Trecho de
um texto intitulado "Ata De Sabadoyle", escrito por Pedro Nava,
quando do aniversário de 80 anos do Drummond
"...E
chegamos aqui a essa preparação que vínhamos esboçando desde o princípio - a
SOLIDÃO. Se a proteção do homem é aquela sua limitação biológica de que já
falamos - pele e mucosas que nos separam do ambiente dão-nos também uma forma e
um limite. E é este último que nos torna imiscíveis, nos prende e encarcera
naquela forma. Nossa forma é solidão. Pela lei da natureza somos seres
, e estes, desde os aparentemente simples como os constituídos de uma única
célula até aos primatas que somos, nós os homens, nossos primos os macacos,
nossos aparentados os morcegos feitos de milhões de células - somos seres sós.
A solidão é nossa essência, nosso carater, nossa condenação, nosso destino,
nossa grandeza. Mal paridos, a interrupção circulatória do cordão umbelical a
dente pelos animais inferiores, a golpe de sábia tesoura pelo ser humano - nos
exila para todo o sempre. Na infância, na mocidade, pela amizade falível e pelo
amor passageiro - temos a ilusão de que estamos acompanhados, quando apenas
somos gregários para mais seguramente exercermos o egoísmo, a tirania, a
opressão ou, passando ao pólo oposto e virando de malho em bigorna, agüentamos dos outros aqueles
exercícios em nossa pele. Tudo isto é serviço prestado ao homem para
mostrar-lhe o que é mundo e a ilusão da mundanidade e do mundanismo. Não há
companhias. Há solidões que se acompanham, que se toleram, que se repelem. Tudo
na progressão moral é aprendizado de solidão e só ela é o verdadeiro destino
para que o homem tem de se preparar para encontrá-la na velhice com o mesmo afã
- igual ao seu ímpeto de moço à hora dos esponsais. Só na solidão se geraram as
grandes coisas - a Divina Comédia e os Lusíadas; Guerra
e Paz e a Educação Sentimental; as Quatro Operações,
as Equações e os Teoremas da Geometria; a Teoria
Celular e a Teoria Microbiana; a Lei da Gravidade
e a da Gravitação Universal; A Primavera e a Gioconda;
a Sonata Patética e os Quartetos de Mozart; a Vênus
de Milo e o Aurige de Delfos. Ninguém fez isto de
sociedade, de combinação, de trato mundano - senão e só dentro das ameias da sua
solidão.
Repitamos: a solidão é nosso destino. Precisamos nos preparar
maduramente para que ela , na velhice, nos seja - não inimiga, mas a amiga e o
bálsamo, não o castigo , mas a exaltação e a liberdade. A solidão é a reserva
para cada um do seu tempo, na integralidade relativa que é a do ser vivo. O
nosso poeta Drummond foi e é senhor de escolher os seus caminhos. Quer o do seu
tempo, quer o da sua solidão. Respeitemos este desejo do poeta. É com esta
exortação que termino esta ata. A ele todo o mais tempo que lhe destine seu
recado genético, que ele continue por todo o que lhe restar - a povoar sua
solidão e a dos outros com sua companheira e a de todos nós que é a poesia."
Hoje o pão
está murcho e com cara feia? Cara de pão amanhecido?
Pois é, mané! Esperava o Nirvana? Ele teve vida curta. Morreu
com o Kurt! Vc curte o Nirvana? Nostálgico e trágico você, hein!?
Ah, não é da banda de rock que vc está falando? Quer
filosofar? Já não te avisei que "a
filosofia é algo que, com a qual ou sem a qual, a vida segue tal e qual?"
E mesmo assim vc quer filosofar?
Então tá:
Nirvana, na filosofia budista - A extinção da insatisfação
Então tá parte 2! Você, Paulinho Fernandinho, quer encontrar
o Nirvana?
Bom, como hoje eu não estou com muito saco p/ ficar aturando
bebê chorão, vou te propor o seguinte:
Chore aí (no caso, aqui) as suas dores pelo texto do seu xará
Fernandinho Desassossegado Pessoa e depois, "perca" 13 minutinhos
ouvindo, de novo, seu chegado Clóvis. Quem sabe ele te ajude, mais do que eu
mesmo ou do que este vinho que você abriu, te relembrando por quais valores você
luta, vive e defende! Quais são os valores que você ama? São os seus valores
que você ama, PF. Não exagere na sua cota de mimimi!
Combinado?
Depois, se quiser, tome seu midazolan e fique quieto,
carinha! Acredite, eu gosto muito de você mas não abusa, tá?
Nem todo dia é dia de pão quente? Então tá! Volto outra
hora, quando nova fornada estiver saindo!
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A alma humana é vítima tão inevitável
da dor que sofre a dor da surpresa dolorosa, mesmo com o que devia esperar. Tal
homem, que toda a vida falou da inconstância e da volubilidade feminina como de
coisas naturais e típicas, terá toda a angústia da surpresa triste quando se
encontre traído em amor - tal qual, não outro, como se tivesse sempre tido por
dogma ou esperança a fidelidade e a firmeza da mulher.
Tal outro, que tem tudo por oco e
vazio, sentirá como um raio súbito a descoberta de que têm por nada o que
escreve, ou que é estéril o seu esforço por ensinar ou que é falsa a
comunicabilidade da sua emoção.
Não há que crer que os homens, a
quem estes desastres acontecem, e outros desastres como estes, houvessem sido
pouco sinceros nas coisas que disseram, ou que escreveram, e em cuja substância
esses desastres eram previsíveis ou certos. Nada tem a sinceridade da afirmação
inteligente com a naturalidade da afirmação espontânea. E isto parece poder ser
assim, a alma parece poder assim ter surpresas, só para que a dor lhe não
falte, o opróbrio não deixe de lhe caber, a mágoa não lhe escasseie como
quinhão / igualitário / na vida. Todos somos iguais na capacidade para o erro e
para o sofrimento. Só não passa quem não sente; e os mais altos, os mais
nobres, os mais previdentes, são os que vêm a passar e a sofrer do que previam
e do que desdenhavam. É a isto que se chama a Vida.
A ORMETA, vocábulo italiano substantivo feminino significa a
solidariedade dos delinquentes, e é o lacre que fecha e blinda contra qualquer
evidência, grupos criminosos. Quem não silencia, é silenciado!
Dito isso, claro, venho até o blog por a boca no trombone. "Pernacchia per tutti!."
Ontem, seguindo a maré dos meus últimos dias, mais um dia
intenso. Mais um dia onde 24 horas foi pouco para caber tudo que veio vindo.
Mais um dia comemorado!
E é interessante perceber como ele vem com as mais diversas
maneiras e roupagens: com o silêncio, com a tagarelice, com a prosa curta, com postagens
pelos Faces da vida, pelo telefone - que toca e que também não toca - pelo
inesperado e pelo desejado. Nem sempre assemelhados.
Quase que no automático, relembro-me do Nietzsche e sua
famosa frase aqui postada. Principalmente em seu final: "... o universo
tentará te dissuadir!" Há aquele que toca a campainha e corre, o que sai em busca de algum Leão, o que teoriza e prega, mas não vive sua doutrina, os fakes - alguns com CPF e RG mais evidentes de que tantos não-fakes - os que capricham na selfie e por aí seguimos...
Como isso é um fato, caráio! Como tentam! Vai desde um 0800
tocando, passando pela falta de água no chuveiro, até...um convite dos
"Deuses!" Ainda bem que existem as aspas. Sem ela, os Deuses seriam
mesmo Deuses. No caso aqui, meros "deuses", agora em minúsculas!
Fizeram-me um convite. Dos deuses! Fui lerdo, como de
hábito, e demorei, sei lá, uns 5 minutinhos para responder. Declinei do dionísico convite!
Olhando o convite com mais atenção, por longos 5 minutinhos,
identifiquei ali o "Universo" sobre o qual El Bigodón se refere. É a
turma da Ormeta, dizendo que o convite necessita, por espontânea
obrigatoriedade, ser aceito. Nem mesmo um mero e elegante R.S.V.P. havia no
convite. Quem o fez era só o carteiro!
Olhei para o(s) remetente(s)... e ouvi El Bigodón:
"sempre alerta, Paulinho. Sempre alerta!" Alertei-me e declinei. São
eles, o Universo, incomodados por eu estar onde estou. Deixar alguém quieto já
não é das proezas maiores do ser humano e, se o outro anda inquieto e meio que
mal-colocado no mundo, aí é mesmo que a quietude da gente incomoda.
Por mais puxões "universais" que eu siga levando,
por mais convites ou "convites" que eu siga recebendo, por mais que o
telefone toque para me testar, por mais que o telefone não toque para me
testar, sigo com o mafioso PF. Sigo fiel à minha solidariedade pactuada com o
delinquente PF.
Sigo com o capo PeFeTeLe!
O resto, é só o Universo!
Segue a terça!
DÊ PLAY
* Ouço o capo dizendo: " o mér
tá ali no pote. Capriche no café da manhã da sua terça. Ela está lá fora te
aguardando!"
Ontem, caminhando pelo Facebook, encontrei-me com a Olga, colega
da minha turma de Medicina Unicamp (X Turma, viva !!!) , e ela, ao comentar
minha homenagem/citação ao Mário Quintana, disse que ela tb adora o bom velhinho
(MQ), mas não entendeu pq o chamei de eunuco! Respondi, apontando o tópico com
este nome aqui no meu blog. Ela foi lá (ou melhor, veio aqui) e voltou, já que
o assunto era EUNUCO, com uma "sacada" legal: "...nós mulheres
já nascemos eunucas e quem sabe isso explique nossa alma feminina".
Respondi p/ ela, com humor padrão PF:
"Eunucas!!! Eu? Nunca!!"
Quase falei....Eunucas??? Bahhhhhh!
Mas, acho que naquela hora, eu estava dando um chega p/ lá
no Paulo que se via misógino. Algo do tipo: "Para, Paulinho, que
desperdício vc ser misógino! Misantropo até tudo bem. Misantropo até que te dou
um tanto de razão, se você quer saber. Também vejo a mediocridade que grassa
por aí. Grassa e sem a mínima graça! Mas misógino, além de ser exagero, é um
desperdício. Logo vc, Paulinho?"
"Caso se veja como eunuco, não crie nenhuma misoginia
em cima disso. Seja o eunuco como aquele que é pacífico, mesmo que, não
necessariamente, sábio!"
Cheguei a uma hospedaria e assim que me apresentei, quem
estava lá pela recepção já começou, de pronto, a pegar meus dados básicos como
RG, CPF e essas coisas, dizendo que era p/ fazer a minha ficha.
A.... "curiosidade" era sobre alguma Simone que
não se chamava Simone. Ainda bem. Se fosse, alguém iria até a vitrola ali
(estou mesmo velho) e colocaria p/ tocar: Então é Natal...." Em pleno
Carnaval? Não. Só uma liberdade artística minha.
Como olhei pro lado direito e não vi mulher nenhuma, para o
esquerdo também não, e também não vi a " Simone Então É
Natal", fiquei meio que perdido, sem saber o que responder.
Mas a pergunta, claro, levou-me à foto. "Coreógrafo,
please, desça a foto: "
Thanks!
Olhei p/ foto e aí fiquei matutando. Tem um tópico meu por
aqui, acho que chamado "Gawain Buarque de Hollanda" onde,
pretensiosamente, tento responder à pergunta que nem o Freud conseguiu, dizendo
"afinal, o que querem as mulheres!"
Haja pretensão, My God, como diriam em NY. Como disse, estou
condenado à prisão perpétua mesmo, não podendo nunca abandonar minha terapia
pois, ou eu me sinto mesmo um grande merda, ou sou pretensioso demais e estou
surtando! Diagnóstico de Bipolar, fechado! Haja terapia eterna!
Mas, desculpa aí, eu me curando de algumas tantas fraturas,
amputações e "os caralho", e vc me pergunta isso? Só isso e em letras
garrafais?
Ah, tadinho d'eu, sô!
Quando tive alta, consegui perguntar p/ quem queria saber
quem era Simone e, como resposta, ouvi : " É porque, além de trabalhar na
Recepção, eu também sou Xerife! Tenho
que manter a ordem no vilarejo na Jurisdição e na minha Comarca! Caso
contrário," teje" preso! "
Ainda estamos nos tempos do faroeste?
Gosto de ser bem recebido, mas não gosto de saber que tem um
Xerife atrás de mim. Não sou criminoso, ué!
Aproveitei a hospedagem e fui comer algo. Aí, fiz um
lembrete: "olha, se o prato oferecido pela
hospedaria for carne, saiba que eu amo "mal passado"!
(Tetê, nas curvas da estrada de
Santos, a 200 Km/hora, como o Bebeto Carlos!)
Subindo a
serra, chegando na capital, via São Bernardo do Campo! Então, deparei-me com a
Tetê. Ela estava ali, no acostamento, pedindo carona!
Mas a Tetê, com suas infinitas e intermináveis ferramentas que
usa fulltime e sempre a seu bel prazer, adora se comunicar com a gente através
dos astros!
Ela disse-me que pode, se quiser, fazer cruzar a vida de um
ator com uma certa fama lá pelo teatro feito no Brasil nos anos 60 e 70 (e
pouquinho de TV), e fazê-lo sobreviver a dois acidentes aéreos. Ela só não
permitiu que ele entrasse no voo da Chapecoense. Até porque, coitado, ele
morreu em 2009!
Aí, como chiste, ela resolve chamá-lo de Renato Consorte!
Abusou das letrinhas esta Tetê. Com ela não existem limites, já que ela tudo
pode. Assim ela quis e assim foi: o ator, além de RENASCER, ainda por cima
renasceu....com sorte! Por duas vezes, como nome e sobrenome. Além de
RENATO...COM SORTE!
Podem pesquisar na
biografia do citado, caso duvidem de mim. O Wiki conta de um, mas foram dois!
Uma pessoa que passa por duas situações assim, mesmo que
separado por algumas décadas e, mais do que sobrevive, sai se sentindo bem das
situações, é mesmo alguém com muita sorte, não acha?
Haverá, quiçá, alguma RENATA....COM SORTE?
Como sempre digo..."não há o que não haja"
Além disso, as feministas e vigilantes de plantão, sairiam
por aí me acusando de machista, porco chauvinista e outros impropérios tão na
moda!
Cheguei a
um descampado, vazio e sem vida. Ali nada havia. Ainda. Então, segundo Gênesis,
fez-se a vida!
Onde tudo começou. De onde viemos!
Sim, mas perguntaria vc: "Onde tudo começou? De onde
viemos?"
"Dos seus pais, oras" , responderia de pronto!
Responderia, no ato. Literalmente, no ato!
Mas, ainda insatisfeito, o parido pergunta então quem são os
seus (deles) pais?
De dois seres que, naquele momento, querendo eternizar o
gigantesco turbilhão de mútuas energias trocadas, quiseram encher o mundo, tal
e qual uma Casa, de Esperança! Quiseram criar uma Casa, onde só houvesse
Esperança!
Porém, pode ter sido meio diferente. Pode ter sido "só"
(com aspas), apesar de belo, um presente de Grego. Um lindo presente deixado
por um navegador grego, que fez da sua vida um eterno navegar, singrando sempre
novos mares e novos portos para seu descanso. Ou de um Holandês, quiçá!
Ou as duas coisas (fruto de uma casa cheia de esperança e um
lindo presente de um navegador grego (holandês ?)....presente grego/holandês e
esperança), caso elas sejam, por exemplo, irmãs por parte de mãe, mas não por
parte de pai!
Quem saberá?
Prefiro ficar com Kalil Gibran Kalil quando a cena é sobre
Gênesis/Filhos
Vou até o
consultório da minha terapeuta e dou uma deitadinha básica no divã! Respiro
fundo e observo. Observo-me!
Ao longe vejo, através da janela, uma criatura estranha se
aproximando. Digo estranha no sentido de não reconhecê-la. É um vulto que se
aproxima. Uma forasteira viajante?
O sol estava muito quente naquele sábado e eu, sem ter nada
melhor p/ fazer, ficava falando de Nietszche, Eterno Retorno, Zaratustra e
afins.
Então, para minha surpresa, a criatura foi se chegando e se
aproximando. Dei as boas-vindas e disse que ficasse à vontade.
Falando atropeladamente sobre um pouco de tudo, disse (eu)
de minhas buscas e procuras, também relacionada com a minha Gênesis.
Não quis detalhar demais a história toda, já que ela é só uma
forasteira, até então desconhecida, e preferi voltar, sozinho, para o
gigantesco trabalho de decifrar mamy. Decifrar minha Gênesis. Decifrar aquela
que me pariu, com todo respeito!
Tinha que conseguir ler minha mamãe em sua totalidade. Então
ficava, repetidamente, me perguntando " Vc já leu Nise? Vc já leu Nise? Vc
já leu Nise?" E aquilo ficou me martelando: leu nise...leu nise....leu
nise....leu nise.....
Porém, assim como a Inês, Nise também é morta.
Não sei se me entendeu: INES ou NISE, é só uma questão de se
trocar algumas letrinhas do lugar.
Assim sendo, parei/sosseguei com a pergunta "Vc já leu
Nise?". Deixei Nise descansar em paz e fiquei só com " Vc já
leu?" Fiquei com o Leo! Com o Buscaglia, que amo!
Depois de
tantas caminhadas, exausto, mas feliz, sinto que é hora de dar um desfecho para
esta minha Divina Comédia!
Como as melhores peças de teatro... e como você(eu) PeFeTeLe
segue cada vez mais presunçoso, e deu nome ao tópico de A MINHA DIVINA COMÉDIA, seria interessante
pensar em um final, em um epílogo, que deixasse tudo em aberto. Que ficasse
tudo por ainda ser respondido. Fechasse sua divina comédia com uma interrogação
no ar!
Aí pensei em uma cena muito louca:
Farei aparecer para
algum incauto viajante, uma fotografia, em branco e preto, tirada, sei
lá, uns 40 anos atrás, da qual o viajante nunca soube, e colocaria ali, para
surpresa e espanto no cansado, mas feliz viajante, algo simbólico que ele tenha
exatamente igual em sua casa.
Para ser mais enigmático ainda, faria esta foto trazer uma
daquelas estátuas africanas tão usadas em rituais onde se invocam os espíritos.
E faria ainda mais suspense: colocaria nesta foto, uma pueril e inocente
menininha, com seus loiros, lindos e cacheados cabelos, meio que acariciando a
tal estátua!
Ou poderia simplificar tudo isso e colocar só uma carranca
típica do nosso São Francisco, que ainda não foi transposto, apesar de zilhões
de promessas.
E, se por acaso a Tetê quisesse sair lá do ATO III e, não
satisfeita em ter só um ato em seu nome, desse também uma passadinha por aqui
e, brincando (a Tetê sempre brinca. Mesmo com coisa séria, ela sempre brinca),
colocasse não a estátua africana ou a carranca. E se ela Tetê resolvesse
colocar...ambas, no mesmo retrato em branco e preto?
Aí, até eu, autor desta minha divina comédia, sairia do
teatro com alguns tantos pontos de interrogação em minha cabeça.
Mas, feliz, sabendo, aguardando, e sentindo...que vem coisa
boa por aí. E novos atos seguirão acontecendo nesta minha comédia de vida.
Nesta divina e fascinante vida que venho sentindo em mim!
Minha Divina Comédia. Nada como DANTE(s) no meu quartel de
Abrantes!
Abrantes, era antes!
Hoje é o hoje, recheado de eternos retornos!
Não sei se Divina, ou Sábia ou Up, ou Down...ou tudo isso e
mais um pouco (de novo, lembro-me de Tabacaria - Fernandinho, guru e chegado)
mas, com certeza. a minha comédia!
Ela deixa-me leve. Em uma sustentável leveza do meu Ser. Por
ora, Kundera. Por ora. Manoko p/ você!
Desce o pano!
* Saindo do teatro, dei uma olhadinha no cartaz que
anunciava a peça, e li, incrédulo, escrito lá no rodapé do dito cujo:
NOVAMENTE DISPONÍVEL
Reconheci a caligrafia da Tetê. Ela não sossega mesmo.
Nunca!
Retomei minha caminhada. Retomei minha viagem!
Querendo ir pra Itália, conhecer a Torre de Pisa. Aquela que
verga, que se inclina, mas não cai. Enquanto seu centro de gravidade estiver na
dose certa, ela nunca cairá! Ela seguirá sendo, mesmo (ou por isso) inclinada,
atração turística e motivo de admiração por quem a conhece e
"experimenta" dos seus segredos!
"...E o dono da Tabacaria, sorriu!!"
* Aqueles que "perderam" 18 minutos de vídeo sobre
o Nietszche e seu Eterno Retorno, possivelmente comprarão ingresso. A
Diretoria, antecipadamente, agardece.
Não Martin! Você não. É muita letrinha. É chato, é cabeça é
enfadonho, é complicado, é enigmático é sacal. Vai p/ lagoa. E mande um beijo
p/ ela e diga que ainda a amo!
Como hoje o Pira-Lobos me ensinou sobre Mefisto, vou dar também minha participação, estendendo nosso conhecimento através de grandes obras da literatura mundial, com a síntese heitorponsniana...! Mefisto by Pira-Lobos : O cara faz um pacto com Mefisto p/ escrever a sinfonia mais bem que já existiu. Vai na zona, come uma puta e contrai sífilis. Conseguiu o intento mas morreu louco. Do mesmo mal que o Nietzsche. É triste p/ caraio. Mas bela, caraio! * Depois minha filha vem me encher, dizendo que eu falo muito "os caralho". Vou apresentar o Pira p/ ela! Seguindo... Guerra e Paz : Todos estão tristes. Neva As Vinhas Da Ira : Agricultura é uma merda. Viagem. Viagem de merda Dom Quixote : O cara ataca os moinhos de vento. Além disso ele é doido O Sol Também Se Levanta : Geração perdida fica bêbada. Eles ainda estão perdidos. Moby Dick : Homem versus Baleia. Baleia vence Ulisses : Dublin, alguma coisa, alguma coisa, alguma coisa, executada em sentença Odisséia : Veterano de guerra leva uma eternidade p/ chegar em casa, então mata todo mundo Morro Dos Ventos Uivantes: Uma espécie de irmão e irmã se apaixonam. Está nublado Dr. Jivago : Ele é lindo, ela é linda mas tem uma guerra no meio A Vida Nos Bosques : Homem fica fora por dois anos. Nada acontece Crime E Castigo: Assassino se sente mal. Vai preso. Se sente melhor O Inferno De Dante (Divina Comédia) : Todo o Inferno se liberta ** Blog do Pira que merece e aguarda a sua visita: http://arte-e-oficio.blogspot.com.br/ *** Alguma coisa parece estar fora da ordem?
Domingão cinzento, com micro-chuvisco, pego-me...pensando!
Hãããnnn? Surprise, PF!
Acordei banhado pelas crônicas/poesias do xará Paulo. Mendes
Campos, meu íntimo e querido PMC. De saída, quatro textos: amor, educação,
finitude...
O xará é phoda! É PhD, este xará! Em vida e sentimentos!
O banho despertou-me, lavando-me, com um em especial: "Dentro
Da Noite" E então o post veio vindo...
Quase 65 primaveras, igual número de invernos e outonos...e
até alguns verões, varão que sou, UM Natal passado do jeito PF de ser, Emília
para terça, casório do filhote ontem, horas de prosa com a Kika, 250 Km rodados (sou muito
rodado; muito tempo de USO, inclusive), zero de álcool (nem todos os loucos são
alcoólatras) e uma noite de sábado para dormir, aguardando a chegada do
domingo.
Acordo, refletindo (hãããnnn. Surprise PF, parte 2!) sobre o
intenso sábado vivido, com sua manhã, tarde, noite e madrugada!
"Fecho" a conversa com a Kika, retomo a prosa com
a Incógnita, onde me vejo como o protagonista do filme Teorema, do 3P (Pier Paolo
Pasolini - quanta pretensão - é a falta do Haldol) ou, mais modestamente como o
Bruxo Abu e então incorporo, de corpo e alma, o xará!
Sim, senhores, o amor existe, e é eterno! Mas há um que,
obrigatoriamente, tem que ser o primeiro. Sem ele, nenhum outro poderá, sequer,
se arvorar o direito de existir: o amor-próprio!
O único sentimento
eterno em nossa finita vida é o próprio Amor.
O
amor-próprio
Né não, Niezsche?
Então, mais não falo!
DENTRO DA NOITE
Você corria por dentro , eu
corria por fora; você em pista de grama , eu em pista de areia. Você era uma
égua de raça, meu amor, e se chamava Helena de Tróia, eu era um cavalo de
criação nacional e meu nome era Black & White. Você era do
vermelho-castanho daquela rosa de veludo chamada Príncipe Negro; eu era todo
preto manchado de branco no pescoço. Éramos dois belos animais, e estávamos
emparelhados na frente, numa atropelada cheia de ritmo, muito longe dos outros
que nos perseguiam inutilmente, num corpo a corpo incomparável.
Não, ninguém nos montava:
corríamos libertos por uma campina, , desaparecemos debaixo das árvores de um
bosque, chegamos a uma planície onde existia apenas um anúncio de gasolina
americana. E além desse descampado, sentimos, sem dizer nada, com os nossos
olhos ternos e grossos de cavalo, que o mar ao longe estava batendo e tremia,
as ondas se empinavam em desafio, crinas de espumas eriçadas, relinchando ao
vento. Era um mar mais estranho que o mar, cavalos de água se erguiam e
desmanchavam, nós corríamos de encontro a ele em um galope igual.
Ah, o mar não deteve a nossa
corrida, mas avançamos sobre as ondas, as nossas patas mal tocando a água
verde, livre sobre o mar livre, focinho com focinho, ilharga contra ilharga,
passamos debaixo do arco-íris e
decolamos. Voávamos perto das vagas que molhavam as nossas bocas com suas gotas
salgadas quando de repente anoiteceu sem qualquer solidão. Apenas o teu olhar
manso e rutilante de animal na escuridão. Sentia o calor do teu grande corpo
e meu coração me feria como se um punho
fechado batesse com força em meu peito.
Sim, sei perfeitamente,
qualquer Freud de porta de venda pode explicar o meu sonho; mas nunca poderá
roubá-lo.
Houve um momento em que nos
envolvemos num turbilhão de estrelas pequeninas. E nada mais.
(Paulo Mendes Campos)
DÊ PLAY
* USO - Unidade de Saúde Ocupacional, onde PF trabalhou
algumas décadas!
Manhã pós-dilúvio, nada mais apropriado do que falar sobre a
Arca de Noé. Como estou mesmo parado aqui no monte Ararat (é isso mesmo?), à
Arca.
Já, de cara, sem dar moleza, vem a Tetê aqui e cochicha: " PF, depois de falado, vc arca pelo
que falou!"
Às vezes a Tetê é tão tolinha! Arco sim, Tetê. No problems. Arco e flecha!
Não faz tanto tempo assim, li a trilogia do autor que o
Google sabe quem é, "Qdo Nie..Chorou , A Cura de Schop... e Mentiras no
divã!" Nada p/ Pulitzer ou Nobel mas, interessante p/ quem curte uma Psi.
Aqui, agora, fico com "A Cura De Schop...", pois
nada melhor do que um papo elitizado. E etilizado também. In vino, veritas!
O dito livro foca na terapia de grupo. Sendo Grupo, lembro
de nóis. Sendo nóis, lembro do Noé! Não é?
Ao play, divã e Cura pois:
Outro dia o Chupeta confirmou que não havia sacado o nome do
meu blog. simbolfalicoeocacete e tal, é só o endereço; sem CEP. Também não é
ENTRE, como pode parecer. O nome é 'ENTRE NÓS", se reparar melhor.
Jeito PF de dizer o que quer.
Hoje então, abrindo uma exseç......, não falarei dos nós! Falarei
de nós! Ficará mesmo entre nós!
Fauna variada, como pede uma verdadeira Arca!
Existem borboletas, carrapatos, cascavéis (peçonhentas),
jericos (fique quieta aí, Tetê. Posso ME rotular do jeito que quero? Posso?
Brigado, hein!), leões, viados, tigres, peixinhos (este, só nada. Nada), ursos
com seus abraços, camaleões, beija-flores, carcarás, lesmas, coelhos,
bicho-pregui..., tatus (como tu tá, tatu?), lobos & cordeiros (ops),
mamíferos, carnívoros, ovíparos, vivíparos, alados e não alados, cães e gatos
(uns latem e outros ronronam), boi brabo, tubarões, sardinhas, etc. Até
ornitorrinco tem! Este é uma mescla de vários outros! Tem até a lhama do Gamba.
Do Gamba e não do gambá! Mas tem gambá também. Eles fedem!
Não demora muito, aportaremos todos no monte Ararat! Aí o Noé
(não é?) abrirá as portas da sua Arca e fará todos nós descermos. Ao fundo,
como trilha sonora, ouviremos o Chicon Buarquez , direto de Cuba, cantando sua
Roda Viva. E então, carinha, vaza! Vai procurar a sua. Vai procurar seu canto,
seus iguais, seus parceiros! Procriem-se e sobrevivam (passagem interessante do
livro "O Auto Engano" do Eduardo Gianetti; um carinha que, entre uma
Economia e outra, adora viajar na maiô! Recomendo. Às vezes maçante mas,
interessante. AUTO ENGANO. Aqui não
trocarei o U pelo L não. Relaxem! Relaxe, Tetê!
Aceite o auto engano. Aceite que vc, mtas vezes se auto
engana. Dói menos aceitar. É como a vaselina, ou o KY para alguns!
Uma fauna mista, pois. Diversificada! Um pouco de tudo! Mas,
à essência, como venho focando neste meu 2017. À essência:
Vindo p/ cá, desça pro play! Deixe os nós de lado. Junte-se
a nós!
Enquanto na Arca, enquanto confinados na Arca, brinquemos!
Esta Arca "é o bicho!"
E "A Cura do Schop", se assim você quiser! Custo
zero.
Tudo ficará mesmo entre nós! Depois, só depois!
É indo que se vai!
É o que temos por ora, Guerreiros!
Saravá!
* Rosse - Não ouvi absolutamente nada do que coloquei no
gravador. Sentei e saiu! (rs)