29 de nov. de 2013

Soneto de Amor



Não me peças palavras, nem baladas, 

Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio, 
Deixa cair as pálpebras pesadas, 
E entre os seios me apertes sem receio. 

Na tua boca sob a minha, ao meio, 
Nossas línguas se busquem, desvairadas... 
E que os meus flancos nus vibrem no enleio 
Das tuas pernas ágeis e delgadas. 

E em duas bocas uma língua..., — unidos, 
Nós trocaremos beijos e gemidos, 
Sentindo o nosso sangue misturar-se. 

Depois... — abre os teus olhos, minha amada! 
Enterra-os bem nos meus; não digas nada... 
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce! 

José Régio, in “Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa, Eugénio de Andrade”

Ainda "de menor"



(Redação escolar feita qdo tinha16 aninhos)

  UMA FOLHA NA TEMPESTADE


                        Lá estava ela; sozinha, mas feliz por estar em um lugar, do qual poderia apreciar as belezas que a natureza proporcionava. Tudo era céu, tudo era sol, tudo era paz, tudo era belo...
                        Ao longe, começa a distinguir os largos passos que vinham sendo dados pela tempestade. O seu mundo de paz estava chegando ao fim e, se ela não possuir a força necessária para enfrentar o inimigo próximo, poderá ser a última vez que ela vive feliz e alegre.
                        A força do inimigo era brutal. Quando a tempestade já fazia parte do seu mundo, ela encontrava a força necessária, por ver as suas várias amigas serem devastadoramente levadas pelo inimigo.
                        Ao chocar-se com a tragédia que envolvia suas amigas, temia pelo seu próprio fim.
                        - “Não, não acabarei como minhas amigas. Preciso vencê-la, custe o que custar. A minha vida é demasiadamente preciosa para perdê-la, sem antes batalhar...”
                        Nessa hora ela começou a lembrar o quão bom era estar em sua solitária árvore, enquanto nela reinava a paz.
                        Não era linda, era feia... Não era apreciada, era esquecida...Era aquele pequenino pássaro, o único que não se esquecia de visitá-la, fazendo em sua árvore, uma pausa para os seus vôos.
                        - “Será que ele ainda está vivo? Será que após a tempestade ele voltará a me visitar...?”
                        Enquanto ela meditava, não viu que seu único, mas verdadeiro amigo, chegava para socorrê-la. Ao abrir de suas asas, a folha ficou livre da tempestade. O seu frágil corpo estava sendo guardado pelo paravento formado pelas asas amigas...
                        Não poderia esperar melhor felicidade. Havia escapado do inimigo, com a ajuda daquela que deu a ela, a força necessária para não haver se entregado à morte.
                        Não era linda, era feia... Não era apreciada, era esquecida... Não era só, era amada... Não era a morte, era a vida...
                        Existia nela, a força maior que no mundo não tem: A vontade de viver, viver sempre para alguém...


 (1968)

Alguém.

Alguém quem? Alguém ou “alguém”? Alguém ninguém? Quem? Alguém além? Algo além?

“Ontem” achei que tivesse achado. Achei que achei!

Hoje, acho que achei!

Acho!

Sou alguém.

Achei!

Axé!

Até!
(2013)







AUTO-ENGANO





Interessante livro do economista Eduardo Gianetti, um dos pais do Plano Real (FHC).
Sim, por trás de um “numerólogo” também bate um coração; e este filosofa, como todo bom coração.

Duas “coisinhas” do seu livro ficaram impregnadas em mim: o título e uma passagem em especial

AUTO-ENGANO – Preciso esconder de mim mesmo, algo que sei! “Cuma? “, como diria o Didi. “Cuma?” Enganá-la é mole pro Vasco. Só preciso esconder de vc algo que sei, mas não quero que vc saiba. Moleza. Agora.....

Ele, Eduardo, ainda vai mais longe. Diz que sem o auto-engano não sobreviveríamos. Diz que o auto-engano nos é necessário. Imprescindível à nossa sobrevivência.

Pausa para a segunda “coisinha” que citei. Depois tentarei juntar as duas em uma só.

Diz EG que todo ser vivo, toda criatura viva, do reino animal, TODA e qquer criatura viva, podem ter suas ações neste mundo explicadas por duas únicas razões. Só duas. O resto é “encheção de lingüiça” para ocupar nosso tempo em que seguimos respirando: procriar e sobreviver.

PROCRIAR E SOBREVIVER

Procriar, para manutenção da espécie, e sobreviver para não morrer! O básico do básico.

Procriar: delícia aquilo que “precisamos” fazer para este primeiro objetivo, né não? Muito bão que, para procriar, usemos um tesão como desculpa. Desculpa aí! Meu tesão é por uma justa causa, tá? Não me leve a mal...rs

Sobreviver. Elementar, meu caro Watson. Antes ele do que eu, diz a voz do povo. Mas, acho que aqui cabe uma ressalva. Uma pequena e breve observação:

Deixemos nosso instinto de sobrevivência o mais parecido possível com o dos animais, nossos irmãozinhos nesta nossa natureza! Sacanear mesmo o outro, seu igual, só se for mesmo imprescindível e a única opção que nos resta. Todas as outras sacaneadas, com o intuito de mera “sobrevivência”, com mil aspas, irá deixá-lo pobre. Muito pobre.

Passará sua vida toda “só sobrevivendo”. Nunca viverá!

Não seja tolinho. Não desperdice seu tempo. Faça a lingüiça mais saborosa que conseguir, carinha. Caso ela seja ainda apimentada, vc matará dois coelhos com uma única cajadada. Ou três: sobreviverá, procriará e irá, até chegar a sua hora, preencher seu tempo degustando uma deliciosa lingüiça. Caso ela seja acompanhada de uma cerva bem gelada, ainda melhor. Se antes de sentar à mesa e pedir sua apimentada linguiça e sua santa cervejinha, vc se distrair jogando frescobol, como diz Rubem Alves (ver não jogo mais tênis, aqui no blog), triplamente melhor! Segue matando mto mais coelhos - tadinhos - com uma única cajadada.

Ou só sobreviva. É mto pouco e mto pobre, mas tb é uma opção do cardápio que a vida te dá. Caso queira este prato...sirva-se!


Bem, acho que já juntei as duas coisinhas que o EG impregnou em mim: caso vc tenha escolhido este último prato do cardápio da vida do qual falo aí em cima, precisará de uma colossal carga de AUTO- ENGANO para ajudá-lo e acompanhá-lo nesta furada jornada de vida que escolheu.

Deixe o auto-engano só a serviço da sobrevivência básica e não a coloque como um dos recheios da sua lingüiça. Nem jogue tênis. Deixe isso para o Guga, nosso campeão!

Aprenda com os animais. Com os ditos não sapiens!

Eles sabem das coisas! Nem da morte eles tem ciência ou consciência.

Eles sabem aquilo que precisam saber. Nada mais.

Agora vou lá fora, cuidar dos meus cães. Para a sobrevivência deles...e para o meu prazer!

Saravá, EG!


27 de nov. de 2013

"O macaco tá certo"


A manchete aí de cima saiu no Blog do Simão. Do Zé Simão. Do macaco Simão.


Desculpa aí, mas este Zé nunca foi macaco nem aqui, nem na China e nem no Paraguay! Ele é mesmo um daqueles gigantescos orangotangos, ferozes, coléricos e furiosos. Daqueles de bunda pelada, saca?

Este “macaco” consegue, como ninguém, ter a precisão e ser magnificamente conciso em suas tiradas. Vai direto ao ponto, sem dó ou piedade. Ele nos faz rir de qualquer tragédia, por mais absurda e trágica que ela possa ser. Ele vai direto ao ponto. Direto na ferida. Direto onde dói! Ainda nos faz rir! Alivia nossas dores, sem nunca ser vaselina (rs)

Ele acerta sempre na mosca. No alvo, certeiro!

Com duas frases, duas curtas frases, faz eu vir aqui escrever tudo isso. Adoro o jeito deste macaco/orangotango.

Vem comigo:

Zé Dirceu gerenciando um hotel na Novacap! Ok! Salário de R$ 20.000,00 evidentemente, simbólico. Meramente simbólico. Qto não renderá este seu novo “trabalho”? Incalculável. Evidente!

Muito bem acomodado, em salas mto bem mobiliadas, ar condicionado ligado, iluminação de acordo, tomando deliciosos, e caros, vinhos ou o que seja, recebendo todos que desejar receber e seguindo fazendo conchavos, conluios, maracutaias e afins. Locupletando-se com seu “poder” e sua influência, como sempre fez. Zé Dirceu ali, babando!!! Recebendo, todo dia, um certo tanto dos seus 40 ladrões. Ali, babando! Fazendo lobby, no lobby!

Lembro Sérgio Porto, gde sábio, do time do macaco: "Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos!"

É foda, Zé!!

Qdo o sol cair, ele terá que ir fazer naninha lá na Papuda? Ok, tudo bem. Mas é só p/ nanar, “companheiro”. Amanhã começa tudo de novo. Só não sei como consegue dormir.

Ou melhor, sei!

Não conseguiria, se tivesse peso na consciência mas, para ter “peso na...”ele precisaria tê-la! Sabemos que não tem! Segue no “piloto automático”.  Faz tempo! A consciência, se um dia a teve, ficou lá pelo Araguaia. Ou pelo Chile, sei lá!

Mas, só para dormir? Mole pro Vasco. Millôr, outro orangotango dos gigantes, já dizia: “de noite todos os pardos são gatos”!! A Papuda é só sua cama! Nada mais!

O Zé Dirceu só apaga, temporariamente. Ao acordar, volta rapidinho p/ putaria. Volta p/ casa da mãe, quem sabe!

Ouvi dizer que este trampo ainda precisa ter a concordância (e conivência ?) do Joaquim Barbosa  ou alguém do gênero. Ou seja: ainda há uma luz no fim do túnel.

Se não for uma locomotiva vindo em sentido contrário, meno male!

Este BraZil precisa de mais Zés, orangotangos, millôr(es), chacrinhas sérgio(s) porto e macacos. Vamos inundar este país de macacos. Zilhões de macacos!

Quem sabe chegará o dia em que deixaremos de pagar tanto mico!!!!

Ou que apareça um Leão Dourado. Tb sem mico!!!

Ou um Cacareco (pena que este pintou só em 1959. Eu era mto criança. “Só” tinha  7 aninhos).

É como ouvi ontem de um amigo: "No BraZil tudo é falso. O único BraZil que é "genuíno" está na Papuda!"

Hoje teria meu voto. Ou votarei no Macaco Simão, caso venha a ficar louco de vez e lance sua candidatura.

Meu voto é do macaco! Voto no ZÉ "Simião"! Um grande macaco, fazendo macacada para nos distrair. Nada mais brasileiro!

Ao Macaco, mais uma vez, meus aplausos!



Não jogo mais tênis



(troquei-o por 1001 Noites de Amor)

Então, tenho que chegar até os 63 aninhos e mais um pouco? Preciso parar de fumar! 

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XERAZADE


Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os do tipo tênis e os do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietszche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a velhice? Tudo o mais no casamento é transitório mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar”.
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente. Terminam na morte, como no filme “Império dos sentidos”. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, Xerazade o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. Há carinhos que se fazem com o corpo e há os que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: “Eu te amo, eu te amo...Barthes advertia:”Passada a   primeira confissão “”eu te amo”” não quer dizer mais nada”. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: Erótica é a alma”!
         O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada – palavra muito sugestiva que indica o seu objetivo sádico, que é de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza do outro.
         O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e quem recebe faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra – pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como a ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
         A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...
         Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.
         Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre esse jogo de tênis:
         “Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem um valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: “não se faça mais de estúpido do que é, meu amigo.”
         Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como uma bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
         Já no frescobol é diferente: o  sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
        
        

(Rubem Alves – Psicanalista e escritor)



Sigo periciando. Do jeito que quero!


DÊ PLAY




                                      Para a turma da USO

Estas duas figurinhas foram passar em perícia comigo, com atestado médico indicando, sem a menor sombra de dúvida, a aposentadoria para ambos!

Bailarinos, sem braço ou perna? Ah, me poupem! Tenho mais o que fazer e o  meu tempo é precioso!! Não quero perder meu precioso tempo em obviedades, oras!! Além do mais, tenho um nome a lazer. Digo, zelar!! Prá que passar estes dois carinhas por mim? Precisa? Vocês são cegos, por acaso?? Ah, me poupem, please! Bailarinos, sem braço ou perna?  Aposentadoria já, sem lero-lero. Nem precisa passar pela JMO. Direto pro FAPS (rs)!

Novamente o óbvio venceu, óbvio que é!!

Mas aí eu pensei e pensei e pensei... e fiquei em dúvida, eterno indeciso que sou! Ou sou mesmo só um chato e insensível dotô?

Putz, again! Não consegui fugir do meu guru Nelson Rodrigues. Não consegui não lembrar-me dele. Ele disse, certa vez, que "a unanimidade é burra". 

Por acaso, alguma vez na minha vida, fui unânime naquilo que penso? Sei que não. Mudo de opinião assim como o Fábio Jr. muda de esposa! Ou os políticos, com pê minúsculo, mudam de partido!

Então...pensei mais um pouco!!

Mas...e se eles me disserem que querem TENTAR? Se eles me disserem que é isso que eles QUEREM? TENTAR!!!! Eu, com minha "esculápica" sapiência de dotô, corto, sem dó nem piedade, algo que eles querem tentar? Algo que eles QUEREM? Afinal, são eles que querem, não são? Ou sou eu que "quero por eles"????

Ou sou eu que devo decidir o que ELES devem ou não querer? Putz!!!

Dúvidas, dúvidas, dúvidas... Melhor não tê-las. Mas, sem tê-las, como sabê-las?

Mas, deixando a gozação e o blá blá blá de lado, reposto aqui para a “tchurma” da USO, este vídeo que postei lá pelo meu Youtube, em julho de 2012, com os dizeres que a ocasião pedia.

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“Este  vídeo é dedicado especialmente a todos que trabalham comigo na USO. A todos que me aturam e que até me permitem ser o chato e mal-humorado que muitas sou por lá(rs).

Esta turma/família fantástica, que hoje deixarei por 7 meses, para meu merecido descanso! Afinal...tenho muito tempo de USO; e de uso também, sei lá!

Quando voltar, em fevereiro de 2013, que todos ainda estejam por lá, firmes e fortes, seguindo na nossa luta contra a maré(rs) Mesmo contra a maré, LUTANDO!! A USO segue em boas mãos. Quem sabe agora ainda melhor, sem o chato de galocha que "adora" quebrar o pau com todo mundo!

Só deixo um conselho prá vocês: Peçam, exijam, insalubridade ou periculosidade, prá que vocês possam continuar ouvindo as piadas do Antonio; e as do Chico, que não é da USO mas tb se acha pioso, como o "enfermeirinho mineiro" que lá temos(rs)!!”



Dê um upgrade em sua vida



                              Não vejo necessidade de nenhum comentário!

* Putz, acabei comentando (rs)

E agora, José?




E agora, José?

A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio  e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
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E agora, José?

Foi o que perguntou o Carlos, quando deparou-se com uma pedra no meio do caminho. Na verdade, nem foi só o Carlos, ou João, ou mesmo o Antonio que fez tal pergunta. Foi uma Quadrilha inteira que por lá caminhava. Sobrou pro coitado do José...

Mas, sem divagações:

Ontem, em uma das perícias que fiz, estava à minha frente uma psicóloga que portava um atestado médico, devidamente assinado por um profissional e sobre o qual eu deveria dar o meu parecer. Afinal, ganho prá isso!

Pois bem. Conversa daqui, conversa dali, ela começou a fazer uma breve explanação sobre seu tempo de estudo, qdo fez sua Psicologia. Então começou a dizer que, qdo passou pela cadeira da ÉTICA, aprendeu isso, aquilo e aquilo outro sobre esta tal de ÉTICA e que, em decorrência deste seu aprendizado ela, em seu dia a dia como Psicóloga, aceita 100% das vezes, como a mais pura e inquestionável verdade, qualquer atestado e/ou documento médico assinado por qquer profissional, que porventura caia em suas mãos. Seria anti-ético não aceitá-lo, disse-me ela!

Falante que estou, estiquei a prosa em dois minutinhos extras, além do que seria o meu, digamos, habitual de antanho.

Trago aqui estes dois dedinhos a mais de prosa que tive com a citada.

Legal vc portar-se convicta de que suas posturas são pautadas pela ÉTICA. Folgo em saber(rs). Muito bom que vc assim aja! Seguirá, imagino, com sua consciência tranqüila.

Mas, antes de agir com ÉTICA, deveríamos definir o que vem a ser esta “coisa”, não acha?

Foi o primeiro “e agora, José” que joguei ao seu colo.

Mas, o tempo “ruge” e se quisermos esmiuçar tudo aqui desta perícia, passaremos algumas horas, no mínimo, tentando chegar a alguma conclusão, se chegarmos!

Vamos deixar de lado então, mesmo que momentaneamente, o conceito de ÉTICA.
Meu Conselho, o CRM, assim como todos os Conselhos profissionais, todos eles possuem seu Código de Ética. Resta-nos seguí-lo, se quisermos ser pessoinhas comportadas...e éticas! Pelo menos aos olhos dos Conselhos...seremos éticos. Por ora, vamos nos contentar por aí, ok?

Mas onde eu queria chegar de verdade, é o seguinte:

Estou eu lá em meu trampo, na minha “nobre” função de perito, onde devo periciar, que diz a obviedade que é o que faz um perito. Perito é aquele que pericia. Óbvio, não?

Periciando, de certa forma, "julgo", dou meu parecer, minha opinião, a “palavra final” sobre o caso à minha frente.

Esquisita e muito estranha esta função, esta presunção de julgar algo ou alguém, concorda? É fogo, maestro, como dizem os antigos. Fudeu, como dizem os moderninhos!

Mas, assim como os coveiros, lixeiros, embalsamadores de cadáveres, limpadores de caixa de gordura ou fossa negra e afins, alguém tem que fazer este papel, prá que a vida possa seguir. Em paz ou não, mas seguir. Do mesmo modo o Joaquim Barbosa e seus pares: precisam julgar. Não há como escapar. Regras e  leis  necessitam ter seu Juízes, assim como outros profissionais precisam fazer o “trabalho sujo” para que a vida siga. Elementar.

Voltando à Psicóloga à minha frente:

Ok, entendido. Sua ÉTICA faz com que vc, em sua vida profissional, nunca questione um documento médico assinado por fulano ou beltrano. Muito bem, vc seguiu sendo ética. Porém, quero agora jogá-la na fogueira. Digamos que o documento médico jogado em meu colo diga X e aí, eu, médico-perito, com os meus valores, decida/conclua Y. Decidirei, concluirei e...assinarei. Ele passará, automaticamente, a ser tb ele um documento/parecer médico; assinado e carimbado, com meu CRM e tudo! Aí, só de sacanagem, devolvo estes dois atestado para vc, cara e ética Psicóloga. Quem afinal, está com a verdade?

Verdade? Defina-a! Ela existe? É uma só, para todos? Como alguém pode achar que a verdade existe e, ainda pior, sentir-se dono(a) de algo que não existe?? Como? Não captei, divino mestre!

Então, como vc agiria com estes dois documentos assinados, jogados em seu colo? Como vc faria se estivesse de porte de dois atestados médicos, com duas “conclusões” distintas, se a sua ética ensinou-a a não questionar NENHUM relatório, atestado ou parecer médico? E agora, José? Sentiu-se incomodada? Sorry, não foi minha intenção. Ou foi!

Onde quero chegar, afinal? Tentando não ser prolixo, para que estas minhas palavrinhas aqui não sigam pro lixo:

Uma coisa é vc seguir a “ética” dos Conselhos, das Leis do Joaquim Barbosa, dos filósofos, daquela aprendida nos bancos escolares, do Congresso Nacional (argh!) e afins.  Outra coisa  é vc simplesmente fazer aquilo que acha que deva fazer. Se fez o que achava que devia fazer, parabéns. Se o que fez foi acertado, correto, justo, sensato ou...ético, que algum José responda, caso queira.

A mim coube fazer a única coisa pela qual luto: fazer aquilo que quero!

Aceito pareceres e julgamentos contrários àquilo que fiz. Respondo por eles onde quer que seja. “Pago” por ter feito o que fiz. Posso ser condenado ou aplaudido por ter feito o que fiz, mas seguirei feliz comigo mesmo, com condenação ou aplausos, por simplesmente ter feito o que quis!

Já disse aqui no blog, e repito: Fi-lo porque qui-lo. 


Fazer o que acho que deva fazer, prá mim, a esta altura da minha vida, já virou pleonasmo. Faço o que quero.

Como o tempo segue “rugindo”, paro mais esta prosa por aqui.

E segue a vida, ou o baile; e sigo eu, na vida ou no baile, feliz por seguir fazendo o que quero!

Eu sou meu próprio Conselho, meu próprio Joaquim Barbosa, meu Congresso Nacional, minha Constituição, meu estatuto do Servidor (rs), meu “Ernane” (rs) e tudo mais. Tento fazer o juízo com meu próprio juízo, mesmo não sendo eu uma das pessoas mais ajuizadas(rs). Sigo meus valores maiores! Faço aquilo que acho que deva fazer. Básico!

Nada de prepotência: lógica...quase  cartesiana!


Deixo aqui, com vocês, vários Josés....e o Carlos (que é o da esquerda, na foto - rs)


26 de nov. de 2013

Solidão



Solidão


Não que eu seja nostálgico; ou “seje”, como dizem tantos. Já disse que não sou. Nem que não tenha opinião própria. Até tenho, mas não sei exatamente qual ela é.

Então, p/ dizer alguma coisinha sobre essa tar SOLIDÃO, pedirei ajuda a outros 2 universitários: Tom Zé e Pedro Nava, colega meu na arte de Esculápio.

Então tá: enquanto o bruxo canta, o dotô escreve!

Cante aí, bruxo. Diga lá, Pedrinho*

  • A Emília, minha outra terapeuta, levaria este Pedrinho e o Paulinho que com ela esteve por um tempo, com certeza até algum Sítio do Pica-Pau Amarelo, para lá brincar.  Amo esta Emília. Ela é mesmo uma bonequinha. Mas não de pano. Inteira de carne e osso. Osso duro de roer, se nosso tolo desejo for enganá-la naquilo que faz com tanta competência, e tão doce qto alguém de carne pode ser. Doce Emília que tb mostrou-me o qto é importante levar uma vida mais lúdica e menos carrancuda e pesada.
  • Diria até mais: aqueles que "só lidam" com a solidão a vida inteira, que "só lidam" com a injusta e pejorativa solidão, como sendo sinônimo de dor, abandono e blá blá blá, não poderão mesmo, nunca, sair da sua dolorosa solidão. Só lidam com a dor e esquecem a tb poética e doce solidão. 
  • O texto é longo, mas vale cada centímetro percorrido por lá. A decisão é sua.
  • Aqui verão dois carinhas: O Tom Zé que vê a solidão como algo q tb pode ser lírico e o PN, que pode vê-la como poética, mas um tanto qto pesada. O Tom Zé segue bruxo e "brincalhão". Já o PN achou que poderia, sozinho, decidir a hora da sua despedida. 
  • Quando ele diz, por exemplo, "Há solidões que se acompanham, que se toleram, que se repelem. " , por mais que eu saiba que a interpretação do que ele lá escreveu seja minha, TENTO captar o que exatamente ele quis me dizer: toleram como sinônimo de aturar ou como sinônimo de dar suporte e apoio mútuo? Eu decidir ler deste ou daquela outra maneira, compete a mim, evidente. A escolha que ele PN fez para o final de sua vida, foi, tb evidente,  a escolha dele. O que fazemos é a escolha de cada um de nós. Sempre é escolha nossa; e sempre será! 
Mas, chega de prolegômenos.

Vou trabalhar  e deixar vocês com mais esta dupla do barulho.

Inté!!!



Ata de Sabadoyle




          Quando Plínio Doyle me pediu para fazer a ata de hoje, senti-me realmente desconfortável por ter, de alguma maneira, de tomar parte no que não deixa de ser uma comemoração de aniversário de Carlos Drummond de Andrade. Esse nosso caro amigo estará completando o seu octogésimo aniversário amanhã, 31 de Outubro de 1982. E eu estava na plena convicção de que o Poeta não queria festejar de nenhuma maneira a data que apesar de só sua - não deixa de pertencer um pouco a cada um dos seus contemporâneos. Além dessa convicção eu estava persuadido de que a razão residia com o aniversariante e que a ele competia o direito de decidir a favor de sua própria vontade mesmo contrariando os desígnios de seus amigos. A opção é sempre sua - dizem aos clientes os seguazes de Freud. Mas estes, encarnados em Plínio Doyle, resolveram se contrapor à intenção do poeta e eu tive de entrar neste barco para fazer a vontade de nosso anfitrião de todos os sábados e o batonnier de todos os que resolveram dedicar-lhe seu sétimo dia da semana.


          O jeito modesto, antivaidoso e contra toma-lugares que é uma das características de Carlos Drummond de Andrade é comentado com má vontade pelos que não entendem aquelas qualidades senão como orgulho e soberba. Estas palavras malevolentes e inverdadeiras, já tenho ouvido, mas sempre protestando contra elas. É injusto considerar também o nosso Poeta como esquisitão, misantropo e ensimesmado. Nada disto. Ele é apenas um homem que sabe defender duas coisas que são só dele e que ninguém pode participar e dividir com ele. O seu tempo. O seu direito à solidão. Estas duas coisas são funcionalmente inerentes à pessoa porque ela já de si - indivíduo - é biologicamente separada do seu meio ambiente por sua pele, suas mucosas e até protegida contra ele - externamente pelo seus pêlos e suas possibilidades de fuga; internamente, pela imunidade e todo o mecanismo de defesa exercido pelo nosso metabolismo, isto é, nosso meio interno e essência de seres vivos. Só um louco ou os mundanos têm seus tempos destituídos de muros. Ou os que nada fazem. Já o tempo do homem de letras, do artista, do cientista é deles, e é durante seus minutos que lavram e plantam o que vão fazer brotar de fantasia, prosa, poesia, murais coloridos, quadros, tetos sistinos, estátuas que captaram o melhor da geometria, as leis da ciência, da experimentação e da observação que a Natureza esconde de quase todos e só entrega aos seus preferidos - os inventores pacientes. O tempo disponibilizado de Drummond é sua prosa servida na mais rara forma três vezes por semana nas crônicas de jornal que fazem dele e conforme a oportunidade - o moralista, o filósofo, o historiador, o contista, o humorista, o sarcasta, o romancista, o defensor das Sete Quedas. O tempo de Drummond é para  a elaboração subconsciente, depois onírica e finalmente cristalizada na forma de verso - desta coisa em que ele é o melhor da nossa língua - a POESIA. Quem quiser dispor do seu tempo, faça-o, mas pelas suas colunas trissemanais, pelos seus livros onde ele se entremostra ou se mostra todo. Sua poesia pode assim vir a ser a entrevista que ele nega, a intimidade de que ele se foge, o abraço ante o que sua timidez leva a que ele se encolha , a confidência que seu pudor não deixa escapar na conversa com qualquer que queira força-la, a confissão completa de tudo que todos queremos apenas deixar entrever como sombra do fantasma de um símbolo - mas que não escapará à argúcia do psicanalista que se debruçar sobre seu verso então devassado. Esta aí a ração de carne às feras... Para realizar este tempo-poesia , tempo-criação, ele precisa só de uma coisa: ter seu o que é só seu - esse seu TEMPO. Então respeitemos seu tempo Essa é a primeira lei a que se devem dispor seus amigos. Lembrem-se do sábio e recluso Michel de Montaigne:


                                         Vous et un compagnon êtes assez suffisant théatre I’un à L’autre ou vous à vous même.


Das duas opções, a melhor é a segunda, ou seja, o espetáculo dado por Vous à vous mêmes. Conversar sozinho consigo mesmo para poder continuar sempre a seguir a sabedoria do amigo de La Boétie:


         Retirez vous en vous, mais preparez vous premièrementde vous y recevnir


           E chegamos aqui a essa preparação que vínhamos esboçando desde o princípio - a SOLIDÃO. Se a proteção do homem é aquela sua limitação biológica de que já falamos - pele e mucosas que nos separam do ambiente dão-nos também uma forma e um limite. E é este último que nos torna imiscíveis, nos prende e encarcera naquela forma. Nossa forma é solidão. Pela lei da natureza somos seres , e estes, desde os aparentemente simples como os constituídos de uma única célula até aos primatas que somos, nós os homens, nossos primos os macacos, nossos aparentados os morcegos feitos de milhões de células - somos seres sós. A solidão é nossa essência, nosso carater, nossa condenação, nosso destino, nossa grandeza. Mal paridos, a interrupção circulatória do cordão umbelical a dente pelos animais inferiores, a golpe de sábia tesoura pelo ser humano - nos exila para todo o sempre. Na infância, na mocidade, pela amizade falível e pelo amor passageiro - temos a ilusão de que estamos acompanhados, quando apenas somos gregários para mais seguramente exercermos o egoísmo, a tirania, a opressão ou, passando ao pólo oposto e virando de malho  em bigorna, agüentamos dos outros aqueles exercícios em nossa pele. Tudo isto é serviço prestado ao homem para mostrar-lhe o que é mundo e a ilusão da mundanidade e do mundanismo. Não há companhias. Há solidões que se acompanham, que se toleram, que se repelem. Tudo na progressão moral é aprendizado de solidão e só ela é o verdadeiro destino para que o homem tem de se preparar para encontrá-la na velhice com o mesmo afã - igual ao seu ímpeto de moço à hora dos esponsais. Só na solidão se geraram as grandes coisas - a Divina Comédia e os Lusíadas; Guerra e Paz e a Educação Sentimental; as Quatro Operações, as Equações e os Teoremas da Geometria; a Teoria Celular e a Teoria Microbiana; a Lei da Gravidade e a da Gravitação Universal; A Primavera e a Gioconda; a Sonata Patética e os Quartetos de Mozart; a Vênus de Milo e o Aurige de Delfos. Ninguém fez isto de sociedade, de combinação, de trato mundano - senão e só dentro das ameias da sua solidão.

 
          Repitamos: a solidão é nosso destino. Precisamos nos preparar maduramente para que ela , na velhice, nos seja - não inimiga, mas a amiga e o bálsamo, não o castigo , mas a exaltação e a liberdade. A solidão é a reserva para cada um do seu tempo, na integralidade relativa que é a do ser vivo. O nosso poeta Drummond foi e é senhor de escolher os seus caminhos. Quer o do seu tempo, quer o da sua solidão. Respeitemos este desejo do poeta. É com esta exortação que termino esta ata. A ele todo o mais tempo que lhe destine seu recado genético, que ele continue por todo o que lhe restar - a povoar sua solidão e a dos outros com sua companheira e a de todos nós que é a poesia.


Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 1982

                                                                                      (Pedro Nava)

ELEIÇÕES 2014



Deu p/ ver que 2010 não adiantou nada, né? Pelo menos teve um lado positivo: a atendente aí de cima conseguiu manter o seu emprego. Segue dando seus sábios conselhos...e ganhando sua graninha!

Mas, deixemos 2010 para trás.  Deixemos Dilma e Lulla p/ lá. É mais saudável. Temos 2014 pela frente e é para lá que devemos voltar nossos belos olhinhos, não acha?

Vote. Vote bem. Ou "vorte" e siga dando seu aval para esta mesma corja que anda por aí hoje. Parte está na Papuda mas a maioria segue, firme e forte.

Deixemos o passado para trás. Passado é passado, oras. Além disso, mesmo sendo tanta coisa, uma sei que não sou: nostálgico (rs), como já expliquei no "Balaio de gatos"

O pai da Filósofa



Disse no post anterior que a Dilma não era órfã, não disse?

Como é do meu feitio, "mato o pau e mostro a cobra"! Ou algo assim, sei lá...

Eis aqui o pai da filósofa!

Alguém que nunca conseguiu contar até 10. Por isso, aposentou-se pelo INSS.
Foi-se o dedo. Foi-se o dedo, foi-se o dedo e acabou fodendo com o BraZil
Depois, foi fazer troca-troca com o Collor. O Luis quis ser tb Lula, com 2 "eles" a mais no seu nome. Somou seus  2 l(s) com os dois do Collor.  Criou-se assim assim os 4(0) ladrões. Enquanto isso o Zé Dirceu seguia ali, babando!

Virou "O" cara. De pau.

Alguém tão injustiçado qdo se fala de "Mensalão" e outras invencionices dos invejosos. Ele já foi "cráro" e disse que toda sua fortuna e seu patrimônio, é tudo furto do trabalho dele! O resto, é intriga dos invejosos!

Só levou o Ricardo Lewandowski para o STF pq entendeu: "Chama o cara. O Ricardo leva o whisky"
Hoje, na foto do meu maço de cigarro, consigo vê-lo ali, homenageado. Está lá, escrito: "O Ministério da Saúde adverte: mentir mto causa câncer na laringe"
Mas na verdade ele nunca mentiu qdo dizia que nunca soube de nada. Por acaso já viu algum anarfa saber alguma coisa?

Dizem as más línguas que certa vez ele deixou um recado p/ sua amante, digo, secretária Rose, onde estava escrito: comprar 102 quilos de cal. A secretante pensou: novas reformas estão vindo. Senão, p/ que tanto cal? Rapidinho comprou o solicitado e empilhou os 102 quilos na sala do hómi. Ele chegou e ficou puto. Quebrou o maior pau com a tadinha.
"- Prá que tudo isso, caráio"?
"- Fiz a compra que o Sr. pediu, meu amo. Pode ver o bilhete aí em azul"!
"-PQP! Como ceis é burro. Queria só fazê um churrasquinho, com o Dirceu (que seguia ali, babando) e mais 39 amiguinhos dele  - sua quadrilha, digo, gangue. Digo, turma -  e vc vem com isso??? Leu tudo errado, só por causa de eu ter se me esquecido da cobrinha, que alguns chamam de cedilha??? Era p/ comprar 1 Ô 2 quilos de ÇAL!!! Fui cráro agora???? Como 6 é burro, caráio"!!!

Assim vociferou o sapo barbudo!

Foi barbudo. Foi papudo. Mas escapou da Papuda. Seguiu com a Marisa, sua condecorada esposa!.

Sorte dele ter nascido no BraZil.

Seu lema p/ desenvolver o BraZil era "cráro" e cristalino. Como meu olho direito, já operado de catarata! Seu lema era.....

uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
B
B
B
B
B
B
UUUUUUUUUUUUUUUUUU

Não entendeu? Mas nem eu desenhando? Tá bão, tá bão. Seu lema era:

"US PEQUENO BEDECE US GRANDE"

25 de nov. de 2013

Minha Filósofa preferida



                                        (com FI maiúsculo)

Só dois toques rápidos:

1. Se ela pode ser chamada de PresidentA, tb posso chamá-la de ignara anta, não posso? Assim, tiramos a obrigação do feminino  adjetivo (e substantivo)  ignorante  continuar fazendo par com os respectivos masculinos

Ignorante –  substantivo e adjetivo masculino singular
                    Feminino: ignara anta*

É, cai bem

*infelizmente, espécie longe da extinção

Dúvidas??


2. Esta história de Edward Snowden, espionagem, NSA (que confundiram com NASA) e afins, foi outro equívoco da ignara anta. Ela não entendeu o recado:

Quem vive perseguindo ANTA não é o OBAMA; é o IBAMA

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Mas, de uma coisa eu tenho certeza: Órfã ela não é. Muito pelo contrário. Ela é uma grandessíssima "filha Dilma...."


PT saudações

Hora dos comerciais!



Vou aproveitar e descansar um pouco!

Por que escrevo este blog?


Fui ao Programa do Silvio Santos p/ participar de uma gincana, a fim de levantar um dinheirinho a mais. Vida de dotô é foda!

Até que estava indo bem, qdo veio a última pergunta:

“- Pq vc escreve este blog?

PQP, fudeu! Não veio nada p/ dizer.

“- Posso pedir ajuda aos universitrários?”

“- Pode. Faz parte das regras”.

Olhei e vi 3 universitários. Olhei no crachá de cada um deles. Eram eles: Jânio Quadros, Geisy Arruda e Fernando Antonio.

Lembrei do Drummond; E agora, José?

A Geisy estava sem calcinha e distraiu demais a minha atenção. Queria estar concentrado.
Fernando Antonio? Sei lá quem é essa pessoinha! Além do mais, taciturno, franzinho, sorumbático, fraquinho, fumando seu cigarrinho e escondidinho lá no fundo da Tabacaria que tinha no cenário.

“- Quero o Jânio Quadros!”, disse eu.

“- O JQ vc não pode mais escolher. Queimou-o no Fi-lo porque Qui-lo   (http://simbolofalicoeocacete.blogspot.com.br/2013/11/fi-lo-porque-qui-lo.html) 

São as regras”, disse-me o Sr. Abravanel!



Teria então que escolher a Geisy Arruda ou aquela sorumbática pessoinha; aquele tal de Fernando Antonio. Aí eu pensava: não, a Geisy Arruda não dá! Quer dizer, não é que ela não dá. Muito pelo contrário, mas...

Fiquei sem outra opção. Tive que escolher a estranha pessoinha que, além de tudo, tinha cara de português  e português costuma ser só uma piada.

Pensei e pensei e pensei: será que vale a pena pegar esta pessoinha? Por uma cósmica coincidência, na mesma hora ele virou-se para mim e disse: "tudo vale a pena". Senti que os astros escolheram por mim. Sendo assim, vambora! Deus não joga dados mesmo. Que os astros acertem, pelo menos uma vez na vida.

Bem, já que só tem tu, vai tu mesmo.

“Então, quero o Fernando Antonio”.

Pedi p/ que ele me ajudasse a responder esta enigmática questão.

“Diga aí, Fernando Antonio. Diga aí, Fernando Antonio Nogueira Pessoa. Dê-me uma mãozinha. Contentar-me-ei (quis fazer pose de sabichão e mto culto) com vc. Não me decepcione, hein!!?? Fale aí, estranha pessoinha. Mostre-me que de fato tudo vale a pena"!!

Aí ele disse, em nome do Paulinho; assim tentou explicar o porque escrevo este blog, a pessoinha Fernando:

“....por que escrevo eu este blog? Porque o reconheço imperfeito. Calado seria a perfeição; escrito, imperfeiçoa-se; por isso o escrevo.
 E, sobretudo, porque defendo a inutilidade, o absurdo – eu escrevo este blog para mentir a mim próprio, para trair a minha própria teoria.
 E a suprema glória disto tudo, meu amor, é pensar que talvez isto não seja verdade, nem eu o creia verdadeiro.
 E quando a mentira começar a dar-nos prazer, falemos a verdade para lhe mentirmos. E quando nos causar angústia, paremos para que o sofrimento não nos signifique nem perversamente prazer...”

Senor Abravanel fez cara de não ter entendido mta coisa e chamou os comerciais!


  • Dei um sorriso meio amarelo, fingindo que havia entendido e que concordava com ele, mas prometi a mim mesmo que um dia ainda iria tentar entender o que ele quis dizer. Complicadinho este portuga !!

Sigo tentando! Gosto de tentar!