20 de nov. de 2013

CENSURA


Aprendi que o enigma da esfinge dizia “decifra-me ou devoro-te”. Ok, muito bem. Era este o enigma da esfinge.

Mas agora vou falar de censura. Sobre censura. O ato que simplesmente, por vezes é imposto à vc e ao seu pensar! Falarei sobre censura, sem surra!

Mudo então o enigma para censura-me ou decifro-te

Certa feita, uma libertária * ao extremo, usou da vitrine da net para expôr um conto seu. O fez toda orgulhosa e depois pediu a opinião dos seus súditos leitores

  • Pausa para uma melhor definição:

Libertária

adj. Que se pauta nas idéias e/ou doutrinas que afirmam e desejam a liberdade absoluta. 
Que é seguidor do anarquismo.

Que tende a seguir doutrinas baseadas na liberdade absoluta.
s.m. Indivíduo libertário; sujeito que defende a liberdade absoluta. 
(Etm. libert(ar) + ário)



OK, definição feita. Sigamos.

A esta altura da minha vida já não faz o mínimo sentido dizer alguma palavra sobre o conto (digamos que era sobre encontros & desencontros). Só me interessa o que veio depois.

Dei a minha opinião. QUIS dar a minha opinião. Que foi esta:

Se este conto nasceu pronto...ponto p/ o seu autor; que encanto! Mas se este é um canto, um tanto quanto, vindo do seu pranto...que espanto é seu autor!

Autor de pouca altura, com sua beleza tão madura, compondo tal descompostura, trajando a armadura de uma alma toda dura... deixando aqui sua moldura! Sem doçura e sem lisura.

100 amargura(s)

Em meu canto, dou um desconto por este conto ter nascido de seu pranto; e, afinal... pondo o ponto no final, sobrou o final do conto.

Não sou santo, mas me espanto e me desencanto, tanto, com esse conto desse encontro e desencontro.

Sei que não me encontro, mas quanto espanto ao ler o conto do encontro.

O ex-pranto, hoje conto, é o desencanto desse encontro. Que espanto! Quanto pranto! Muito pranto e pouco conto!

E se me espanto...não canto; conto!

Fico tonto.
Fica o pranto.
Segue o ponto.

E mais não conto. Canto!

PRONTO.”

Fui sumariamente censurado. Sem surra, mas censurado. Minha opinião foi deletada!

Ou ela dizia ser libertária  mas não o era, ou achou-me, digamos....”enigmático” demais, em minha (re)definição de enigma.

Será que decifrei-a? Será que disse freira? Sei lá eu!

Esta “surra” que levei ensinou-me demais. Esta kafkaniana surra que levei mto fortaleceu umas tantas convicções que tenho e defendo.

Sou mesmo um anarquista!

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