30 de jul. de 2015

Falando calado



A net tem algumas coisas que só por aqui mesmo, não é? Tá certo que as melhores, não dá p/ ser por aqui. Nem que a gente queira, não dá (rs)! Mas, para compensar, algumas outras, só mesmo por aqui.

Uma delas, por exemplo: você que gosta de papear, já tentou papear, incluindo ali os seus pensamentos?

Hãããnnn?? Cuma???

Isso mesmo: incluir em seus papos, seus pensamentos. Se o lado de lá for perspicaz, ele sacará a história. Por exemplo, diga tudo que quer dizer, digitando e deixe seus pensamentos irem...entre parênteses.

(será que eles entenderam?? hehe)

Até porque, convenhamos, quando falamos, filtramos muito aquilo que queremos dizer. Por razões diversas e que para cada um são razões particulares e pessoais, falamos sempre com um tanto de filtragem anterior. Uma espécie de auto ou pré-censura! Coisa das escolas das freiras...ou dos padres!! Coisas de antanho, que seguimos trazendo pela vida!

Lamentavelmente, diria eu!

O resto, só pensamos.

Já disse aqui em outros posts, quando relembro meu guru Nelson Rodrigues, que foi ele quem me acordou para mais esta faceta nossa. Veja os filmes dele e veja o quanto do filme é "dito em off"! O que sai da nossa boca é só uma parte do que queremos dizer! Se é muito ou pouco, ou mais ou menos, também depende de cada um. Mas o interessante papo acrescido dos pensamentos é um joguinho legal! Ele amplia as nossas mensagens. Ele "ilustra", reforça e até nos deixa mais despidos frente ao outro, se é que me entendem!!

(será que estou sendo confuso??)

Nos meus posts, vira e mexe existem frases aparentemente desconexas, mas que tem endereço certo. É meu jeito cifrado de dizer o que quero. É uma outra forma de fazer chegar até o destinatário, e muitas vezes só a ele, a minha mensagem!

Também curto falar pelas entrelinhas...ou pelos 4 cantos, como já demonstrei aqui (rs)

(se eles não clicarem aqui no link, não saberão do que se trata mas, fiz a minha parte)


Ou seja: existem "n" maneiras de se papear. A melhor ainda continua sendo ao vivo e em cores, com zóio no zóio. Com um belo vinho ou um suco de maça que seja, ao vivo é sempre melhor! Mas, "zóio no zóio" ganha de qualquer outra forma de se papear. Até pq os "zóios" também falam prá cacete, sem qualquer duplo sentido aqui.

Mas se o papo corre pela net, você também pode descobrir outras formas de papear. Algumas inclusive, como já disse, só possíveis por aqui.

Brincando, literalmente, com as letrinhas, com os parênteses, com as exclamações ou interrogações, com as reticências.....

Enfim, caminhos p/ passar sua mensagem não faltam. Escolha o seu mas, por favor, que ele venha com conteúdo pois, caso contrário, é melhor ficar mesmo de bico calado.

Sou adepto dos bons papos. Ao vivo, adepto ao quadrado. Ou ao cubo!! Pela net...explorar o que der. Explorar tudo o que der para dar mais graça e mais prazer em nossos bate-papos!

Bate-papo sem prazer não é bate-papo: é entrevista, interrogatório, preencher ficha cadastral ou sei lá o que. Bate-papo sem prazer é comida sem sal e sem tempero. Ponha tempero nos seus papos!

Ele dará um sabor especial à conversa! Dará bons frutos. Ou hortifrutigranjeiros, sei lá!! Cada um com sua horta, né não??

(preciso acabar com alguma frase que "case" com a foto dos passarinhos aqui)


Vá então até "ali", buscar os seus temperos, antes que o outro cale a sua boca!!


O feice no divã


Não é nem a foice comunista e muito menos a face no divã. É o feice mesmo. Aquela vitrine  onde nos mostramos e nos expomos,  esperando as curtidas de todos!

Ontem mesmo alguém que curtiu algo que eu coloquei por lá, me deu uma certa, digamos, cobrada: "Pô, Paulo, mas vê se você também dá um curtir  nas coisas que eu ponho no meu feice, né!"

Na verdade, nada mais natural do que esta reação. Lá pelo feice, queremos mesmo ser visto, admirado e elogiado. Vira quase uma doença, uma necessidade vital, como a água ou o ar que respiramos! Comemoramos o fato de que tivemos, sei lá, 20 curtidas ou...vamos ficar bicudos e tristinhos se algo que pusemos ali passar em brancas nuvens! Nos sentimos traídos, incompreendidos, injustiçados ou, para matar dois coelhos com uma única porrada, ou cajadada, se preferir, concluímos que "o mundo não está mesmo à minha altura. As pessoinhas não poderiam mesmo entender esta genial cabeça que sou"!!

O primeiro vídeo que posto aqui, acho que merece ser visto e ouvido, com atenção. Ele "roubará" só 8 minutinhos do seu tempo, do seu dia, da sua vida e da atenta audição! Ele diz, com muito mais profundidade do que eu, que venho aqui brincar de falar sério, ou tentar ser seriamente lúdico, o que estou aqui tentando achar as palavras para expor meu ponto de vista.

É foda quando ele diz que..." quando eu não tenho sabor nas coisas que eu vivo e faço... eu multiplico as coisas que eu vivo e faço.... " É meio um tapa na cara de todos nós. Ou de 95% de todos nós, para salvar um ou outro.

Ou para querer incluir-me nestes 5%, sei lá! Se sou ou não um misantropo, ainda não sei exatamente. Sei que sigo seguindo, como bom seguidor que sigo sendo (licença poética; zoação) a máxima do meu guru Nelson Rodrigues qdo diz que "a unanimidade é burra"!! Não gosto e não suporto a mesmice. Se fosse assim...seria corintiano, ou flamenguista (rs)!!

Prefiro, como diz o Clóvis no segundo vídeo (mais 7:40 do seu precioso tempo) ser mesmo uma girafa!! E sempre......"procurando ser o mais sincero possível" (rio junto com ele, com esta lapidar frase que ele foi obrigado a ouvir). Esta frase é mesmo hilária!! Prá não dizer estúpida! 

Porém, temos que seguir por aqui.

Mas o Leandro Karnal também diz que " a frase reflexiva pressupõe pensar no que eu estou dizendo..."

É algo +/- por aí que faz este meu blog existir e persistir. Sonho também no momento de vida que conseguirei ser monossilábico; ou mudo. Ou surdo (ainda melhor hoje em dia). Sonho quando chegar o dia onde meu "discurso" já tenha todo se esgotado. Mas, enquanto não sou premiado com esta conquista, quero mesmo que aquilo que eu aqui digito (ou seja, falo), faça-me pensar sobre o que estou dizendo e refletir se realmente penso exatamente como falo.

Em meu "Diário de Bordo", de 2003, eu já dizia que o nosso objetivo deveria ou deve ser sempre, falar como pensamos e agir como falamos, pois aí conseguiremos o mágico estado de agir como pensamos!

Alguns chamam a isso de coerência. Coerência consigo mesmo! Algo raro de se encontrar por aí ou de se conseguir, sem um tanto gigantesco de esforço pessoal!

Por tudo isso é que podemos fazer do feice mais uma ferramenta. Decida você para qual fim! Escolha no que o feice pode ajudá-lo. Não fique só no pedido de "help, eu existo", ou a necessidade de ter seu ego massageado!

Citando mais uma vez  o Karnal...

É uma questão de escolha!!!

Mesmo sendo girafa, fui lá e também abri o meu feice. Já resisti quase um mês por lá (rs). Deve ser o lado masoquista do misantropo, sei lá!

Seguir com este meu querido blog, é minha coerente incoerência! Ainda tenho muito para ouvir o que tenho a dizer. Ainda não virei surdo-mudo!

Um ventríloquo, quem sabe (rs). Mas sob meu próprio comando.

Um boneco no meu próprio colo!!!


DÊ PLAY



DÊ PLAY



  *sobreviverei ao feice???

28 de jul. de 2015

O jeitinho delas



Voltei de Igaratá muito antes do que pretendia. Quem me obrigou a voltar mais cedo foi a BURROcracia dos homens. Mas já me desopilei aqui, ainda em 2013:


Tudo segue a lesma lerda....

Mas hoje não quero falar da estupidez do ser humano. Hoje vou falar de "muié". Entre falar da burocracia ou falar das muié....dos males o menor, não acha?

As muié estão sempre por aqui, sendo motivo das minhas prosas. De um jeito ou de outro, elas aparecem. Parece sina, carinha! Sei lá. Antes assim!

Se um dia eu mudar de time, quem sabe a prosa mude. Enquanto isso... falarei um pouquinho delas.

No vídeo aqui do post, tem uma passagem de uma das palestras do Waldez, que é engraçadinha! Ele dá uma pequena pitada sobre como elas são. Já vi vídeos melhores do Waldez mas era este que estava mais fácil, aqui, dando sopa no meu PC.

Como o meu dia foi mesmo meio punk e pentelho, por preguiça fico com este mesmo.

Lembrei-me agora, e casa com o vídeo, de algumas  passagens tidas no tempo do Cyro. 

Lembrei-me de duas breves histórias que ele me contou, no nosso tempo juntos. São histórias verdadeiras, acontecidas (relatadas) ali, dentro do consultório dele.

Por preguiça (parte 2), deixarei que as historietas falem por mim.

História 1- A 50tona entra no consultório, aos prantos, dizendo que foi largada pelo marido, por uma outra "zinha" de 25. Aí ela comenta:

"- Também, me trocar por uma de 25, com tudo em cima, é fácil. Queria ver é ele me trocar por outra 50tona como eu. Se me trocasse por outra 50tona eu até iria entender!!! Mas por uma de 25????"

Sai a chorona 1 entra a chorona 2. Reclamando por ter sido largada pelo marido, por outra "zinha"....50tona!! Aí ela diz:

" -  Pô, me trocar por outra 50tona?? Se me trocasse por uma de 25, com tudo em cima, eu até iria entender, mas outra 50tona como eu???"

História 2 - Duas sessões com a mesma paciente:

sessão 1 - "Puxa, Dr., ontem me deu vontade de ir até o boteco ali da esquina, tomar uns chopps e coisa e tal, curtindo estar sozinha, e não é que lá pelas tantas um gaiato, uma besta de um homem ficou querendo me xavecar de longo, com caras e bocas? Eu não posso querer sair p/ curtir um bar sozinha não? Machistas de merda!!"


sessão 2- "Puxa, Dr., ontem me deu vontade de ir até o boteco ali da esquina, tomar uns chopps e coisa e tal, louquinha p/ paquerar um bom partido prá curtir a nigth e aí comecei a trocar caras e bocas com um bonitão que estava por perto, e o senhor acredita que ele não me deu a mínima bola?? Como entender esses homens, afinal??"

* De minha parte, posso dizer que estou achando muito mais fácil entender os escritos do Kant. Já estou no terceiro parágrafo (rs)


DÊ PLAY


Mas, pelo sim pelo não, fecho o post com uma foto que roubei do face da Sônia, minha mais nova amiga aqui do face, com quem estive caminhando por uns 2 ou 3 anos, lá por volta do início dos anos 90!

Bem-vinda ao meu blog e ao meu face, Sônia!



Quer ver mais coisa engraçadinha sobre os temas "muié", terapia, crises existenciais e afins? É só clicar aqui:



27 de jul. de 2015

1001 Utilidades


Curto mesmo este carinha! Curto legal! Este vídeo de hoje é só mais um. Existem inúmeros dele lá pelo Youtube. De 3 minutos a 1 hora e tanto. É só escolher.

Mas hoje ficarei com este aqui. Só oito minutinhos e pouco. Menos que 9 minutos do seu tempo, do seu dia. Mas, como tantos dele, do caralho!!!

A Catarina reclama quando eu uso palavrão, mas já disse p/ ela que em certos momentos só mesmo um palavrão, p/ demonstrar o que estamos querndo dizer, os caralho!!! Não é, Clóvis? Concorda comigo ou não, cacete??

Como é fácil desviar  dos obstáculos que a vida põe à nossa frente, não é? Se já é trabalhoso a corrida da vida, você vem agora dizendo que, além de uma simples corrida, a vida é uma corrida de obstáculos!

Exatamente, carinha! A vida é mesmo uma corrida...de OBSTÁCULOS! Mas, fique tranquilo, você não está competindo com ninguém não. Ao seu lado não tem nenhum campeão olímpico que está te desafiando. O desafio é SEU! Até porque os obstáculos do campeão olímpico são diferentes dos seus obstáculos. Cada um tem seus próprios obstáculos!!

Para ultrapassá-los, você precisará, como diz o carinha aí, muito empenho, dedicação e muita bunda na cadeira!!

Precisará de muito brio!!! Muuuuuito brio!! Um bom brio tem mesmo 1001 utilidades. Vovó já dizia isso, desde mil novecentos e dercy gonçalves!!

Caso não consiga na primeira tentativa, tal e qual entender um texto do Kant (que ainda não li; vou lê-lo mesmo em Igaratá, como disse no face), leia de novo e de novo e de novo....

Tente, carinha! Tente!!!

O que você tem a perder, tentando?

Ou então, siga comendo alfafa e ficando só com o show do Ary Toledo. Siga sendo um ser defecante!!

Deixe que a preguiça e a covardia te derrotem! Você também é livre para permitir-se ser derrotado!

Saravá, Clóvis!


Receba o abraço de um fã! Alguém que tenta!



26 de jul. de 2015

Gawain Buarque de Holanda



Andei falando por aqui sobre Freud, Gikovate, o tal do Gawain e também sobre "afinal, o que as mulheres querem", certo?

Pois agora vou falar deste carinha aí da foto, ok? Vocês o conhecem, não é, donzelas??

"Sim!!!!!! Claro!!!!! Lindo!!!!! Gato!!!!! Olhos verdes da minha vida!!!! O coroa mais gato do Brasil!!!O genro que a mamãe sempre quis ter!!!!! Prá ele eu dava !!!!!"

Calma, donzelas. Muita calma nessa hora!!

Vocês também devem saber, eruditas que são, que os entendidos dizem que ele é o compositor que melhor e mais fielmente sabe descerever a alma feminina, não é???

"É isso mesmo!!!!! Ele nos entende melhor do que qualquer outro homem. Ele é o máximo!!!! Ele é o melhor de todos!!!! Não tem homem igual a ele!!!!! Prá ele eu dava !!!!!!"

Meninas...!!!!

Devem saber também que a Marieta Severo não aguentou a barra e meio que deu um chute na bunda dele, não sabem?

" Ela é louca!!!! Não sabe o que perdeu!!!! Ela não o merecia mesmo!!!! Ela é uma bruxa!!!!! Odeio essa mulher!!!  Ela é doida de pedra; só pode ser!!!!Prá ele eu dava!!!!"

(desisto)

Mas sabem também que ele é um representante do sexo masculino, pois não??? Ele também canta o universo masculino.

"Simmmmmm!!!!! O mais gostoso!!! Um homem que chora!!!!! Que queria pegar no colo e chamar de meu!!!!! Ele é o meu guri!!! Minha paixão desde os meus 13 anos!!!Meu bebê amado!!!! Prá ele eu dava!!!!!"

(putz, quem pode com essas donzelas???)

Aí eu fiquei aqui pensando: vocês iriam querer que o Chiquinho fosse o Gawain de vocês?

"Sim!!!!!!!!!!!! Evidente!!!!!!!!!!!!! Claro!!!!!! Vem, meu Chiquinho, vem aqui com a sua Princesa!!!! Meu Príncipe Chico!!!! Prá ele eu dava!!!!"

Aí fui atrás da música "Deixa A Menina", de autoria deste carinha. Lá pelas tantas ele diz que.....

"...Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz...!"

Aí, lembrei-me da fábula contada no post anterior e fiquei imaginando: se o Chico fosse o Gawain de vocês, vocês ficariam felizes, não ficariam?

"Nossa, a mulher mais feliz do mundo!!!! É tudo o que eu sempre quis!!! Eu morreria de tanta felicidade!!!  Sonho por isso a minha vida toda!!! É o meu maior desejo na vida!!! Prá ele eu dava!!!!!"

Mesmo que a felicidade de vocês deixassem o Chiquinho triste?? Mesmo que o preço fosse esse, vocês iriam desejá-lo prá vocês?? É isso, donzelas?

"Ah, Paulo, quer mesmo saber? Vá a merda você!!

Prá ele eu dava!!!!!!"


(estou precisando dos meus sais)

DÊ PLAY


Afinal, o que querem as mulheres?



* Texto extraído deste site aqui. A César o que é de César!





FREUD fez uma famosa indagação, que até hoje está lhe custando caro.

Disse que depois de ter estudado tudo que podia sobre a mente humana, havia uma pergunta que não conseguia responder: - "AFINAL O QUE QUEREM AS MULHERES"? 
 
Não só as feministas, mas até os homens sensatos acharam que o companheiro estava exagerando. E recentemente duas variantes de resposta a Freud surgiram. Uma foi o livro da americana Erica Jong “O que querem as mulheres” (editora record) e agora mais recentemente esse filme com o Mel Gibson 
“O que as mulheres pensam”. 

Mas existe uma outra resposta que me parece a melhor para a questão plantada por Freud. Trata-se de uma lenda que, a rigor, antecede ao lendário Freud, e fico pensando que se Freud a conhecesse talvez se poupasse de se expor daquela maneira.


Diz a estória, que o Artur - aquele da Távola Redonda - quando era jovem, certo dia cometeu uma infração: foi caçar na floresta de outro rei e acabou sendo preso e levado à presença do outro monarca para ser punido. Deveria ser condenado à morte. No entanto, o rei que o deteve resolveu dar-lhe uma chance. Pouparia sua vida se conseguisse, dentro de um ano responder a pergunta pré pós freudiana: 
- “O QUE QUEREM AS MULHERES”. 
 
Agradecido pela deferência, Artur saiu a cata da resposta. Perguntava daqui, perguntava dali, mas nem os religiosos, nem os médicos, nem os inveterados conquistadores de corações femininos conseguiam lhe responder com clareza. Estava já o prazo se exaurindo, quando lhe informaram que havia uma bruxa que sabia a resposta. Foi procurá-la. Era uma bruxa como têm que ser as bruxas nas lendas: velha, falando impropérios. Artur, no entanto, fez-lhe a pergunta. Ela lhe disse que lhe daria a resposta caso ela pudesse se casar com o cavaleiro Gawain, que era o mais belo e valoroso dos companheiros de Artur. Este, perplexo, foi ao amigo e lhe expôs a patética situação. Amigo que é amigo, sobretudo nas lendas, não vacila. Faria tudo para salvar o companheiro de peripécias, até mesmo casar com uma bruxa. 
Acertada a condição, então, a bruxa respondeu à pergunta fatal, dizendo:
 - "SABE O QUE QUER REALMENTE A MULHER? ELA QUER SER SENHORA DA SUA PRÓPRIA VIDA".

Artur e os demais, inclusive o rei que o havia condenado, ficaram todos atônitos, se dizendo, como é que nós não pensamos nisto antes, a resposta é simples e genial. Artur foi então perdoado. 

(...) mas a estória continua, o casamento tinha que se realizar, pois Gawain não era de deixar nem mesmo uma bruxa na mão. No dia das bodas, foi um vexame. A bruxa emporcalhava a mesa, ria com seus dentes faltosos, enfim, um espavento. Mas a festa foi continuando, foi-se aproximando a hora da chamada união carnal no branco leito nupcial. Mas aí, aconteceu algo surpreendente. Estava Gawain já preparado para o cadafalso erótico, quando surgiu-lhe uma deslumbrante e virginal donzela à sua frente. E antes que sua perpelexidade continuasse a donzela disse que ela era a bruxa, ou melhor, uma das faces da bruxa. Estava mostrando a sua outra face, porque ele a tinha aceito como era; que de dia era a bruxa façonhenta, de noite aquela ninfa loira.


 Mas antes que consumassem a chamada união carnal, Gawain poderia decidir com qual das duas queria viver o resto da vida. 
Ou a feia que comprometeria sua imagem pública ou a perfeita, que ele, só ele, conhecia à noite. Gawain então disse que deixava à escolha dela, o que ela queria realmente ser e parecer. 

A noiva neste momento metamorfoseou-se para sempre na bela mulher do cavaleiro que o acompanharia noite e dia, pois ele havia respeitado nela o que ela realmente era. Esta estória me foi dada como estando no livro “Feminilidade perdida e reconquistada”,  (Robert A. Johnson), livro que não encontrei. Perguntei a Antônio Furtado, que é o maior especialista brasileiro em Rei Artur, e ele disse que conhecia essa lenda. Não tem importância. É a melhor resposta que encontrei à inquietação de Freud.

 Mas agora gostaria de cutucar a onça com vara curta e indagar pelo outro lado da questão:
 - Afinal, O QUE QUEREM OS HOMENS?

(Afonso Romano de Sant'Anna)


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O chato aqui vai opinar, claro:

Deixa ver se entendi direito. Então, para que a mulher torne-se senhora da sua própria vida, ela precisa de um Gawain? Ela precisa achar, trombar, encontrar ou buscar um Gawain para a sua (dela) vida?

A conquista de tornar-se senhora da sua própria vida, é então algo..."DEPENDENTE de encontrar ou não um Gawain?

Sem um Gawain, nada feito? É isso? Ela seguirá meio Bruxa e meio Princesa?

"- Não, Paulo. Veja bem. É que......."

Ah, tá!! Então tá!

Este SIG era mesmo muito fraquinho.....

Lembrei-me do meu outro guru, Nelson Rodrigues:

"Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível"

(Estariam aqui a Bruxa e a Princesa? Qual delas morde?)

"As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado"



(Bem, feminista não é, exatamente, sinônimo de mulher, né não?)

Flávio Gikovate


Se você faz parte do time dos generosos, que dão mais do que recebem, e se sente superior por isso, é hora de parar para refletir e reavaliar seriamente sua postura. Segundo o médico psicoterapeuta Flávio Gikovate, a generosidade tem efeitos negativos, pois, alimenta o egoísmo do outro e desestabiliza a relação. E mais: por trás desse impulso, habita um forte sentimento de culpa. Com mais de 20 livros publicados, muitos deles dedicados aos relacionamentos de casais, Gikovate lança uma obra com a síntese de tudo que ele foi capaz de compreender a respeito da questão moral observada pela óptica da profissão. Em seu novo livro, O mal, o bem e mais além (MG Editores), ele caminha por um novo ponto de vista. Ele mostra que as posturas — do generoso e do egoísta — derivam da imaturidade emocional e defende a categoria dos “justos” como ponto de equilíbrio e evolução.

A máxima de que os opostos se atraem é mais do que verdadeira. Cerca de 95% dos casais, segundo Gikovate, são constituídos de opostos, um egoísta e um generoso, que, aparentemente, se combinam muito bem. Mas é aí que mora o perigo: “Uma relação lastreada no antagonismo não pode ser considerada de boa qualidade. Essa dualidade, aceita e legitimada pela sociedade, acaba deteriorando o convívio íntimo e gera conseqüências em outras esferas, refletindo-se, por exemplo, no comportamento dos filhos e até em atitudes de âmbito social e político”.

Com base em seus 40 anos de experiência clínica e no estudo das relações conjugais, Gikovate já escreveu vários livros abordando os conflitos que interferem no amor e na felicidade. Este novo título é fruto de uma longa reflexão: o egoísmo e a generosidade que se contrapõem na maioria das ligações amorosas.

“Cada vez foi ficando mais claro para mim que a humanidade se divide nesses dois grupos em todos os aspectos: o egoísta, que recebe mais do que dá, e o generoso, que dá mais do que recebe. E que a generosidade não é virtude, mas um falha tão grande quanto o egoísmo”, constata. “O egoísta não tolera frustrações e contrariedades, é mais estourado e agressivo e procura sempre arrumar um jeito de levar vantagem, porque a vida dura não é parte de seu psiquismo. O generoso, por sua vez, não consegue dizer ‘não’ quando solicitado porque não saber lidar com a culpa, sentindo-se envaidecido e superior por conseguir dar mais do que recebe.”

O mais grave nessa “trama diabólica”, como Gikovate a denomina, é que um reforça o jeito de ser do outro. “Não posso mudar senão deixarei de ser admirado e amado. Essa é a idéia”, define. “O generoso cede cada vez mais, achando que assim vai satisfazer o outro, e o egoísta cada vez exige mais, nunca se dando por satisfeito. Os dois ficam cada vez mais antagônicos, estagnados, frustrados. Essas diferenças vão se radicalizando com o passar dos anos, gerando o afastamento ou a ruptura do casal.”

As conseqüências, segundo ele, vão além: “Os filhos se vêem diante de dois modelos — um exigente, estourado, reivindicador, outro bonzinho, tolerante, panos quentes. E dois modelos validados um pelo outro. A criança, certamente, vai copiar um dos dois. O segundo filho, devido à rivalidade entre irmãos, provavelmente seguirá direção oposta.

No livro, Gikovate afirma que o equilíbrio entre o dar e o receber beneficia a todos. Inclusive a sociedade. Superar a intolerância e a incapacidade de lidar com culpa leva à maturidade emocional, a respeitar mais as diferenças e os direitos do outro, sem nenhuma idéia heróica de sacrifício pessoal em favor de nada nem de ninguém. “Parar no ponto justo é a única forma de buscar uma vida afetiva, pessoal, familiar e social mais equilibrada”, ressalta. Por isso, ele diz, o livro se destina a pessoas não preconceituosas, dispostas a refletir fora do tradicional. “O intuito é abrir caminho para a evolução pessoal. E isso é possível em qualquer idade, a qualquer tempo.”

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Neste link aqui você tem 12 livros dele para baixar, gratuitos e todos com temas envolvendo relacionamentos. Estão em formato pdf.

Quem curte o tema, ou seu autor, aproveite:

http://flaviogikovate.com.br/livros/livros-gratuitos-pt-br/



Vale a pena LER de novo


O texto que virá a seguir, já foi postado por mim aqui, em alguma data que, por pura falta de saco, nem fui procurar quando isso aconteceu. Até porque, vou repetí-lo e, além disso, na ocasião acho que coloquei só o texto, não me estendendo sobre o assunto.

Hoje quero falar um pouco mais sobre ele. Como outro dia pensei em abrir um tópico que se chamaria "Amor & Sexo", infelizmente sem a presença da Fernandinha Lima, mas que não vingou, falarei sobre ele. Este tal do séquiço" e ele nos relacionamentos amorosos. Ou ao menos nos pretensamente amorosos.

Sendo assim, quero "casar" o sexo com os relacionamentos de nossas vidas!

No fundo, logo de cara, vejo que ambos foram, muitas vezes, pedras no meu sapato. Me perdia tanto no terreno dos relacionamentos, qto no terreno do sexo, estivessem eles dois no mesmo barco ou não. Até porque, para o meu azar, a maioria das vezes eles navegavam em barcos distintos. Infelizmente.

Gosto e curto o sexo. Gosto e curto nosso lado sexual. Nossa sexualidade.  Gosto e curto a minha sexualidade mas, quem sabe que por excesso de minhocas nesta cabeça, muitas vezes acabava enfiando os pés pelas mãos, sem qualquer referência aqui a alguma nova posição do Kama-Sutra (rs)!

Como uma vez me perguntaram, na lata: "Paulo, você já foi p/ cama com todas as mulheres que desejou?" Eu, sem pestanejar, respondi: "Com todas as mulheres que desejei, com certeza não. Mas já fui p/ cama com algumas tantas que NÃO desejei!"

Perguntinha básica: se NÃO desejou, por que foi?

Pois é, a pergunta pode até ser básica, e é, mas a resposta.... é, para mim,  um enorme cipoal! É uma areia movediça onde não consigo me mover direito, ou quase nada. Onde não consigo caminhar. No máximo manter a cabeça para fora (tb sem referir-me aqui ao Kama-Sutra rs), para não ser dragado e sugado por ela!

Parecia que eu dicotomizava a coisa: sexo e relacionamentos amorosos são coisas distintas. Há até os defensores desta tese. Discutível tese. Gente até do porte do Gikovate (a quem admiro e sou fã) que diz que, os pombinhos apaixonados, quando vão p/ a cama, eles vão TREPAR! Depois da trepada eles voltam a ser pombinhos apaixonados.

Também tinha, em algum lugar desta louca cabecinha (sem Kama-Sutra aqui, gente. O papo é sério), que eu ainda tinha muito o que aprender sobre este binômio sexo & relacionamento. Lembro-me muito bem de uma passagem do livro "Sexus", do Henry Miller, onde eu via que cada parágrafo ali estava sendo escrito para o Paulo. Cada parágrafo ali estava falando (na verdade dando o maior esporro) com o Paulo.

Este esporro eu levei no longínquo ano de oitenta e qquer coisa. Faz tempo pacas! Nunca me senti tão esculachado lendo um "mero" livro.

Para meu azar (parte 2), não me modifiquei tanto quanto gostaria de ter me modificado, dos anos 80 até beirar meus 63 aninhos. Ou seja, até os dias atuais. Até este ano de 2015 que veio p/ ser o marco da minha mudança.

Mas, voltando ao texto que virá a seguir: concordo com ele em gênero, número e grau! O tesão e o prazer que o sexo nos proporciona, que é um fato, vai adquirindo outra roupagem quando você olha mais prá frente. Quando você faz um exercício de imaginação, vendo-se chegar à velhice! Com crase ou sem. Vendo chegar a velhice. Salvo quem o "hómi" chamar antes, todos chegaremos nela. Ela chegará para todos nós!

Aí, meu amiguinho, quem será o/a parceiro/a ideal para você? Aquele que tem tesão em manter com você uma conversa sem fim. Aquele parceiro perfeito para uma partida de frescobol. Aquele que  faz o outro rir; que ri junto. Que se divertem juntos! Aquele que traz leveza para a nossa alma! Um parceiro lúdico, leve, ligth, brincalhão e absolutamente sério!

Quantas tolas partidas de tênis jogamos em nossas vidas! Quanto desperdício de aparentes e enganosas vitórias vamos acumulando em nossas vidas! Quão pouco jogamos frescobol! Quão pouco cuidamos, com o maior carinho, do(s) sonho(s) do outro!

Faltando o tesão do conversar, o que sobrará?

Ou, como já dizia o "velho Cyro" meu paipai do divã:

" - Os dois, estando em um bom dia, em um dia iluminado, terão um sexo esplêndido, por uma hora. Sessenta minutos do mais puro prazer. E??? E as outras 23 horas do dia??? Espera, pacientemente, chegar o novo momento iluminado??

Trocar 23 por 1 não me parece ser algo vantajoso.

Sigo curtindo o sexo. Concordo também com o Millôr quando ele diz que..." de todas as aberrações sexuais, a abstinência é a mais estranha!"


Mas ainda quero viver um dia de 24 horas. Um dia onde eu some 23 mais 1!

Quero jogar muito frescobol!!

Me ver novamente jogando tênis? Ganhar Roland Garros? Derrotar o outro?

Dá uma pena ver de novo!!

Deixo pro Guga. É a praia dele!




Sem mais delongas, segue aqui o texto que me "inspirou" esta prosa.

Ao texto.

XERAZADE


Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os do tipo tênis e os do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietszche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a velhice? Tudo o mais no casamento é transitório mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar”.
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente. Terminam na morte, como no filme “Império dos sentidos”. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, Xerazade o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. Há carinhos que se fazem com o corpo e há os que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: “Eu te amo, eu te amo...Barthes advertia:”Passada  primeira confissão “”eu te amo”” não quer dizer mais nada”. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: Erótica é a alma”!
         O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada – palavra muito sugestiva que indica o seu objetivo sádico, que é de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza do outro.
         O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e quem recebe faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra – pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como a ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
         A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...
         Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.
         Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre esse jogo de tênis:
         “Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem um valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: “não se faça mais de estúpido do que é, meu amigo.”
         Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como uma bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
         Já no frescobol é diferente: o  sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
        
        

(Rubem Alves – Psicanalista e escritor)

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* No próximo post, seguirei +/- na mesma linha, colocando ali uma breve análise de um dos últimos livros lançado pelo aqui citado Flávio Gikovate. Quem gostar do tema, sugiro a leitura!

24 de jul. de 2015

Quer que seja do seu jeito?



Subida p/ Igaratá adiada para amanhã (acordo e subo), resolvi dar mais um pulinho aqui. Saí p/ ver umas coisinhas e coisa e tal e depois parei p/ comer e bebericar algo.

Lá pelas tantas chamei o simpático e atencioso garçom e pedi:

"- Por favor, pede p/ me fazer um x-salada. Mas, olha, pede p/ ser sem maionese, caprichar nas rodelas de tomate e com o queijo beeeeemmmm derretido, ok?"

Lá foi ele.

Em seguida levantei p/ ir fazer um xixi básico e, passando ao lado do caixa, deu p/ ouvir a moçoila fazendo o meu pedido ali na janelinha que dá prá cozinha:

" - Sai um x-salada!"

Então. Pois é. É assim mesmo, né? Vai brigar, espernear, xingar, lamentar?

Do yourself, my brother! If you can, do yoursef or..."

Lembrei-me deste longo e profundo post que aqui coloquei, nos idos de 2013, em uma fase ainda um pouco mais ranzinza com as pessoas e o mundo:


Mas, saindo dos x-salada(s) da vida e mergulhando nas profundezas d'alma, o que muda?

Se não nada, muito pouca coisa! Vivemos querendo que as coisas e até as pessoas sejam do jeito que NÓS gostaríamos que fosse. Vivemos quase que exigindo que seja do nosso jeito, ou botando a bronca no trombone, quando não é! Até no amor agimos assim. Queremos que o amado/a amada seja do jeitinho que gostaríamos que fosse. Depois vem o tal de Platão e fala sobre o amor platônico e vc não sabe de onde ele tirou isso...rs

Não adianta insistir. Ou siga insistindo, se quiser. Gosta de dar murro em ponta de faca? Este é o seu jeito; dar murro em ponta de faca? Então tá. Mas depois não venha reclamar pro "dotô" que está com a mãozinha dodói!
Onde eu quero chegar? Até onde der p/ chegar e aí está a sacada: eu tento mesmo, o quanto me for possível tentar, que isto ou aquilo, ou até no amor, as coisas sejam e aconteçam como gostaria. Acho que é um desejo universal, mesmo que tolo. Afinal, somos todos grandes tolinhos neste mundo.

Mas me faz bem saber que a minha parte eu fiz. A minha lição de casa foi feita. Se ela, ao esbarrar no outro, parou e não seguiu adiante, são outros quinhentos. É essencial, para mim, e meu jeito de ser, saber que fiz tudo que estava ao meu alcance. Que fiz tudo que ME competia. Não vingou? A Tetê deve saber as razões. Pergunte p/ ela, se quiser!!

Terceirizar a responsabilidade sobre  os acontecimentos que vc gostaria que acontecessem, é mesmo o "ó do borogodó!"

Fez a xepa na feira e sobrou só com um limão? Tente fazer a melhor limonada possível, uai!! Ou vai seguir querendo uma laranjada??

Ou mude o rumo da prosa. Ou o prumo da rosa, sei lá!!!

Ou espere a noite chegar, para experimentar a vida pelo prisma  do genial Millôr quando diz que...

"De noite, todos os pardos são gatos"!!



Paulo & Associados


Adoro o exercício de fazer associação de palavras e/ou idéias. Hoje, acordando e preparando-me para subir até Igaratá, fui "assaltado" com o seguinte pacote, que quis logo unir com alguma lógica: Pasárgada + A Banda + Oportunidade Perdida


Pasárgada/Igaratá é mole. Lá, pretendo, serei amigo do Rei! Até pq, convenhamos, este Rei pode ter uma filha, quem sabe. Tendo-a, ela será uma Princesa, compreendes? Por ora, só conheço mesmo por lá uma certa Cabeça de Jerico. Mas vamos dar tempo ao tempo...

DÊ PLAY - PASÁRGADA


Cantarolando "A Banda", lembrei-me de "O Bonde". Sem não antes, confesso, lembrar-me também e sem vergonha, já que tenho também o meu saudável  lado sem-vergonha, da A Bunda. Mas esta é uma outra história que ficará para uma outra hora. O papo aqui é sério. Por ora...rs


"O Bonde" me trouxe duas outras lembranças: "Veja ilustre passageiro, que belo tipo faceiro...." e "o bonde da vida" que pode passar em frente à sua casa e vc, distraído/a, perdê-lo. Perder o bonde da vida. Mas, imagino, ou quero que assim seja, só perdemos o bonde...se não estamos no ponto, concorda? Se estamos no ponto, só um breve aceno faz o bonde parar p/ que você o pegue! Teoricamente então, só haveria um jeito de você "perder o seu bonde": é não estar no ponto. Ou distraído/a, sei lá! No ponto, mas olhando para o outro lado. Olhando pro ontem. Aí, meu camaradinha, o bonde realmente passará e vc perderá a viagem!

Assim associei Banda /(bunda) / Bonde

A Oportunidade Perdida, também com facilidade, acaba se atrelando tanto à Pasárgada quanto ao Bonde. Com todo respeito, eu diria que é tudo farinha do mesmo saco. Como diz a foto que abre este meu post, citando a três coisas que nunca voltam: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida!

Mas eu estava mesmo a toa na vida e o meu amor me chamou. Era p/ ver a banda passar, cantando coisas de amor.... mas para meu desencanto o que era doce acabou....

DÊ PLAY - A BANDA



A Banda passou. O Bonde passou. A oportunidade passou!

Perdi a viagem? Mas eu acenei p/ que o bonde parasse. Juro que acenei. Acho que o motorneiro é que estava desatento e não me viu. Eu juro que estava no ponto e acenei, mas o motorneiro não me viu mesmo.

Ainda bem que de longa data já sei que "tudo na vida é passageiro, menos o motorneiro e o cobrador"!

Emaranhando de vez tudo e mais um pouco, termino, como Drummond, me perguntando: "E agora, José?"

Agora? Vou-me embora p/ Igaratá! Antes que eu perca o bonde, ou a banda ou....

DÊ PLAY - E AGORA, JOSÉ




* O José Wilker, infelizmente, já não vai mais; já foi. Eu ainda posso ir. 

Entonces.... bóóóóóóóra!!!!!!