24 de jun. de 2015

Pecado Capital



Ainda lembro-me desta aula lá do catecismo: são sete. Conta de mentiroso, mas tudo bem. O padre falou que eles são sete e padre, sabemos muito bem, não mente (rs)!

Dentre eles, a Gula!

Aí, como sempre, peguei mais este mote p/ colocar o Tico & Teco p/ funcionar um pouquinho. Não deu outra:

Se existe Pecado Capital, também deve existir Pecado Interior e até Pecado Litoral, né não? Afinal, a Gula, gulosa que é, quer estar em todos os lugares ao mesmo tempo e sempre querendo mais.

Confesso também que estou em uma fase um tanto quanto “gulosa”: Igaratá, troca de carro etc... Mas existem gulas e “gulas”. Temos desde a gula especificamente voltada p/ comida, muitas vezes desembocando posteriormente na anorexia, e outras tantas gulas. Até a gula do amor!

Vamos andando por aí, por este mundão de meu Deus, e nos deparamos com pessoas que nos agradam. Aquela ali me agrada no quesito 3. Aquela outra no quesito 27. A outra no 472 e por aí vamos. Aí, gulosos, queremos todas! A do quesito 3, a do 27, a do 472 e outras tantas. Queremos todas, sem distinção. Afinal, pensamos nós, merecemos, oras!

Mas aí vem o padre de novo e nos cochicha baixinho: “meu filho...quem tudo quer, nada tem”!!

Acho que os padres às vezes até dizem coisas sensatas. Quando não estão “pedofilando” (rs), eles até acertam em algumas coisas. Acho que este cochicho é um dos acertos do padre: muitas vezes, a gula pelo 3 é incompatível de existir junto com a gula pelo 27 ou pelo 472. 

É como se resolvêssemos ser corintiano e palmeirense ao mesmo tempo. Ser fã de carteirinha do Jean Willys e do Bolsonaro! Aí, meu camaradinha, mais dia menos dia, a gula vai te trazer indigestão. Não tem como ser diferente!

E se, por acaso, minha gula desejasse a Fernanda Lima e a Patrícia Pillar, ao mesmo tempo? Elas não são água e vinho como os exemplos dados acima. Elas são da mesma, digamos, natureza! Posso desejar as duas, você me perguntaria.

Claro que pode. Sou defensor eterno de que podemos tudo. Podemos desejar tudo também. Tudo e todas, se for o caso.


Mas/porém/entretanto/todavia/no entanto... as duas felizardas e beldades citadas, não te terão. Terão somente parte daquilo que você é! Elas terão o quinhão da sua gula voltada p/ elas. Nada mais. Nunca terão o seu TODO.

Aí, sigo pensando, chamando pelo Paulo quixotesco e pelo Paulo “último romântico”: se quero tanto alguém, por qual razão vou oferecer a este alguém só uma parte do meu todo? Gosto tanto da moçoila e ofereço p/ ela uma parte do meu todo?? Ofereço o que? 20%, 46%, 62%...? Quanto? Seria 10%, aquele percentual que damos de caixinha para o garçom?

Não sei, mas isso não me bate legal, aqui nesta minha cachola! Fica parecendo prêmio de consoiação. Que nem o amor, que tal e qual a Avenida Paulista lá de Sampa, começa no Paraíso e acaba na Consolação! Ou começa no hotel 5 estrelas e acaba na pensão...alimentícia!

Sei não, sei não. Esta nossa gula precisa ter um pouco mais de sensatez. Um pouco mais de sentido e lógica!

Ser guloso/a é fácil. Ser guloso/a não requer o mínimo esforço: duro é, depois, conviver ou digerir, os efeitos colaterais que uma gula gulosa pode acabar nos trazendo.

Como diz a queridíssima Emília: “Nunca deixe de ser escoteiro, Paulo. Siga sempre alerta! Sempre vigilante! Também com a sua gula, seja vigilante”!

Sábia Emília. Muito melhor que o padre (rs)!

Cuidado p/ não desejar comer tutu e acabar com uma tigela de nata nas mãos pois, como já disse aqui...”quem tutu quer, nata tem!!”

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