29 de nov. de 2013

AUTO-ENGANO





Interessante livro do economista Eduardo Gianetti, um dos pais do Plano Real (FHC).
Sim, por trás de um “numerólogo” também bate um coração; e este filosofa, como todo bom coração.

Duas “coisinhas” do seu livro ficaram impregnadas em mim: o título e uma passagem em especial

AUTO-ENGANO – Preciso esconder de mim mesmo, algo que sei! “Cuma? “, como diria o Didi. “Cuma?” Enganá-la é mole pro Vasco. Só preciso esconder de vc algo que sei, mas não quero que vc saiba. Moleza. Agora.....

Ele, Eduardo, ainda vai mais longe. Diz que sem o auto-engano não sobreviveríamos. Diz que o auto-engano nos é necessário. Imprescindível à nossa sobrevivência.

Pausa para a segunda “coisinha” que citei. Depois tentarei juntar as duas em uma só.

Diz EG que todo ser vivo, toda criatura viva, do reino animal, TODA e qquer criatura viva, podem ter suas ações neste mundo explicadas por duas únicas razões. Só duas. O resto é “encheção de lingüiça” para ocupar nosso tempo em que seguimos respirando: procriar e sobreviver.

PROCRIAR E SOBREVIVER

Procriar, para manutenção da espécie, e sobreviver para não morrer! O básico do básico.

Procriar: delícia aquilo que “precisamos” fazer para este primeiro objetivo, né não? Muito bão que, para procriar, usemos um tesão como desculpa. Desculpa aí! Meu tesão é por uma justa causa, tá? Não me leve a mal...rs

Sobreviver. Elementar, meu caro Watson. Antes ele do que eu, diz a voz do povo. Mas, acho que aqui cabe uma ressalva. Uma pequena e breve observação:

Deixemos nosso instinto de sobrevivência o mais parecido possível com o dos animais, nossos irmãozinhos nesta nossa natureza! Sacanear mesmo o outro, seu igual, só se for mesmo imprescindível e a única opção que nos resta. Todas as outras sacaneadas, com o intuito de mera “sobrevivência”, com mil aspas, irá deixá-lo pobre. Muito pobre.

Passará sua vida toda “só sobrevivendo”. Nunca viverá!

Não seja tolinho. Não desperdice seu tempo. Faça a lingüiça mais saborosa que conseguir, carinha. Caso ela seja ainda apimentada, vc matará dois coelhos com uma única cajadada. Ou três: sobreviverá, procriará e irá, até chegar a sua hora, preencher seu tempo degustando uma deliciosa lingüiça. Caso ela seja acompanhada de uma cerva bem gelada, ainda melhor. Se antes de sentar à mesa e pedir sua apimentada linguiça e sua santa cervejinha, vc se distrair jogando frescobol, como diz Rubem Alves (ver não jogo mais tênis, aqui no blog), triplamente melhor! Segue matando mto mais coelhos - tadinhos - com uma única cajadada.

Ou só sobreviva. É mto pouco e mto pobre, mas tb é uma opção do cardápio que a vida te dá. Caso queira este prato...sirva-se!


Bem, acho que já juntei as duas coisinhas que o EG impregnou em mim: caso vc tenha escolhido este último prato do cardápio da vida do qual falo aí em cima, precisará de uma colossal carga de AUTO- ENGANO para ajudá-lo e acompanhá-lo nesta furada jornada de vida que escolheu.

Deixe o auto-engano só a serviço da sobrevivência básica e não a coloque como um dos recheios da sua lingüiça. Nem jogue tênis. Deixe isso para o Guga, nosso campeão!

Aprenda com os animais. Com os ditos não sapiens!

Eles sabem das coisas! Nem da morte eles tem ciência ou consciência.

Eles sabem aquilo que precisam saber. Nada mais.

Agora vou lá fora, cuidar dos meus cães. Para a sobrevivência deles...e para o meu prazer!

Saravá, EG!


Nenhum comentário: