2 de jun. de 2015

O SEDENTO



Era uma vez um carinha, down sem síndrome, que vivia sozinho com suas duas tartaruguinhas(rs). Ele vivenciou um evento após ir ao médico, que o deixou ainda mais down. Estava mais p/ baixo do que as firmas do Eike Batista.

Viviam os três, no “Recanto dos Downs”!!

Aí ele começou a comer. Comer, compulsivamente. Comia e comia e comia. Só comia! Tentava afastar sua deprê, comendo.

Ele ficou muito gordo. Mas muito gordo!! Ronaldo, O Fenômeno em final de carreira, parecia a Twiggy. O Ronaldo, perto dele, parecia um anoréxico!

Sabe qual era a diferença dele para um hipopótamo? Dois quilos! A favor do hipopótamo, claro!

Resumindo, ele estava mais pesado do que o livro “Ensaio Sobre A Cegueira”, do (genial) Saramago. Muito gordo. E down. Muito down!

Um dia ele estava no Rio e pegou um trem da Central, por volta das 18:30, saca??!! Saindo gente pelo ladrão!

Era janeiro. À sombra, uns 48 graus. E ele ali. Dentro do trem da Central na hora do rush!

O trem partiu!

Ele começou a gemer e gemer e gemer. Se estrebuchava de tanto que gemia.

“-Ai, meu Deus, que sede. Ai, que sede que eu tenho. Aiiiiiiiii, que sede. Vou morrer de tanta sede!!!!”

Todos se penalizaram do coitado e pediram pro maquinista parar na primeira estação. Assim que o trem parou, foram buscar um barril da água mais fresquinha e gelada que eles podiam encontrar. Deram ao “Baleia” e ele foi bebendo bebendo e bebendo.......até, finalmente, saciar sua gigantesca sede!!

Voltaram todos ao trem. Inclusive o Baleia!

O trem partiu novamente

Mal o trem partiu, o Baleia começou com a mesma gemeção. Igualzinho. Nada diferente. Todos se assustaram e se aproximaram do Baleia p/ entender pq ele ainda gemia tanto se acabara de saciar sua sede  com um barril de água geladinha.

Aí, ouviram o Baleia, gemendo,  resmungar:

“- Ai, meu Deus! Ai, meu Deus. Ai, meu Deus! Ai, meu Deus.... mas que sede que eu TINHA!!!”

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Como diz Martha Medeiros: “A dor é inevitável! O sofrimento é opcional!”

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