22 de abr. de 2017

LEVADO




Ontem, lá pelo Face, minha amiga Teresa postou um link que hoje, por conta da Tetê (que não é a Teresa, mas quem me segue e/ou me conhece um tanto sabe quem é), minha "inquilina" mandou-me, via zap, o texto que encontramos no link.

Já falei mas repito aqui: para a Tetê não existe feriado, Páscoa, sábado ou quarta-feira. A Tetê é onipresente, onisciente e onipotente! Ela é a minha deusa, oras (é com d minúsculo mesmo, por exigência, e sabedoria, dela)


Mas, ao artigo, na parte que quero esticar: 


Médica Geriatra lista os 5 maiores arrependimentos no fim da vida


1. " Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu queria, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse". Esse foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que a vida delas está quase no fim e olham para trás, é fácil ver quantos sonhos não foram realizados.  A maioria das pessoas não realizou nem metade dos seus sonhos, e muita gente tem de morrer sabendo que isso aconteceu por causas de decisões  que tomou, ou não tomou. A saúde traz uma liberdade que poucos conseguem perceber, até que eles não a tem mais!



Entonces...



Em 1984, quando cheguei em São Sebá, com mulher, filhos, empregada, cachorro, periquito e papagaio... e sonhos e ideais... o maior supermercado daqui chamava-se Peralta. Depois foi vendido e coisa e tal, mudando de nome!


E o "kiko (?)", perguntaria você! Vai bem, obrigado, lá por Jundiaí mesmo; que eu saiba!


É que o Peralta leva-me à Emília e, na Mimi, levo o texto em questão. A Mimi, gente, me atende uma vez por semana, no oficial. No não-oficial ela me atende a toda hora e todo lugar. É quase uma Tetê...


Já faz alguns tantos meses, ou anos, que levo lá a minha bronca de que em minha vida sempre tentei ser LEVADO mas, por zilhões de razões, que é onde a Mimi entra, acabava mesmo sendo levado. Minha bronca sempre foi EU não ter me libertado o suficiente para ser LEVADO e por permitir que outros me levassem. 


Coisa de filho obediente, saca? Coisa de bom menino. Não-pecador, dependente e eternamente em débito com aquele que me pegava pela mão e me levava. 


Cada vez que você fosse um menino desobediente e peralta, teria que se confessar no padre. Daí, dependendo da sua peraltice, seriam x ou y Aves-Marias ou Pai-Nosso, para não correr o risco de arder para todo o sempre nas chamas do inferno. Esta era a penitência que nos era imposta pelos padres, nos intervalos entre uma e outra fornicada deles com os coroinhas!


Então, dá-lhe medo para fazer suas próprias  "artes" e  traquinagens!


"Venha comigo que irei levá-lo para o melhor lugar do mundo para você. Venha comigo que te levarei ao encontro da felicidade, pois EU sei onde se encontra a SUA felicidade, criança!"


Difícil recusar um convite tão tentador, não acha?. Difícil dizer não.


Mas o mundo foi rodando, nas patas do meu cavalo, e nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando, até que um dia acordei (thanks, Vandré).


Daí, chegamos aos dias de hoje. Logo logo 65 aninhos e...vou seguir sendo levado ao invés de ser LEVADO? Já não me confesso mais (só com a Tetê, mas ela não é de dar penitências como as dos padres ou do Catolicismo não. Ela está muito acima disso), já não temo mais o inferno (nem na existência dele, fora uns verdadeiros "infernos" que existem por aqui mesmo, em vida, evidente), sigo convicto que minha vida terminará junto com minha última sístole do meu pobre coração... Entonces...


Faço um auto checkup e constato, dotô que sou, que, fora o pulmão que já deve estar terrivelmente enegrecido (cóf-cóf), o resto ainda dá uma meia-sola. Saúde suficiente p/ seguir em minha sinuca semanal, ainda tenho. Mas que, a única grande   sinuca que eu ainda mantenha em minha vida, seja aquela do "bola 7 na caçapa do meio"!


Outras "sinucas" aparecendo (e seguirão aparecendo, claro), sejam enfrentadas pelo LEVADO Paulo. Se minhas traquinagens exigirem esforços deste ou daquele tamanho, se elas vierem acompanhadas destes ou daqueles contra-tempos, pouco importa, desde que minhas traquinagens sigam sendo aquilo que decidi fazer com a MINHA vida.


Chega de confissão, penitência, Aves-Marias ou Pai-Nossos, vergonhas ou arrependimentos. Chega de "sinucas"! Chega de Peter Pan e Sininho! Chega de ser levado! Chega de auto-flagelos ou masoquismos! 


É bom, e covarde demais, colocar a culpa em alguém. É cômodo e escroto demais, terceirizar as escolhas da SUA vida que não deram certo. É muito fácil vitimizar-se perante o mundo!


Hoje, sinto-me LAVADO. Sinto-me LEVADO


Traquina!


20 de abr. de 2017

ESCRÚPULOS



Acabei de pegar meu mais novo companheiro de cabeceira: " A Negação Da Morte" , de Ernest Becker (vencedor do prêmio Pulitzer de 1974), que foi indicação/sugestão do Pondé! Já na capa, uma citação de Elisabeth Kubler-Ross, sobre o livro - " A negação da morte é uma daquelas obras de arte raras, que estimulam o pensamento, a curiosidade intelectual e, não menos importante, a alma..."

Acho que é comigo mesmo!

Mas, antes de pegá-lo, tive tempo de responder à sempre (doce) escandalosa KL que me envia mais uma declaração de love, como eles chamam lá pelos lados de NY, pelo Face, prosear com gente querida e minha também querida "sócia", que fala sobre seu sonho de baldear-se assim, com tudo, e sozinha, para a sua amada Espanha. Fica no ar, no papo, a presença ainda de um tanto de hesitação e medo quanto a fazer uma mudança  tão radical. Percebo o quão "universal" é este medo e esta hesitação. Passa por ela, por mim e por uns 7 bilhões de pessoinhas que habitam este nosso planetinha.

Sair da zona de conforto nunca será mesmo tarefa fácil p/ nenhum de nós.

Em seguida, lembro-me de ontem ter ouvido o Clóvis, mais uma vez, citar Nietszche e uma de suas obras-primas chamada "O Crepúsculo Dos Ídolos", onde o bigodudo sai dando martelada na cabeça de todos os seus, até então, ídolos!

Convenhamos que também não é tarefa fácil já que ídolo, a gente costuma...idolatrar, venerar, seguir e obedecer! Martelá-los é coisa séria.

Quem sabe este "livrinho" do bigodudo possa vir a ser meu futuro companheiro de cabeceira e quem sabe já à beira de uma certa lagoa que anda flertando muito comigo!

Mas rodeio e rodeio, para chegar onde queria: somo dois mais dois e facilmente chego ao resultado de trezentos e vinte e nove, claro!

Pego o "livrinho" do bigodudo e, rapidinho, mudo seu nome para "O Escrúpulo Dos Ídolos" e aí parto para as minhas marteladas!

Somando morte + zona de conforto + hesitação + medos + inseguranças + sonhos, concluo que;

- Sim, tudo isso faz parte do pacote de vida de todos nós. Como diz a Viviane Mosé, VIVER é um kit completo e nunca só com o plus!

- Para combater estes, digamos, contra-tempos da vida, podemos fazê-lo de "n" modos mas, no final, com duas posturas básicas: com ou sem...escrúpulo!

Os caminhos, as estratégias, as "armas", a companhia de (ou sozinho mesmo), as posturas, dizeres, atitudes e "discursos" usados para combater nossos contra-tempos, podem ser escrupulosos ou não, relembrando que, dentro dos meus pessoais conceitos, sem pedir ajuda a nenhum "aurélio", uma pessoa inescrupulosa é algo pela qual só me sobra ver, estando eu bonzinho, como uma pessoa pequena demais. Caso não esteja tão bonzinho, uma mescla de ojeriza, nojo e pena!

Aí, pulo para a seguinte situação: como eu poderia me sentir vendo um ídolo meu sendo inescrupuloso? Olho para o velho e carcomido Paulo que, sessão após sessão tem sido por mim abandonado lá pelo consultório da Emília e tento ver e saber quanto eu já possa ter sido inescrupuloso! Raras ocasiões? Algumas? Uma porrada?

Independente da resposta que eu ache a que melhor espelhe, já seria o suficiente p/ "martelar" e deixar de idolatrar este carcomido Paulo.  Abandoná-lo na base da martelada mesmo!

Se estou parindo um novo Paulo, que ele tenha escrúpulos, todas as vezes que se deparar com os contra-tempos da vida!

A nossa atenção e a nossa vigilância tem mesmo que ser diuturna e permanente, já que a falta deste substantivo masculino, mancha, emporcalha, imunda e faz feder o nosso caráter e a nossa alma.  Faz aparecer, na pratica da sua higiene matinal, ocorrida na frente do espelho, a "coisa" em que você se transformou!

Além do que, pondo fim, por ora, à prosa, "coisas" deste naipe podem ser seres contagiantes. Todo cuidado é pouco!

"Coisas" deste naipe, é a morte em vida! E não são enterráveis. Seguem vagando, como assombrações!

O mais saber (o mais saber sobre  nós mesmos), é a nossa réstia de alho contra o possível contágio destes seres!

Martelo neles!!!




"Quem amigo, aviso é!"

DÊ PLAY






18 de abr. de 2017

CAIXA 2





Nesta última semana, com certeza esta expressão foi a mais dita e comentada pelos quatro cantos deste nosso BraZil varonil salve salve: caixa 2, a "arte" de levar (ou pagar) um por fora, na ilegalidade, na mediocridade   e na putaria , com o intuito de enriquecer-se.  Para que o caixa 2 aconteça, como o nome já diz, precisamos de dois medíocres: aquele que compra e aquele que se vende. Realmente, quando dois medíocres se "casam", não tem p/ ninguém!

O sempre genial Millôr dizia que "quem se vende, se vende por muito mais do que vale" mas, quando o din-din aparece ali, ao vivo e em cores,  os olhinhos brilham e a honra ou o caráter vão rapidinho pro beleléu sem chapéu! Alguns ainda mais gulosos, de sobra pedem um outro mimo qualquer. Um relógio, um bom vinho, um ingresso pro jogo do Curíntia (o cúmulo da mediocridade mesmo - rs) ou um celular novo, quem sabe?!

Mas, a cota politizada do PF de agora já foi gasta ontem lá pelo Facebook. Voltemos ao que de fato interessa. Não quero falar de gentalha. Quero falar de gente. O nojo do caixa dois, deixo para o Moro que dará o destino certo.

Só como exercício de imaginação, troco o dinheiro (reais, dólares, euros, libras, barras de ouro e o caralho) por...sentimentos! Por tudo aquilo que, dizem, passa pelo coração. Eu, mesmo cardiologista por escolha, não tenho lá tanta certeza assim mas, como dizem que vox populi, vox dei...vambora!

Falemos das coisas do coração!

Dou um giro de 360 graus e vejo, ainda com certo espanto, quantos de nós ainda praticamos caixa 2 com nossos sentimentos. Quantos de nós ainda colocamos à venda nossas emoções maiores! Ou, como disse a Viviane Mosé em um dos seus vídeos, "amamos" para não sofrer!

Quando você entra nessa, está entrando em uma armadilha da qual poderá não conseguir sair. Em nome de ouvir um "eu te amo", nos jogamos no lixo. Em nome de alguma "segurança", dizemos também "eu te amo"! Em nome de não nos enxergarmos algozes de nós mesmos, "amamos". E dá-lhe aspas!

Cada vez mais ouço e absorvo o didático e fantástico Clóvis. Ontem foram duas horas e meia nos ensinando sobre Kant. Cada sacada que aprendo ali, que nem VISA nem Mastercard poderiam pagar. Nem via caixa 2! É sempre um reforço para mostrar o que temos de melhor, por mais pessimistas que suas teses e idéias possam, a primeira vista, parecer!

Além disso, vejo o lugar comum que vira e mexe venho aqui defender, nem p/ que aprenda(mos) por osmose: Antes do amar-se, nada de querer ser dois. Nem caixa! Antes do amar-se, nada do eu te amo. Só se vc estiver sozinho e na frente do espelho. Caso contrário, você também estará sendo um calhorda com seu coitado coraçãozinho, assim mesmo no diminutivo.

O caixa 2 do Moro é crime, de pequena/média gravidade, mas facilmente prescreve, estando servido de um bom e comprado advogado. O caixa 2 dos sentimentos é crime com pena eterna e inafiançável. É a expressão exata de ter vendido a alma ao Diabo!

Quanto mais você se mediocrizar em seus caixa 2 sentimentais, mais preso nas teias desta armadilha mortal e mais acostumado a ela você irá ficando com o passar do tempo. A mediocridade vai abraçá-lo de tal forma e com tamanha intensidade, que você não conhecerá outro mundo sentimental que não seja o medíocre.

Uma vez jogado fora o maior amor da nossa vida - o amor-próprio - , só nos restará "migalhas amorosas" e uma frustração d'alma que fará de você alguém encardido e medíocre!

Somos, repetindo a Viviane, seres infantilóides até o último fio de cabelo! Seguimos à sombra e na sombra, não deixando desabrochar o que de mais belo temos: nossas vidas e nossos maiores e mais belos sentimentos!


Mas, como dizem tantos..."pagando bem..."!!

* Hoje, aparecerá na Mimi, o Paulo sem vergonhas! Sem hífen e no plural! De cara lavada! É esperar p/ ver!

Ouçam a Viviane com muita atenção: não costumo sair por aí me apaixonando por qualquer um não!!

(...)" Aí você pega o amor, engole, mata e sufoca... prá salvar a sua vida (...)



É só dar PLAY




16 de abr. de 2017

INTENÇÃO




Caminhada em plena Páscoa, sem chocolate, dá nisso: Tico & Teco começam mais uma conversa sem fim. Eles ouvem o Pondé falando sobre niilismo e aí ficam trocando idéias  absurdas e óbvias. Estúpidas e maravilhosas! Absurdas obviedades e maravilhosas estupidezes!

Sou mesmo um intensão. Para minha sorte ou azar, intensão! Sofro da gula! Minha alma é gulosa e sedenta. Intensa e estúpida. Absurda e maravilhosa!

Falando do niilismo, Pondé nos ensina, ou lembra, que Nietszche tentou nos passar a idéia de que podemos combater o niilismo, por idéias niilistas. Faz até um paralelismo com a homeopatia onde o semelhante cura o semelhante.

Lembrei-me também de um texto do Camus onde ele diz que precisamos ver/ler o Sísifo com olhos brilhantes e felizes! É complicado, mas pode ser um caminho

(...) "Deixo Sísifo no sopé da montanha! Encontramos sempre o nosso fardo. Mas Sísifo ensina a fidelidade superior que nega os deuses e levanta os rochedos. Ele também julga que tudo está bem. Esse universo enfim sem dono não lhe parece estéril nem fútil. Cada grão dessa pedra, cada estilhaço mineiral dessa montanha cheia de noite, forma por si só um mundo. A própria luta para atingir os píncaros basta para encher um coração de homem. É preciso imaginar Sísifo feliz!"

* Camus/Sísifo, na íntegra,  aqui:


Dentro dos absurdos p/ todos os gostos (seja Tico ou Teco), tem o lance de tentarmos nos conhecer mais e mais, através dos outros. É sempre difícil enxergar que o outro, em nossas vidas, é sempre um espelho: tudo aquilo que buscamos "no outro" é tudo aquilo que (ainda) não encontramos em nós! Ele torna-se nosso complemento necessário! Faz-no voltar à estaca zero que não nos bastamos! Daí refugiar-se no niilismo, é um pulo. O niilismo garante o fim da crença. O fim da esperança e do desejo. Sem crença, esperança ou desejo, fim do desconforto! Certo?

Veja bem...

Intensão que sou, estou sempre atento à certas intenções vindas lá de fora. Intenção, para mim, traz sempre em si um desejo, uma vontade e uma meta. 

Qualquer ato vindo do lado de lá, passando por mim, tem uma intenção de quem o praticou, que passa também pelo Paulo.

Só que, e aí vem a estupidez do intenso Paulo, muitas vezes aquela intenção detectada é pobre, rasteira e até vulgar, travestida dos mais nobres fins! 

Então o Paulo, deitado eternamente em berço esplêndido, vê a pobreza, mas não vê o agradecimento que deveria fazer/dar por aquela rasteira intenção. Na verdade, não foi o outro. Na verdade, o outro ajuda-nos a (re)ver, de novo e de novo, nosso lado rasteiro, imaturo e/ou perdido na intensidade de nossas próprias intenções!

Um intensão com perdidas intenções!

Combater o niilismo com idéias niilistas parece-me pedir a Deus para ser ateu!

Prefiro juntar-me ao Pondé, classificando-me como "ateu não-praticante"! "Creio" que seja o melhor caminho!

Pobre dos pobres. Pobre dos paupérrimos! Pobre de nós! Pobre de mim!

Não tenho intenção de ser pobre. Meu intensão é rico, perdidamente belo e apaixonante! Se (ainda) sofro por mim...mereço meu sofrimento.  

Sofro pela minha intenção maior!

Intensamente...vivo minhas intenções!

É sempre bom lembrar...



DÊ PLAY


15 de abr. de 2017

NOVO CEP







Em fevereiro completei 33 anos de São Sebá! Está na hora de ser crucificado, quem sabe!Trinta e três anos com o mesmo CEP. Um CEP genérico; 11600-000. Querendo me achar, use o genérico!

Mas aí veio o "pogreço" e exigiu "mudanssa". Éramos 35.000 habitantes em 1984 e hoje beiramos 80.000. Tínhamos que deixar o genérico, em nome do "pogreço". Então, na virada de 2016 p/ 2017, meu CEP mudou para 11629-796.

Até hoje não me acostumei e nem o decorei, ainda.

Oba, deixei de ser genérico!

Mas, nunca fui um CEP e muito menos um genérico. Nunca gostei nem do "pogreço" e nem das "mudanssas". Sempre busquei o meu PROGRESSO e a minha MUDANÇA!

Então, sai para almolanchar e me veio o tópico.

Mas, para o PF, CEP nunca será só CEP. Então, sei lá, tentemos SET.
De novo Google, Wikipedia e, claro/evidente, Tetê!

" Set, também chamado Setesh, Sutekh, Setekh ou Suty, eventualmente também Seth, é um deus egípcio da violência, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, da escuridão, das tempestades, dos animais e serpentes. Set era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito. (...) É descrito que Set teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com suas próprias garras para nascer!"

Caráio, como diria o Pira-Lobos, esse Set  é a nata da nata, né não? Ô carinha cheio de bons predicados, sô!! Perto dele...só o Lula mesmo (rs)!

Mas, está lá no Wikipedia. Só intermediei, como também faziam os amiguinhos do sapo barbudo. Mas, sem misturar estações, voltemos às mudanças e aos CEPs.

Ou seja: para me achar, acerte no CEP. Para me achar, abandone o SET.

De cara, enxergo já duas zoadas da Tetê: Nut...que, evidente, me lembra Nuts



e "rasgado o ventre de sua mãe"... que me lembra "Cântico Negro"! O Anarquista! O endemoniado anarquista!


DÊ PLAY




Ou você acha que só por ser véspera da Páscoa a Tetê iria descansar? Sem falar que...Páscoa é renascimento, carinha!

Sei lá, não sei. Voltei do almolanche e vim aqui postar, já tendo preparado 1 hora e meia do Karnal, Leandro, para ser ouvido, digerido e aprendido, sempre, pelo carnal, Paulo. MUDANÇA: O MAIOR DESAFIO

Sei lá, não sei. Já troquei a foto do meu Face pela da minha amada Lagoa e agora venho aqui com este post....

Sinto um certo cheiro no ar de que, em breve, meu CEP passe para o 62598-000. Ainda genérico, mas com  toda a cara do Paulo Zen!

Esta mudança é tão grande, que nem cabe explicação! Mas sei que continuarei com "palavras para dizer"!

Mais uma vez, alma nutrida!

Ah....Feliz Páscoa!


(...) " Prá se entender, tem que se achar (...)





DÊ PLAY




14 de abr. de 2017

AMAR-SE



Feriadão ensolarado e dá-lhe Clóvis! Visão do mar através da minha janela, e dá-lhe Clóvis. Angústia, Liberdade deliberativa, Aguerrimento, Fidelidade a si mesmo, Integridade, Caráter, Escolhas, Inteligência deliberativa, Filosofia do Martelo, Confidencialidade, Ética, Moral e, para rimar, o escambau!

"(...) Você costura relações de confiança toda vez que você for fiel a valores que afirma respeitar (...)"

Pausa para fazer um café...e retomo Clóvis com sua palestra. Logo, ele vem com a palavra ESBOROAR e eu quase caio da cadeira. Como é? ESBOROAR? Hummm, sei. Esboroar, claro! E sigo boiando. Grande Paulinho, de tantas letrinhas, dançou com uma única palavra; ESBOROAR!

Ora, senhores, p/ que serve o Google, afinal? Como costumo dizer, "tudo que não sei, o Google sabe!" Ao Google então:

ESBOROAR - Desfazer(se), Desmonorar(se), Pulverizar(se)!

Putz, pegou! Junto as palavras do palestrante Clóvis e trago-as para o Paulo de agora, abril de 2017, em plena caminhada...de abril de 2017! Sigo com o livro da Marie Cardinal, com os palestrantes via net, com meu santo cigarrinho, claro, com os poetas (e os metidos a), com os filósofos, pedreiros, mundanices e...o mundo lá de fora. Lá, convivo. Lá, saio do casulo. Lá, dou-me; ou tento. Lá, partilho, troco, socializo!
Lá, tento fazer tudo isso sem ESBOROAR!

Aumento minha velocidade de cruzeiro e volto ao nome do tópico: AMAR-SE! De cara, já me vem uma zoação, bem padrão PF. Tirar o hífen da palavra. Separá-las. Adoro as palavras e também a separação. Tal e qual? Como saber. Como o saber! Alimento-me do saber! Alimento-me em querer saber!

Amar, se o momento pedir. Amar, se quiser. Amar, se for seu desejo. Amar, se....
Amar lá fora, o outro. Amar seu (des)semelhante. Amar seu diferente, seus defeitos, suas chatices e imperfeições, presentes no outro! Amar o outro.

O outro? Sem antes ao menos amar-SE? Que pressa é essa? Ou é necessidade?

Ah, tá. A necessidade faz a pressa!

Sou assaltado pela visão dos meus fracassos amorosos!

Rapidinho, relembro do Pondé assistido ontem:

"O desencanto é sempre bom prá inteligência."


A prosa, afinal, é sobre viver ou sobreviver? Sobre a vida ou sobre a sobrevida?
A unanimidade é mesmo burra e a obviedade é dificílima de ser enxergada, de tão óbvia que ela é!

O AMAR-SE, pede o hífen! Sem ele, te condena a afogar-se junto com o afogado que você pretende salvar! Você não é salva-vidas. Sua obrigação é você!

Lembre Rousseau: " "(...) A vontade do homem fala ainda quando a sua natureza  se cala"

Lembre Nelson Rodrigues: "Minta por misericórdia!"

Ouça-se: Por misericórdia... AME-SE!

Ou, soçobre. Só sobre!

* CAPTCHA. Odeio esta obrigatoriedade exigida por diversos sites! Preciso provar que não sou robô? Ah, me ajuda aí, Datena! É o Cartório institucionalizado, online! Tô fora!

Em nome do amar, se...,     amar-se!
Troco uma vírgula pelo hífen! Algum interessado? Preço bom. Pechincha!

Dependência é Morte!, como diz D. Paulo I - O Primeiro E Único -  direto do Posto Ipiranga!


Onde quero chegar, afinal? Muito mais além!


12 de abr. de 2017

ARANDO A TERRA



(A Tetê pediu que eu viesse até aqui e postasse isto que escrevi, sei lá, uns 10 anos atrás, ou coisa assim. Como não discuto com a Tetê, pelo menos enquanto tenho juízo, venho aqui e posto. Depois, em algum momento dela, ela me explicará a razão deste seu pedido)

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Arando a terra
Orando à terra
Cavando a terra
A terra dá

Seivando a terra
Regando a terra
Molhando a terra
A terra dá

Sugando a terra
Sorvendo a terra
Deitando em terra
A terra dá


Ando, ando, ando e ando
À terra vou!
A terra chamando...
A terra sou!

A terra dá-se
Dá-se em terra
À terra dar-se
Dar-se eterna

A terra eterna
A terra é terna
Em ter na terra
A interna terra

Dá-te, terra
Senão.....se erra
Terra  dar-te
Com calor e arte


Dê-se, terra
Dessa terra
Dar-se à terra
Tenra eterna

Desce à terra
Dessa terra
Dos Sem-terra
Desenterra

Dar-se inteira
Sem eira nem beira
A terra que cheira
A terra que queira!




Que se livre das mágoas...
Que escorram as águas!!



DÊ PLAY


11 de abr. de 2017

DIZENDO PALAVRAS



Por volta de vinte anos atrás, meu terapeuta deu-me um livro, como um Mestre dá ao aluno a chave para destrancar as portas que cismam em seguir fechadas e proibidas. Com seu doce e meigo olhar ele presenteou-me com o livro, dizendo que..."era hora"!

"Acho que agora você já poderá lê-lo, meu filho. Acho que agora você poderá compreendê-lo e aí ultrapassar todas as portas fechadas que for encontrando pela vida!"

O livro chama-se "Palavras Para Dizer", de Marie Cardinal, uma escritora franco-argelina, que o escreveu em 1975, descrevendo sua experiência de sete anos de análise, com o "doutorzinho do beco."

Gostei muito do livro, "paipai", mas ainda não era hora. Não sei se, mais uma vez obedecendo minha mãe, quando vaticinou no tempo x que ainda havia muito sofrimento para eu passar, gostei do livro e deixei-o jogado em qualquer estante, sem tê-lo, de fato, absorvido.

Por mais coincidências "cósmicas" (a Tetê ainda não havia nascido) que eu via entre o livro e o Paulo, não consegui mergulhar plenamente naquelas letrinhas juntadas pela autora: eu via o doutorzinho do beco, o próprio beco, também muito similar ao beco do meu paipai, onde ia por anos...via a Cardinal, que me reportava à Cláudia Cardinale, amor platônico da adolescência (e hoje, sai a Cardinale mas segue a Cláudia; cria já da Tetê)... via "a coisa" da Marie etc e tal...mas sempre como apenas um leitor. Ainda não havia acontecido a mágica, ou insigth, que depois viria a conhecer no filme "História Sem Fim", onde o menino entra no livro e na história. Onde a história ali contada passa a ser a história dele.

Ainda faltava um pouco de chão! Um tanto ainda de uma dor desmedida, por um amor-próprio ainda capenga. Mais desejado do que conquistado. Mas nunca abandonei o desejo. Queria mais do que flertar comigo mesmo. Queria amar-me simplesmente!

Assim, e já por conta da Tetê (que viria a nascer uns 15 ou 16 anos depois), passei vinte anos indicando o livro para um ou outro, achando que pudesse de certa forma ajudar este um ou outro, mas sem nunca relê-lo. Até para a minha terapeuta eu emprestei o "Palavras". Ela sorveu cada palavra, cada parágrafo, por uns tantos meses, até devolvê-lo, com todos os elogios que o livro de fato merece. A Mimi sabe das coisas. Reconhece o que é bom. E adora participar e acompanhar os nascimentos de boas pessoas. Ela ama partilhar o amor! Diria até que ela é uma profissional neste quesito!

Mas, da minha parte, ele voltou para a estante mais próxima!

Até que, começando o ano de 2017, indico-o novamente, agora para alguém que "descobri" por mais um acaso da Tetê, e para quem alcunhei de "sócia", por razões perdidas e mundanas lá pelo final dos anos 70 ou início dos anos 80!

Indiquei-o então para a "sócia", que o comprou (não foi escancaradamente surpresa mas, adorei que ela tivesse comprado sem demoras) e, diferente de todas as outras vezes, resolvi relê-lo!

Na falta de melhores e mais pudicas palavras....CARALHO!!!

Entrei no livro, agora de corpo e alma! Encontrei-me no livro, de corpo e alma. Cada parágrafo, cada capítulo, cada "crise" da autora, espelha fielmente as "n" passagens pelas quais já passei. Fosse eu do sexo feminino, com certeza também teria tido minha metrorragia incurável!

Cada queda, cada surto, choro, espanto, medo, retrocesso, trauma ...é também do Paulo. Parece que a autora está fazendo a minha biografia; ou ao menos relatando, de forma dura mas poeticamente, também a minha jornada pelos becos sem saída, seja com meu paipai Cyro ou agora com a querida Mimi.

Mas, e agora chegou a hora desta palavrinha tão dúbia vir para abrir novos e melhores horizontes, cada avanço dela, cada conquista, descoberta, entendimento e ganho do amor-próprio também é do Paulo.

Junto paipai Cyro, Mimi, Pondé, Clóvis, Zé da Silva, Maria Benedita, facebook, o céu azul aqui em meu canto, o outro livro comprado (por indicação/sugestão do Pondé), o pigarro que ainda não foi embora, minha filha no zap falando sobre a mãe,  o Word que quis, na hora de  digitar este texto dar tilti (tive que instalar um mais moderno; foi o ganho pós-derrota), meu chocolate lá pelo Bairro e mais isso e mais aquilo e aquilo outro e ainda o tanto que ainda não veio, e volto pro prumo.

Aquieto-me...dizendo palavras!

Assim, nutro a minha alma!





10 de abr. de 2017

100-VERGONHAS



Vira e mexe, aqui pelo meu blog, dou uma zoada ou culpo a Tetê por tudo que acontece. Ou seja, personalizo na Tetê tudo aquilo que comemoro e que me faz sorrir de orelha a orelha e também a aponto como a grande, senão única, culpada pelas minhas dores, minhas lágrimas e meus fracassos.

Cheguei até a "receber uma carta dela" reclamando abertamente do fato de citá-la tanto. Por sorte, meus mais chegados sabem quem é Tetê. São poucos, também p/ minha sorte, que sabem quem é Tetê afinal. E os que sabem, sabem também que a amo de paixão.

O que me é incontrolável, é o fato de vê-la, em todo tempo, zoando com a nossa cara. Quer ela te faça sorrir ou chorar, ela está sempre zoando! Quer você acorde com um enorme desejo de beijá-la na boca ou estrangulá-la sem dó nem piedade, ela segue, impassível, zoando com você. Zoando porque ela sabe que sua onipresença só tem um objetivo: fazê-lo crescer, amadurecer, achar-se a amar-se. Mais e mais. Se você não sabe lê-la, amiguinho, lamento informar mas você está em maus lençóis ou, como diria Nietzsche, mal-acompanhado.

Hoje ela me faz vir aqui para falar da vergonha. Já zoando, como sempre, fez eu nominar o tópico com o numeral e não com a palavra SEM. Como ela SEMpre sabe o que faz, obedeci!

Obedeci e captei a mensagem, Mestre: O mundo inteiro, em sua unanimidade, chama alguém de sem-vergonha com o intuito de xingar e/ou ofender alguém, certo? Certo para o mundo, mas não para a Tetê! Ela ultrapassa o mundo, as estrelas, o cosmos, ou sei lá mais o que! Ela, e só ela, é o todo!

Então ela se aproxima lentamente de mim, e puxa aquela prosa que só ela sabe e consegue puxar. Ela me faz ver tudo com olhares mais ampliados, vendo mesmo o todo e não o óbvio!

A vergonha é um fato que acontece na vida de todos nós. Não existem aqui exceções. Todos nós temos nossas vergonhas. Mas Vergonhas com V maiúscula e não aquelas pobrezas de fatos ou situações igualmente pobres, que parecem nos envergonhar, quando na verdade são ridículos detalhes dentro do seu todo. Falo das vergonhas d'alma! E, tirando os psicopatas de DNA e nascidos como tal, todos nós, neuroticozinhos de merda, temos vergonha das nossas vergonhas!

A coisa toda então "piora" e poderia colocá-lo em um beco sem saída, se você não estiver acompanhado da Tetê: Você seguirá sua vida sendo chamado de "sem-vergonha" e, ao mesmo tempo, seguirá carregando dentro de você uma impregnada vergonha. Nunca dita, nunca mostrada, nunca exposta e nunca resolvida.

Então, amiguinho, encontre logo a sua Tetê. Chame-a como quiser, com o nome que quiser, mas encontre-a! Encontrando-a, case-se com ela, escancare as portas da sua casa p/ ela. Saiba ouví-la. Aprenda a ouví-la, vê-la, sentí-la, absorvê-la, entende-la, respeitá-la e seguir, sempre, seus sábios ensinamentos. Ela, contrário ao Lula, sempre soube de tudo

Ela é didática, paciente, onipresente, educadora e muito, muito mais mas, ela não fala a linguagem dos homens. Ela fala apenas uma linguagem; a linguagem da SUA alma!

Ela é o pote de ouro que está ao final do SEU arco-íris, como nos cantava Earl Grant

Ela é tudo; seu céu, seu inferno, seu riso, seu choro, suas vitória e derrotas, seus acertos e seus erros, seu passado e seu presente e, não sendo você uma besta quadrúpede, seguirá também sendo seu futuro! Ela nunca te abandonará!

Ela é VOCÊ!

Porém, de tão preciosa, ela se mantem muito bem escondida, lá naquele cantinho do seu EU que só você tem a chave, mesmo que não saiba onde a colocou. Só você pode fazer contato com ela, descobrí-la e pedí-la em casamento. Ela vai aceitar seu convite pois a vida inteira ela esperou por este seu convite!

Torne-se assim, uma pessoa SEM vergonhas. Torne-se um limpo DESAVERGONHADO! Ou limite-se à vergonha de torcer pela Ponte Preta!




Caso não consiga encontrá-la, você tocará uma vida sem-vergonha...e envergonhado da vida que toca!





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* Cartinha da Tetê: