19 de nov. de 2013

Meus 4 Três Mosqueteiros




Meus companheiros de batalha(s), desde que fui convocado , em 09/07/52, para apresentar-me à tropa. Meus companheiros que sempre seguirão ao meu lado, enquanto a MINHA batalha não chegar ao fim. Companheiros dos quais trago lembranças sem fim; e genes e DNA. DNA que te cheira leite.

Juro que comecei a escrever sobre eles quatro. Juro. Mas ai percebi que estava ficando um texto muito longo. Catártico. Colérico. Puro exorcismo. Pesado demais.

Vade retro, Satanás!

Fiz uso da minha deliciosa liberdade, e voltei atrás. Sem ao menos querer saber se cometi aqui um pleonasmo ou não. Prefiro achar que foi um reforço de linguagem. Licença poética.

Então, fazendo pleno uso da minha liberdade, deixo só uma pitada sobre cada um dos meus 4 Três Mosqueteiros.

Um grupo que nunca chegou a ser nelsonrodrigueano mas, com absoluta certeza, freudiano ate o último fio de cabelo. Nem poderia ser diferente, já que nosso amigo Sig abrange a todos, sem exceção. Quiçá com uma pitada do Gaiarsa.

Cabeças freudianas ao extremo, mesmo que esteja aqui cometendo o segundo pleonasmo.

Cá estão eles:

Mosqueteiro Pai - Por pura preguiça, por pura freudiana preguiça, deixo a cargo do Zédu, assinando com ele esta homenagem que ele aqui postou :


O mano, com sua competência sem igual para a escrita, acertou na mosca, mais uma vez. Ou chegou perto.

O pai médico. O PAI Oswaldo. O MÉDICO. O responsável (culpado?) direto por eu tb ter escolhido ser médico. Freudianamente, como explicarei melhor em outro tópico sobre o médico Paulo. Por "culpa" dele virei dotô...e não Doutor! Graças a ele tenho um CRM. Graças a ele virei Dr.


Não sei se merecia "nises", "olgas" e "sonias", mas morreu em paz. Como um passarinho. Como o (doce) passarinho Quintana! Meu doce pai. Meu quintana e meu quintal!

Dele trago, dentre tantos ensinamentos, um em especial: "seja íntegro, decente e honesto". Venho tentando, papai!

Dele trago! Dele bebo!

Bebê dele, é o que sou. Ou quero ser... Ou fui. Ou quis!

"- A benção, meu pai".


Mosqueteira Mãe - A vontade que dá é voltar para o menino de rua que fui e dizer, como todos dizíamos naquela época: "Não põe a mãe no meio que eu ponho no meio da mãe". Então, terminar o papo. Ou sair na porrada.

Mas algo faço questão de registrar aqui: sua cria, em Santos, cometeu a última injustiça na hora do último terráqueo adeus. Os três juraram, de pés juntos (mas ainda vivos), que trocariam aquela tampa fria de cimento batido  (friamente batido pelos coveiros, como sempre; como sempre é), com os escritos de praxe feito pelo Mosqueteiro Zédu, com um graveto pego aleatoriamente no chão, por uma lápide um pouco mais decente. De gente. Mais uma vez, juramos mas não cumprimos. Todos os três.

Brincando com  NISE (N+I+S+E), diria que "agora... INÊS é morta"

De injustiça tb se vive. Com injustiça também vivemos e convivemos e cometemos e seguimos... Seguimos sempre!

Espero que ela esteja agora, levando um eterno papo com o Chico Xavier!




Mosqueteiro Mano - meu "ídalo", como diria Alberto Roberto. Meu "ídalo" torto; de barro. O grande poeta, se lembrarmos que este é um fingidor, que finge tão completamente, que chega a fingir que é dor....

Em Floripa ele disse-me, na lata ("da décima oitava cerveja"): "Todos vocês que sofrem, todos, só acham que sofrem. Na verdade vocês são todos histéricos. Principalmente elas. Só histéricos. Nada mais do que histéricos. A dor e o sofrimento são propriedades minhas, Zédu. Só eu sei o que é sofrer, sem ser histérico."

Só faltou dizer: " Minhas dores nunca passarão. Nunca serei um passarinho. Passarinho é o Quintana. Sofro por mim e por vocês. Sofro as minhas dores e as dores de todos vocês....e ainda sou crucificado por ser assim." Santo Zédu. Mas ele era JE e não JC! Muito menos o Quintana!

Mais uma vez, acertou na môsca. Nunca aceitou ou quis ser um passarinho.

Era o companheiro do pipoca. Era o zedupoca!

Fosse ele escritor, seria o Fernando Pessoa. Fosse pintor, pintaria "O Grito". Músico? Samba de uma nota só!

Uma cabeça. Uma sumidade. Um exímio sofredor. Por escolha. Consciente e inconsciente. Veio ao mundo para pensar e sofrer. Sofrer e pensar. Mas histérico jamais. Quiçá um poeta, na tradução do Fernandinho, como aqui já disse.

Tanto sofre que não foi (não conseguiu) despedir-se do pai. Excesso de sensibilidade, quem sabe. Mas... "compensou": descolou um terno para a missa de sétimo dia! Muito descolado esse moço, pobre moço. Muito terno este menino!

Querendo saber mais dele, clique aqui:


Lá, não acharão um pouco de tudo. Acharão "tudo"... sobre um pouco. Tudo sobre a dor, se vc acha que só a dor conta! Que só ela dá sentido à vida. Que só ela explica tudo. Que só ela existe! Só ela. Eterna.

Meu eterno "ídalo"! Alguém para quem as dores nunca passaram. Como profetizou!

Alguns dos nossos heróis morrem mesmo de overdose, como disse Cazuza. Mesmo que seu vício seja....a dor!

Zédu. Não meu herói; meu "ídalo".

Esteja em PAZ! Sem dor!


Mosqueteira Mana - Tatu, para os íntimos. Única filha. Filha única. Filha única que criou sua asma para mais e mais exercer seu papel de filha única!

Cada um usa de suas armas, não acha? Nada contra!

PhD ao cubo. Mais "laureada" que a Dona Laura, mãe da Nina. Já espalhou ao mundo, aos quatro cantos, todo o seu saber. Seu gigantesco saber. Só eu, mano ingrato (e Freud mais uma vez explica, com zero de dificuldade) não sei nada a respeito do que se trata afinal este seu saber! Pelo menos sobre seu acadêmico saber! Sou mesmo ingrato...e  freudiano!

Mais viajante que (de novo) a Dona Laura, depois que ficou viúva. Já viajou para os quatro cantos deste mundão de meu Deus. Rodinha nos pés. Tem à sua frente, em seus sonhos, em seus momentos de descanso, uma grande ilha. Eu, uma bela!

Prepara seu futuro, juntando o Teco & o Tico, para ser vivido em Paraty, cidade distante 140 Km de onde estou. Quem sabe um dia (quem sabe?) venha me visitar. Em fevereiro completo 30 anos(!!!) de SS. Meu canto ainda não faz parte dos quatro cantos que já visitou e conheceu. Quem sabe meu canto seja o quinto. O quinto dos infernos!

Paraty, Tatu, fica aqui, mais uma vez, o meu convite. Ou sigamos ouvindo "Sinal Fechado". Não deixa de ser uma bela música! Sem chororô!

--------------------------------------------------------------------------------

Seguirei minha vida acompanhado de vocês quatro. Para todo o sempre. Mesmo que seja isso que eu queira! Ou não!

Não há como fugir. Não fujo mais. Não quero mais fugir. Não há porque fugir!


Nenhum comentário: