3 de mai. de 2016

Aberto para balanço



Finalmente, depois de longo e tenebroso inverno, e algumas poucas primaveras, sinto-me “aberto para balanço.” O caminho foi longo, árduo e penoso, mas o “ chegar” é mesmo algo magnífico. Sinto-me hoje, até com uma ponta de aceita presunção, peitar meu querido amigo Milan Kundera,  e escrever meu best-seller que chamarei de “A Insuportável Lerdeza Em Ser”. Tenho certeza que MK me entenderia, como já me entendeu em outros tempos. Somos igualmente irônicos, sarcásticos, cínicos e sonhadores. Amamos contar histórias, seja em Praga ou seja em algum bucólico e simplório canto caiçara. Com toda a abissal diferença de qualidade literária de um e de outro, evidente, mas ambas originadas na enorme paixão em falar das nossas emoções, buscas, sentimentos e desejos!

·        Relembrando aqui meu “histórico” com o Kundera:




Estou agora, prestes a completar um aninho de facebook, convidado e incentivado que fui. Na hora certa para entrar, mas ainda não era a hora certa para abrir-me para o balanço. Ainda era mais jerico do que minhoco. Ainda minhocava com cabeça de jerico. Hoje, minhoco, como um verdadeiro anelídeo. O jerico fica guardado, com todo amor e carinho, por ele nunca ter desistido de mim.

Deixo o jerico balançando em paz. Mesmo que caia ao final, deixo-o balançando docemente. Caindo, quiçá, de bêbado e alegria!

DÊ PLAY




Tive, em meu caminho dentro do face, é evidente, perdas & ganhos. Mesmo as aparentes perdas, mostraram-se, todas, ganhos especiais: ganhei quando fui “lido até a página 2” e não gostaram do que leram. Ganhei quando direto de Niterói, recebi um foribundo discurso de adeus, motivado, vejam vocês, pelo besteirol da politicalha deste nosso pobre e podre Brasil político. Ganhei quando não me enquadrei com quem parecia ser alguém angelical. Ganhei quando, em uma doce Contagem, fui deixado sutilmente de lado, pois era sabido que nunca fui aquele belo horizonte tão buscado. O nosso horizonte, onde está nossa riqueza maior, nosso pote de ouro, encontra-se, como já nos cantava Earl Grant, ali, no fim do NOSSO arco-íris, pessoal e intransferível.

Hoje, como bom anelídeo, vejo-me totalmente acordado e formando, finalmente, um par. Um casal: minhoco e minhoca. Olho para o lado e vejo ambos; ele e ela, juntos, hermafroditas que somos, nós, anelídeos.

Hoje, é hora do balanço. Hora de juntar as milhas acumuladas em nossas jornadas, e trocá-las por passagens para que possamos sair pelo mundo. Cair no mundo, sem medo de machucar-se. Cair de farra, de tesão, de desejo e de amor pela vida! Cair de boca em tudo que o mundo tenha, e tem, para nos oferecer de melhor!

Hoje, sem dor, minhoco. Hoje, sem dor, minhoca! Anelídeos dorminhocos, quem sabe, mas sem dor(es)!

Portas abertas para o balanço das minhocas!

DÊ PLAY



2 comentários:

glaucia maria lopes coimbra disse...

você sabe como o conheço bem espero que tudo que viveu até hoje faça com que se torne um ser humano melhor!!!!!!!

Unknown disse...

Muito bom ouvir isso de você, Glaucia. Você sabe mesmo uma boa parte do quanto sempre busquei e quis. Hoje, sinto-me que, finalmente, conquistei o que tanto buscava. Beijo.