14 de abr. de 2017

AMAR-SE



Feriadão ensolarado e dá-lhe Clóvis! Visão do mar através da minha janela, e dá-lhe Clóvis. Angústia, Liberdade deliberativa, Aguerrimento, Fidelidade a si mesmo, Integridade, Caráter, Escolhas, Inteligência deliberativa, Filosofia do Martelo, Confidencialidade, Ética, Moral e, para rimar, o escambau!

"(...) Você costura relações de confiança toda vez que você for fiel a valores que afirma respeitar (...)"

Pausa para fazer um café...e retomo Clóvis com sua palestra. Logo, ele vem com a palavra ESBOROAR e eu quase caio da cadeira. Como é? ESBOROAR? Hummm, sei. Esboroar, claro! E sigo boiando. Grande Paulinho, de tantas letrinhas, dançou com uma única palavra; ESBOROAR!

Ora, senhores, p/ que serve o Google, afinal? Como costumo dizer, "tudo que não sei, o Google sabe!" Ao Google então:

ESBOROAR - Desfazer(se), Desmonorar(se), Pulverizar(se)!

Putz, pegou! Junto as palavras do palestrante Clóvis e trago-as para o Paulo de agora, abril de 2017, em plena caminhada...de abril de 2017! Sigo com o livro da Marie Cardinal, com os palestrantes via net, com meu santo cigarrinho, claro, com os poetas (e os metidos a), com os filósofos, pedreiros, mundanices e...o mundo lá de fora. Lá, convivo. Lá, saio do casulo. Lá, dou-me; ou tento. Lá, partilho, troco, socializo!
Lá, tento fazer tudo isso sem ESBOROAR!

Aumento minha velocidade de cruzeiro e volto ao nome do tópico: AMAR-SE! De cara, já me vem uma zoação, bem padrão PF. Tirar o hífen da palavra. Separá-las. Adoro as palavras e também a separação. Tal e qual? Como saber. Como o saber! Alimento-me do saber! Alimento-me em querer saber!

Amar, se o momento pedir. Amar, se quiser. Amar, se for seu desejo. Amar, se....
Amar lá fora, o outro. Amar seu (des)semelhante. Amar seu diferente, seus defeitos, suas chatices e imperfeições, presentes no outro! Amar o outro.

O outro? Sem antes ao menos amar-SE? Que pressa é essa? Ou é necessidade?

Ah, tá. A necessidade faz a pressa!

Sou assaltado pela visão dos meus fracassos amorosos!

Rapidinho, relembro do Pondé assistido ontem:

"O desencanto é sempre bom prá inteligência."


A prosa, afinal, é sobre viver ou sobreviver? Sobre a vida ou sobre a sobrevida?
A unanimidade é mesmo burra e a obviedade é dificílima de ser enxergada, de tão óbvia que ela é!

O AMAR-SE, pede o hífen! Sem ele, te condena a afogar-se junto com o afogado que você pretende salvar! Você não é salva-vidas. Sua obrigação é você!

Lembre Rousseau: " "(...) A vontade do homem fala ainda quando a sua natureza  se cala"

Lembre Nelson Rodrigues: "Minta por misericórdia!"

Ouça-se: Por misericórdia... AME-SE!

Ou, soçobre. Só sobre!

* CAPTCHA. Odeio esta obrigatoriedade exigida por diversos sites! Preciso provar que não sou robô? Ah, me ajuda aí, Datena! É o Cartório institucionalizado, online! Tô fora!

Em nome do amar, se...,     amar-se!
Troco uma vírgula pelo hífen! Algum interessado? Preço bom. Pechincha!

Dependência é Morte!, como diz D. Paulo I - O Primeiro E Único -  direto do Posto Ipiranga!


Onde quero chegar, afinal? Muito mais além!


Nenhum comentário: