃO LEU...O PALCO É MEU!!!"


Saí do "palco" da pessoinha. Só isso. Sigo dono do MEU próprio palco!