2 de jul. de 2015

Amar ou ser amado?



Andei meio sumido por aqui, pois fui brincar mais uma vez com meu lado, digamos....”comerciante de fronteiras” (rs). Alguns, por razões que desconheço, seguem chamando estes seres de...muambeiros! Maldade pura dos invejosos (rs)

Cheguei hoje, cansado, quase exausto, mas aí a Tetê Espíndola (sempre ela!!!) me acordou e me fez vir até aqui postar mais algumas coisinhas.

Tudo começa com o (pré)adolescente Paulo, que desde mil quinhentos e dercy gonçalves, tinha o hábito de criar/fabricar elocubrações sobre as dúvidas mais cruéis que já assaltavam este pobre coraçãozinho. Todas elas me perseguiram pela minha vida, sem nunca chegar a uma conclusão absoluta. 

Eram elocubrações, tolas ou não, do tipo...” a gente ama com muito ódio ou odeia com muito amor”? Ou...”o amor ideal é aquele que nunca teremos”? Dilemas existenciais de um adolescente, ávido por respostas!

Mas, agora pulemos à questão crucial, que me acordou e me levou de volta lá para o Paraguai, onde hoje ainda tomei café da manhã. Salve Santos Dumont!!!

A questão do Paulinho era: “ é pior ser amado sem amar, ou amar sem ser amado?”

Três episódios marcantes, acontecido junto aos hermanos, lá na terrinha deles, fizeram com que eu, hoje, pertinho dos 63 aninhos, finalmente soubesse responder, sem qualquer sombra de dúvida!


EPISÓDIO 1 – Segundo dia de compra, $ já semi-desaparecido da carteira, quis pq quis comprar mais um perfume. Comprando sempre no mesmo lugar, claro. Afinal, “la garantia soy yo” e tenho um nome a lazer; digo, a zelar! Quis o perfume tal mas....a grana já tinha evaporado e meu cartão, que estava autorizado para uso no exterior, não passou uma vez, nem duas nem três. Dei meus últimos x reais e mesmo assim ficaram faltando US$ 40,00. 

Aí, o gerente da loja vira e diz: “assina aqui, que vc me deve US$ 40,00. Depois vc me paga. Da próxima vez que vc vier, vc me paga”!

Disse que não fazia a mínima idéia de quando voltaria e se ele não podia me passar a C/c dele ou da loja, que assim que eu chegasse por aqui, eu quitaria o valor devido. Ele insistiu e disse p/ que eu não me preocupasse e pagasse quando eu voltasse ou quando pudesse ou quisesse.

“Faz mais de 15 anos que vc compra aqui com a gente, e vc acha que eu vou duvidar de vc? Que vc me dará um golpe escroto de US$ 40,00? Vc tem crédito aqui comigo, cacete. Pega seu perfume e vá ser feliz!!  
AMEI esta postura do gerente. Leoni é o nome dele.

Meia-hora depois, fiz questão de voltar à loja, pois consegui sacar 250.000,00 guaranis (putz, que dinheiro é esse?) em um caixa automático...e quitei os US$ 40,00 com o Leoni.

Mas o fato der  ter AMADO o ocorrido, o crédito que ele me deu, não tem preço.

EPISÓDIO 2 – Voltando p/ Foz, de taxi, dirigido pelo paraguaio Cecílio, nativo de lá, simplório, carro caindo aos pedaços e digno representante da raça guarani. Papeamos sobre tudo, sobre a mais alta filosofia que cabia no momento. Falamos sobres valores morais, filhos, educação, política etc...

Terminamos, a meu convite, em um rodízio de uma churrascaria, onde bebemos e comemos tudo que nos deu vontade, com muita risada e muito papo sério e profundo. Nasceu ali mais uma amizade!

AMEI meus momentos com o Cecílio! Aprendemos e nos ensinamos muita coisa! Não sei se voltarei a vê-lo, mas AMEI nosso instante juntos!


EPISÓDIO 3 – Pode ser que alguns que leiam este episódio, achem conversa de pescador. Lamento, mas aconteceu de fato!

Primeiro dia de compra e já havia comprado 99,99% do que queria, e seguia por aqueles labirintos, xeretando. Inventando mais bobagem p/ comprar. Dentre as compras que já havia feito, estava um celular top de linha para mim! Aí, naquele formigueiro humano, entrei em “um lujinha do brimo”. Árabe até o último fio de cabelo e um lujinha onde vende só tranqueiras...

Comprei uns US$ 30,00 de tranqueiras com o brimo, mas sempre engatando um papo cheio de risada, sarro, no bom sentido, bom humor, piada etc..

Saí “du lujinha” e perguntei pro brimo onde eu achava a coisa tal que eu queria. O brimo foi até a porta du lujinha, e mostrou: ali no final, vire à esquerda, depois à direita e depois isso e aquilo e procure o lujinha tal. Paguei os US$ 30,00 e fui pro labirinto.

Estava no lujinha que ele indicou, meio longe da dele, quando um menino se aproxima de mim e diz: 

“moço, o senhor esqueceu seu celular nu lujinha du meu pai”! Me espere aqui que vou lá busca-lo e te entrego!”

E assim ele fez! Voltou 1 minuto depois, com meu cel, top de linha, zero bala, e me entregou!!

·         Claro que fiz questão de voltar até a loja du brimo e agradecê-lo quinhentas vezes, com direito a abraço fraterno e tudo mais.

·         AMEI/AMO poder contar que, em pleno Paraguai, esqueci meu cel na loja do brimo e ele me devolveu! AMEI a atitude dele, evidente. Fruto, talvez, do alto astral com que entrei lá e comprei meros US$ 30,00 de bobagens!!

·         Ter ficado com meu cel era mais fácil do que tirar doce de criança! Mas 5 minutos de papo alegre e descontraído fez o brimo ter a atitude que teve. AMEI

Agora, volto à crucial questão do menino Paulo: “é pior ser amado e não amar ou amar e não ser amado”?

Já não tenho mais dúvidas: não há nadica de nada em amar e não ser amado! A merda, a bosta, é não amar! Não amar que é o grande desperdício! AMAR é um tesão. Se ele é ou não correspondido, não depende de você. Depende do amado e não de você! Se vc amar unilateralmente, isto não diminue o tesão que é AMAR!

AMEI meu momento de amor com o Leoni, com o Cecílio e com o brimo! Sei também, sem nenhuma presunção, que a atitude deles três foi consequência direta do jeito “amoroso” que partilhei aqueles poucos minutos da minha vida com eles, mesmo que nunca mais os veja!

AMAR é bom prá caralho! Não amar é um desperdício total! Uma perda de tempo em nossas vidas!

Uma dúvida a menos para este novo Paulinho!

Agora vamos ver se a Tetê me deixa dormir um pouco. Sigo exausto!


Mas, feliz. Amando!

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