17 de mai. de 2015

Pontuando

Este texto eu “roubei” deste outro Blog - http://www.mundogump.com.br/
- e é de autoria do PHILIPE KLING DAVID, dono do blog.
Coisa boa deve ser partilhada e espalhada aos quatro cantos!
A VÍRGULA
Eu nunca gostei muito da vírgula. Sempre achei que a vírgula é um tipo de ponto final “emo”. Quero dizer, olha ela aqui. Note como o ponto final é másculo e determinado.
Ele acaba com a questão.
A vírgula, essa não, essa não se garante e muitas vezes, nos obriga a ficar dando essas respiradinhas afetadas no meio do texto, de modo que assim que passamos pela primeira, já desejamos de cara que a próxima morra, mas elas continuam vindo, e vindo, e vindo como zumbis, até que finalmente surge o ponto, este redentor e a frase gigantesca, enfim, acaba. Além do mais, ela é, como todo emo, problemática no seu sentido implícito e explícito. Veja por exemplo o catatau de leis e regras de uso e não uso dessa maldita. Parece até a constituição federal de tanto “pode, não pode”.
E o que dizer do maldito ponto e vírgula? O ponto e vírgula é algo ainda pior que o ponto emo, a vírgula, porque nem é uma coisa, nem é outra; Pra certas coisas, é ponto. Para outras é vírgula. Separa numerais, muda de assunto… Frisa até o sentido adversativo de uma conjunção (seja lá que merda for isso!)
O ponto e vírgula nem emo não é. Ele é poser!
É esta coisa assim, meio fruta que não quer dizer que é fruta, como um tipo de galã gay que precisa manter as aparências para viver. Sendo assim, sabemos que o ponto e vírgula no fundo é uma vírgula louca, mas é dado a ataquinhos para mostrar que manda, então, tão logo vemos este sinal que não sai do armário, já mudamos logo de linha,  como quando atravessamos a rua para não dar de cara com um maluco;
E note a bichice da situação, porque tão logo mudamos de linha com o ponto e vírgula;
O texto já começa a ganhar ares de poesia;
E por mais que a gente se esmere na datilografia;
O leitor olha pra frase ali em cima;
Pior ainda quando ela rima;
porque fica até parecendo proposital;
Em prosa que se preze, essas coincidências pegam mal.
E assim o ponto nos liberta mais uma vez, e mesmo a vírgula, esta exibida,  teimando em reaparecer das cinzas, como uma fênix purpurinada, não podemos nos esquecer que ela, coitada, tão insignificante que é, causou grandes problemas na história da humanidade. Se a vírgula ingrata permitir, e o ponto e vírgula não esculhambar, pretendo aqui sobre estes casos dissertar;
Mas lá vem outra rima desgraçada pra aborrecer;
E só me resta como recurso fazer;
Já que a exclamação, aspas e reticências se negam a ajudar;
Aos dois pontos preciso apelar;
Pois se a vírgula é um ponto Emo, os dois pontos são machos xipófagamente ligados. Macheza dupla que impõe tamanho respeito que nenhum outro sinal ousará atrapalhar. Então, lá vai:
A VÍRGULA FATAL

A czarina russa Maria Fyodorovna certa vez salvou a vida de um homem, apenas mudando a vírgula de sua sentença de lugar. Muito inteligente, ela que não concordava com a decisão de seu marido, Alexandre II, usou o artificio a seguir.
O Czar enviou o prisioneiro para a prisão e morte no calabouço da Sibéria.
No fim da ordem de prisão vinha escrito: “Perdão impossível, enviar para sibéria”
Maria ordenou que redigissem nova ordem, e fingindo ler o documento original, mudou uma vírgula,  transformando a ordem em: “Perdão, impossível enviar para Sibéria” e o prisioneiro foi libertado.
A VÍRGULA DE UM MILHÃO DE DÓLARES

Pode parecer incrível, mas uma única vírgula causou uma confusão e prejuízo terrível para o governo dos EUA. A história é a seguinte: Na lei de tarifa alfandegária aprovada pelo congresso em 6 de junho de 1872, uma lista de artigos livres de impostos incluía: “plantas frutíferas, tropicais e semi-tropicais”.
Na hora de escrever o documento, um funcionário público distraído acrescentou sem perceber uma nova vírgula, deixando o texto assim: “plantas, frutíferas, tropicais e semi-tropicais”
Isso fez com que todos os importadores de plantas americanos pleiteassem o direito de importação livre de impostos. Isso causou uma fortuna em impostos aos cofres dos EUA, e a lei só foi reescrita em 9 de maio de 1894. O desastrado funcionário público, ao que parece, não foi demitido.
A VÍRGULA DA DIETA DOS PANDAS

O fascínio popular com erros de gramática valeu a Lynne Truss vários milhões de libras, quando seu livro sobre pontuação, “Eats, Shoots and Leaves” – Uma frase encontrada num comentário sobre a dieta dos pandas – chegou ao topo da lista de best sellers n Reino Unido e nos Estados Unidos nos anos de 2003 a 2004. (nosso leitor Igor esclarece: .”Eats, Shoots and Leaves” com a virgula, significa “Come, Atira e Vai Embora”. No documentario sobre Pandas, eles provavelmente queriam dizer sem a virgula (Eats Shoots and Leaves). O que significaria “Come Brotos e Folhas”.)

A VÍRGULA DA BLASFÊMIA

A vírgula já causou embaraço também para os religiosos. Em várias edições da Bíblia do rei James, Lucas 23:32 é alterado inteiramente pela maldita vírgula. Não por ela, mas sim pela falta dela. Na passagem que descreve os outros homens crucificado com Cristo, as edições erradas dizem: “E havia mais dois outros malfeitores.” A falta da vírgula colocou Cristo como malfeitor na própria Bíblia. O correto seria “E havia mais dois outros, malfeitores.”
É isso. Cuidado com ela. Ou com a falta dela.
Ps: Antes que alguém queira usar os comentários para me dar aula de gramática, dava pra explicar com mais detalhes, eu sei.  Mas o texto ficaria sem graça.
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Como costumo dizer: “Prefiro as afirmações???” “Não. Gosto mais das interrogações!!!”

Na verdade, com tantas mudanças,  hoje, diria: “Não gosto mais das interrogações!!!”

Fui claro?? (rs)

Quem me dera agora eu tivesse uma viola p/ cantar!!


Por isso eu....PONTEIO (rs).

(esperem o vídeo carregar)




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